31.7.12

Nos esportes coletivos, vitórias só entre os homens

Foto: AFP
Um dia agitado para as seleções brasileiras que disputam esta edição dos Jogos Olímpicos. Entre os homens, o basquete obteve sua segunda vitória em dois jogos: numa partida mais complicada que o esperado (principalmente no primeiro período), o Brasil venceu a anfitriã Grã-Bretanha por 67 a 62. No vôlei (foto), os brasileiros também venceram pela segunda rodada: 3 a 0 sobre a Rússia, parciais de 25/21, 25/23 e 25/21.

No futebol feminino, encerrando a primeira fase no Estádio de Wembley, a Seleção Brasileira foi derrotada pelas anfitriãs britânicas por 1 a 0, terminando em segundo lugar no Grupo E. Nas quartas de final, sexta-feira, o Brasil terá um desafio, no mínimo, indigesto: enfrentará o Japão, atual campeão mundial.

Os jovens valores da natação

Foto: AFP
Na mesma Olimpíada em que o nadador norte-americano Michael Phelps se tornou o maior medalhista olímpico de todos os tempos, foram revelados grandes valores da natação, com idade suficiente para que sigam dando trabalho daqui a quatro anos, no Rio - certamente concorrendo com vários jovens nadadores que surgirem até lá.

Isso é mais constante entre as mulheres, em cujas grandes revelações inclui-se a lituana Ruta Meilutyte (foto), de apenas 15 anos, campeã dos 100 metros nado peito, com 1'05"47, apenas oito centésimos à frente da favorita, a norte-americana Rebecca Soni. Mas a grande destaque vem sendo a chinesa Ye Shiwen, de 16 anos, já ganhadora de dois ouros em provas de quatro estilos, tanto nos 200 (com 2'07"57, novo recorde olímpico) quando nos 400 metros (4'28"43, novo recorde mundial). Isso sem falar da norte-americana Missy Franklin, de 17 anos, campeã dos 100 metros costas.

No masculino, os grandes destaques jovens da natação, até o momento, são o francês Yannick Agnel (ouro nos 200 metros livre e no revezamento 4x100 metros livre, e prata no revezamento 4x200 metros livre) e o sul-africano Chad le Clos (ouro nos 200 metros borboleta, superado o super-recordista Phelps).

30.7.12

No handebol, o destaque solitário

Foto: AP
Não foi um bom dia para as nossas atletas em Londres. Apenas uma vitória das seleções femininas do Brasil que atuaram nesta segunda-feira: no handebol, 27 a 25 sobre Montenegro e a manutenção dos 100% de aproveitamento (duas vitórias em dois jogos). Quarta, o desafio é contra as anfitriãs, que não deverão oferecer muita resistência.

O basquete segue em sua má fase: derrota para a Rússia por 69 a 57, e a última colocação no Grupo B. Mais uma vez, a seleção jogou bem até certo ponto, mas rateou no fim, como tinha ocorrido na estreia contra a França. E a próxima parada é indigesta: o Brasil enfrentará a forte equipe da Austrália. Já o vôlei perdeu pela primeira vez nesta Olimpíada: os Estados Unidos, tidos como os grandes favoritos ao para o país inédito título, venceram por 3 a 1 (25/18, 25/17, 22/25 e 25/21). O Brasil, depois de jogar mal os dois primeiros sets, melhorou nos seguintes, mas não o bastante para derrotar as norte-americanas. Depois de amanhã, o jogo é contra a Coreia do Sul.

29.7.12

Em um dia sem medalhas, esportes coletivos são destaque

Foto: Reuters
As seleções masculinas do Brasil foram os destaques da nossa delegação neste segundo dia de competições dos Jogos Olímpicos, num dia em que os valores individuais não foram bem, com derrotas no judô, na natação e na ginástica artística.

De volta às disputas olímpicas depois de 16 anos, a seleção masculina de basquete levou um certo sufoco em sua estreia, contra a Austrália. Ficou atrás no começo da partida, jogou melhor no meio da contenda, mas quase complicou as coisas lá pelo final. Apesar disso, o Brasil venceu os australianos por 75 a 71. Terça-feira, o desafio é contra os anfitriões britânicos.

No futebol, os comandados por Mano Menezes levaram um susto nos primeiros minutos, mas derrotaram de virada a Bielorrússia por 3 a 1, com grande atuação de Neymar (autor do segundo gol e de um belo passe para o terceiro, marcado pelo meia Oscar). Com a vitória, a Seleção se classificou por antecipação às quartas de final (assim como a feminina, desde o ano anterior). A grande surpresa (negativa) deste torneio de futebol é a eliminação da atual campeã mundial e bicampeã europeia, a Espanha, com duas derrotas e nenhum gol marcado até o momento.

No vôlei, a seleção brasileira, atual tricampeã mundial e vice-campeã olímpica, estreou vencendo a Tunísia por 3 a 0 (25/17, 25/21 e 25/18). A vitória é importante pelo fato de ser a chave brasileira um grupo difícil (o Brasil ainda vai encarar Rússia, Estados Unidos, Sérvia e Alemanha nesta primeira fase) e a equipe treinada por Bernardinho não estar em sua melhor fase.

Após este segundo dia de competições, a China segue na liderança no quadro geral de medalhas, com seis ouros, doze no total. Os Estados Unidos estão em segundo, com três ouros (11 medalhas no total), e a Itália em terceiro, com dois ouros (sete medalhas no total). O Brasil está em oitavo lugar, com um ouro, uma prata e um bronze.

28.7.12

A largada brasileira não poderia ser melhor

Foto: Divulgação
Foi um primeiro dia histórico para o esporte brasileiro nestes Jogos Olímpicos de Londres. Logo de cara, nossos atletas ganharam três medalhas, duas delas no judô (com Felipe Kitadai, bronze no masculino, e o histórico ouro de Sarah Menezes - o primeiro do judô olímpico brasileiro em 20 anos, e também o primeiro do nosso judô feminino), ambos na categoria ligeiro (até 60 quilos para os homens, e até 48 quilos para as mulheres).

A outra medalha, de prata, veio na natação: quando poucos esperavam, Thiago Pereira (que tinha a fama de ser uma eterna promessa que sumia em momentos decisivos) ganhou a prata nos 400 metros quatro estilos, com o tempo de 4'08"86. O ouro ficou com o norte-americano Ryan Lochte (4'05"18), e o bronze com o japonês Kosuke Hagino (4'08"94). O supercampeão Michael Phelps ficou apenas na quarta colocação (4'09"28).

Nos esportes coletivos, foi a vez das mulheres: no futebol, pela segunda rodada, mesmo sem jogar tudo o que sabe, o Brasil derrotou a Nova Zelândia por 1 a 0, em Cardiff, e garantiu vaga nas quartas de final (enfrentará a anfitriã Grã-Bretanha na última rodada, terça-feira). No handebol, as brasileiras estrearam derrotando a Croácia por 24 a 23. No vôlei, as atuais campeãs olímpicas também estrearam com uma difícil vitória: 3 a 2 sobre a Turquia (25/18, 23/25, 25/19, 25/27 e 15/12). Só o basquete destoou um pouco: derrota para a França por 73 a 58.

Após este primeiro dia de competições, o Brasil está em quarto lugar no quadro de medalhas (que chegou a liderar em certo momento), empatado com a Coreia do Sul. A China lidera, com quatro ouros (e dois bronzes), com a Itália em segundo, com dois ouros (cinco no total), e os Estados Unidos em terceiro, com um ouro e duas pratas (além de dois bronzes).

27.7.12

Estão abertos os Jogos!

Foto: AP
Com uma bela festa no Estádio Olímpico de Londres, foram abertos os Jogos da XXX Olimpíada. Como costuma acontecer neste tipo de evento, elementos culturais e históricos do país-sede foram mostrados na festa, que contou com a participação de astros britânicos como Kenneth Branagh, Rowan Atkinson (o eterno Mr. Bean) e a própria rainha Elizabeth II, que apareceu num vídeo em que contracenava com o personagem James Bond, interpretado por Daniel Craig.

Depois do acendimento da pira por um grupo de jovens atletas do país, o espetáculo foi encerrado por Paul McCartney, que cantou seu grande sucesso Hey Jude. Se não chegou à grandiosidade da abertura olímpica de Pequim, pelo menos os londrinos mostraram saber fazer um bom espetáculo. Resta a expectativa para a abertura da próxima Olimpíada, no Estádio do Maracanã, no dia 5 de agosto de 2016.

26.7.12

Futebol masculino tem estreia intranquila nos Jogos

Foto: AFP
Não foi uma vitória fácil como muitos esperavam. Mas a Seleção masculina de futebol estreou ganhando os três pontos quase obrigatórios ao derrotar o Egito por 3 a 2, pela primeira rodada, na cidade galesa de Cardiff.

Nos primeiros 30 minutos, parecia que a vitória dos comandados por Mano Menezes seria tão fácil quanto a da seleção feminina sobre Camarões, no mesmo estádio, no dia anterior. Esse foi o tempo que Rafael Silva, Leandro Damião e Neymar tiveram para fazer os três gols da equipe. Mas, no segundo tempo, o Egito reagiu: o capitão Aboutrika descontou para os egípcios, aos seis minutos da segunda etapa. Mohamed Salah diminuiu ainda mais, aos 30, e fez o Egito dar um sufoco no Brasil nos 15 minutos finais. Mas não passou de um susto, e o Brasil faturou a partida.

No próximo domingo, o Brasil vai a Manchester enfrentar a Bielorrússia, que estreou vencendo a Nova Zelândia por 1 a 0, em Coventry.

25.7.12

Futebol brasileiro começa caminhada com o pé direito

Foto: Reuters
Pode-se dizer que tal domínio era esperado - apesar do começo um tanto perigoso para a equipe favorita na partida. Mas foi convincente a goleada por 5 a 0 do Brasil sobre Camarões, nesta quarta-feira, em Cardiff, na primeira rodada do torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos. Com o resultado, as brasileiras assumiram a liderança do Grupo E - na preliminar, a anfitriã Grã-Bretanha derrotou a Nova Zelândia por 1 a 0.

Os primeiros minutos marcaram um certo domínio das camaronesas, que chegaram a assustar. Mas um contra-ataque ajudou a construir a goleada brasileira: desse ataque, surgiu a falta que Francielle colocou nas redes, ainda aos seis minutos de jogo. Aos nove, Renata Costa aproveitou cobrança de escanteio e cabeceou a bola rumo ao segundo gol. Aí, foi só segurar o resultado até o intervalo.

No segundo tempo, a goleada se consolidou: de pênalti, Marta marcou o terceiro gol, aos 27. Ela ainda fez a jogada que possibilitou o quarto gol brasileiro, aos 32: um gol histórico, por ser o 11º marcado por Cristiane (foto), a maior artilheira da história do futebol feminino em Olimpíadas (estava empatada com a alemã Birgit Prinz). A artilheira retribuiu nos minutos finais, ao fazer a jogada para o gol de Marta, aos 42 da segunda etapa.

No sábado, o Brasil enfrenta a Nova Zelândia, também em Cardiff.

24.7.12

A Sports Illustrated e o realismo maior do que o rei

Como costuma acontecer em semanas que antecedem cada edição de Jogos Olímpicos, a revista esportiva norte-americana Sports Illustrated fez sua tradicional previsão de qual será o quadro de medalhas na Olimpíada de Londres, que terá seu início oficialmente nesta sexta-feira. Os Estados Unidos, evidentemente, ficarão no primeiro pelotão no quadro, com 42 ouros, 26 pratas e 31 bronzes - a China, contudo, ficaria em primeiro no quadro levando-se em consideração o número de ouros, com o de pratas sendo o primeiro critério de desempate (42 ouros, 30 pratas e 25 bronzes). Ainda segundo a revista, o Brasil terá o melhor desempenho de sua história, com 8 ouros, 4 pratas e 13 bronzes, 25 medalhas no total - melhor até mesmo que o previsto pelo Comitê Olímpico Brasileiro, que prevê o ganho de 15 medalhas, três delas de ouro. Até hoje este número de medalhas ganhas é o melhor da história olímpica brasileira, obtida nos Jogos de Atlanta, em 1996 (em número de ouros, contudo, o melhor é o de cinco nos Jogos de Atenas, em 2004).

Tais previsões podem representar o sentimento que cada um tem em relação a cada modalidade - elas foram feitas por especialistas em cada área. Mas elas podem não refletir o que ocorrerá em Londres, pois o esporte, no geral, não obedece a critérios lógicos. Pelo menos um dos erros da publicação foi gritante: o de que a nadadora Ana Marcela Cunha ganhará o bronze na maratona aquática. Mas ela não se classificou para esta Olimpíada - a única representante do Brasil será Poliana Okimoto, com a vaga conquistada no Mundial do ano passado. Marcela foi campeã do mundo, mas numa distância que não é olímpica.

Previsões podem ser boas para incentivar a torcida e o público consumidor - mas o que realmente vale será o que irá ocorrer a partir de sábado, quando as medalhas começarão a ser distribuídas aos atletas. Ou seja, elas certamente serão esquecidas assim que as Olimpíadas tiverem início.

20.7.12

Iziane é cortada da seleção feminina de basquete

Foto: AP
A uma semana do início dos Jogos Olímpicos de Londres e a oito dias da estreia contra a França, a seleção feminina de basquete do Brasil vive momentos de crise. Na madrugada de quinta para sexta, no horário brasileiro, a CBB anunciou o corte, por indisciplina, da ala Iziane. O anúncio foi na cidade francesa de Lille, onde a equipe está hospedada para participar de um torneio preparatório contra as próprias francesas, a Austrália e a China (a estreia brasileira foi hoje e a França venceu por 67 a 57). Como o corte não foi por motivos médicos, a comissão técnica não terá o direito de chamar outra atleta para o seu lugar, e a seleção terá que disputar as Olimpíadas com onze jogadoras.

Conhecido tanto por seu talento dentro das quadras quanto pela disposição em criar polêmicas fora delas, Iziane perdeu sua segunda oportunidade consecutiva de disputar uma Olimpíada por problemas extraquadra (disputou só os Jogos de Atenas, em 2004, aos 22 anos de idade, e ficou com uma média de 15 pontos por jogo com a equipe que acabou em quarto lugar). Em 2008, ela se desentendeu com o então treinador Paulo Bassul durante a partida em que o Brasil perdeu para a Bielorrússia, pelas quartas de final do Pré-Olímpico Feminino - se vencesse, garantiria já sua classificação; como perdeu, o Brasil teve que jogar mais duas partidas para, enfim, obter sua vaga. Classificada para os Jogos de Pequim, a equipe não levou a ala. Agora, um caso de indisciplina na concentração impede que Iziane dispute sua segunda Olimpíada. Será difícil que ela dispute os Jogos do Rio, em 2016, quando terá 34 anos.

De acordo com o blog Bala na Cesta, de Fábio Balassiano, pode até ser que as onze atletas remanescentes façam o grupo se unir para a disputa olímpica. Mas a preparação acidentada da equipe, segundo o texto, não permite sonhar com uma boa campanha em Londres. O lado psicológico das jogadoras está certamente abalado pelos acontecimentos, e o grupo tem que tirar todas as suas forças para se superar na disputa. É mais um capítulo da péssima fase que vive o basquete feminino do Brasil, quatro anos depois da eliminação na primeira fase em Pequim, e dois anos depois da vexatória campanha no Mundial disputado na República Tcheca. Curiosamente, ao mesmo tempo em que a equipe masculina, que na década passada viveu uma fase até pior do que a feminina vive hoje, cresce no conceito de quem gosta do basquete e vive dele.

9.7.12

Polônia ganha título inédito no vôlei e são definidos os grupos do basquete

Foto: Divulgação/FIVB
A seleção masculina de vôlei da Polônia, em ótima fase, ganhou neste domingo a Liga Mundial, pela primeira vez em sua história. O troféu foi conquistado em Sófia, na Bulgária, na final contra os Estados Unidos. Foi uma vitória convincente por 3 a 0 (25/17, 26/24 e 25/20), coroando uma excelente campanha dos comandados pelo italiano Andrea Anastasi e conduzindo-os à galeria dos favoritos ao ouro olímpico. Apesar da força de seu jogo, os poloneses conquistaram poucos títulos em sua história: além desta Liga Mundial, foram campeões mundiais em 1974, olímpicos em 1976 e europeus em 2009. A Polônia está no Grupo A do torneio olímpico, e estreia no dia 29, contra a tradicional seleção da Itália.

No basquete, encerrou-se neste domingo o Torneio Pré-Olímpico Masculino, disputado em Caracas, na Venezuela. Nas semifinais, disputadas no sábado, Rússia (85 a 77 na Nigéria) e Lituânia (109 a 83 na República Dominicana) obtiveram as duas penúltimas vagas. A última foi disputada entre nigerianos e dominicanos, e os africanos venceram por 88 a 73, conquistando o direito de disputar os Jogos pela primeira vez.

No sorteio realizado com o complemento dos recém-classificados após o jogo, os grupos do torneio masculino de basquete em Londres ficaram assim:

Grupo A: Argentina, Estados Unidos, França, Lituânia, Nigéria e Tunísia
Grupo B: Austrália, Brasil, China, Espanha, Grã-Bretanha e Rússia

O Brasil estreia no dia 29, contra a Austrália. Depois, no dia 31, enfrenta a Grã-Bretanha; no dia 2 de agosto, a Rússia; no dia 4, a China; e, por último, no dia 6, a Espanha.

7.7.12

Rodrigo Pessoa será o porta-bandeira brasileiro nos Jogos

Foto: Cezar Loureiro/Agência O Globo
O Comitê Olímpico Brasileiro anunciou nesta sexta-feira que o cavaleiro Rodrigo Pessoa será o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos da XXX Olimpíada, no próximo dia 27, no Estádio Olímpico de Londres. Foi feita justiça a um dos maiores vencedores do hipismo, com vários títulos conquistados em mais de trinta anos de carreira.

Esta é a sexta Olimpíada de Pessoa - na primeira, em 1992, foi colega de equipe do próprio pai, o cavaleiro Nelson Pessoa Filho. Sua primeira medalha olímpica foi conquistada quatro anos mais tarde, com o bronze na competição por equipes, o que seria repetido em 2000 - o mesmo ano em que sofreu um dos maiores fiascos de sua carreira, com a refugada do cavalo Baloubet du Rouet, com quem tinha sido campeão mundial dois anos antes. Porém, a redenção viria nos Jogos de Atenas, em 2004, com o ouro obtido na prova individual (acima). Completam o seu laurel quatro medalhas pan-americanas: dois ouros por equipes (1995 e 2007), uma prata no individual (2007) e outra por equipes (2011).

Rodrigo Pessoa será o primeiro cavaleiro a empunhar a bandeira do Brasil numa cerimônia de abertura de Jogos Olímpicos. O atletismo é, com folga, o esporte que mais teve porta-bandeiras brasileiros: nove vezes - a mais recente em 1996, nos Jogos de Atlanta, com o fundista Joaquim Cruz, ouro nos 800 metros rasos em 1984 e prata na mesma prova em 1988. A única mulher a ser porta-bandeira numa Olimpíada de Verão até hoje foi Sandra Pires, do vôlei de praia, em 2000. Em 2004 e 2008, a bandeira brasileira foi carregada por iatistas (Torben Grael e Robert Scheidt, respectivamente).

6.7.12

Saturado, vôlei perde mais uma e preocupa

Foto: Divulgação/FIVB
Mais uma vez, o Brasil sucumbiu ao maior volume de jogo da Polônia, apesar de ter ficado na frente duas vezes na partida, válida pela segunda rodada da segunda fase da Liga Mundial de Vôlei. Os poloneses venceram por 3 a 2 (23/25, 25/23, 23/25, 25/17 e 15/10) e garantiram vaga nas semifinais, junto com os cubanos, que venceram os brasileiros por 3 a 0 no dia anterior. Hoje, poloneses e cubanos se enfrentam pela primeira colocação no Grupo F. Eliminado, o Brasil deverá terminar esta Liga na sexta colocação, ficando fora das quatro primeiras posições pela primeira vez desde 1998.

Depois de onze anos da Era Bernardinho, em que a seleção se acostumou a ficar sempre na parte de cima da tabela (em todas as competições, a pior colocação tinha sido o quarto lugar na Liga Mundial de 2008), com direito a três títulos mundiais e duas medalhas olímpicas, a equipe parece saturada, disposta a dar um tempo. Mas a Olimpíada de Londres bate a porta, e o Brasil está no Grupo B, o chamado Grupo da Morte. O Brasil só deverá encontrar vida fácil na estreia, diante da Tunísia, no dia 29. De resto, só pedreira: Rússia, Estados Unidos, Sérvia e Alemanha virão na sequência. Do jeito que a seleção anda, sem um ritmo de jogo consistente, ficará difícil alcançar uma posição que lhe possibilite enfrentar nas quartas uma seleção mediana do outro grupo, como uma Bulgária, uma Argentina ou uma Austrália (Itália e Polônia são as favoritas do Grupo A, e a anfitriã e estreante Grã-Bretanha não deverá oferecer resistência).

Há uma nesga de esperança de que o Brasil possa fazer ao menos uma figura digna em Londres, porém: a maior recuperação dos contundidos, especialmente Giba, que declarou que esta será a última Olimpíada de sua carreira; um maior entrosamento entre os jogadores, principalmente com o levantador Ricardinho, nos amistosos que deverão ser feitos até a estreia; e o precedente de quatro anos atrás, em que o Brasil acabou em quarto lugar na Liga Mundial e, mesmo assim, chegou à final olímpica com boas atuações. Ninguém desaprende a jogar de uma hora para outra. Por isso, a seleção masculina de vôlei ainda merece um voto de confiança.

4.7.12

Brasil fica em situação difícil na Liga Mundial de Vôlei


Foto: Divulgação/FIVB
O Brasil jogou mal e foi derrotado por Cuba, nesta quarta-feira, por 3 a 0 (25/19, 26/24 e 25/22), e ficou em situação complicada na fase final da Liga Mundial, que está sendo disputada em Sófia, na Bulgária. O jogo foi válido pela primeira rodada do Grupo F, que conta ainda com a Polônia, que o Brasil enfrentará nesta quinta. Os cubanos, atuais vice-campeões mundiais, são os únicos classificados nesta fase final a não obterem vaga nos Jogos Olímpicos de Londres (a exemplo do que ocorreu com a equipe feminina), e até por isso veem nesta Liga Mundial a grande chance de um título importante neste ano. Já o Brasil, atual tricampeão mundial, vice-campeão da própria Liga no ano passado e medalhista olímpico de prata em 2008, não vive boa fase, causando preocupação na torcida para 2012 (já que estará num grupo difícil) e ressaltando a importância de melhor entrosamento para 2016, em que será o anfitrião. Sua próxima adversária, a seleção polonesa, venceu três das quatro partidas que fez contra os brasileiros na primeira fase da Liga.

No Grupo E, a anfitriã Bulgária derrotou a Alemanha por 3 a 1 (26/28, 25/19, 29/27 e 25/19), ficando em boa situação para se classificar às semifinais. Na segunda rodada, os alemães enfrentarão os Estados Unidos.

1.7.12

Últimas definições no vôlei e no basquete

Foto: Divulgação/FIVB
No primeiro dia do mês em que começam a ser disputados os Jogos da XXX Olimpíada, momentos decisivos para as seleções de vôlei e basquete. No vôlei, a seleção brasileira feminina, mesmo com a vitória por 3 a 1 (25/21, 23/25, 25/20 e 25/15) sobre a Turquia - a quem enfrentará na primeira fase em Londres -, ficou com o vice-campeonato do Grand Prix, cuja fase final foi disputada na cidade chinesa de Ningbo. O título, mais uma vez (a terceira seguida e a quinta na história), ficou com os Estados Unidos, que derrotaram a anfitriã China por 3 a 0 (26/24, 25/21 e 27/25).

A boa notícia para o vôlei surgiu para os homens: a seleção masculina se classificou para a segunda fase da Liga Mundial, como a melhor segunda colocada da primeira fase (obteve 26 pontos no Grupo B, atrás da Polônia, que ficou com 29). Ainda falta um grupo a ser disputado, o C, em que a vice-líder França tem 21, três atrás dos Estados Unidos, e só pode chegar a 24. O primeiro colocado deste grupo estará no Grupo E da segunda fase, a ser disputada em Sófia, na Bulgária, com os anfitriões e a Alemanha. No Grupo F, o Brasil enfrentará Cuba (que eliminou a Rússia, atual campeã) e, novamente, a Polônia.

No basquete, foram definidos os últimos cinco classificados para o torneio olímpico feminino, através do Pré-Olímpico disputado em Ancara, na Turquia. Croácia, República Tcheca, Turquia e França obtiveram suas vagas por suas vitórias nas quartas de final. As seleções derrotadas (Canadá, Argentina, Japão e Coreia do Sul, respectivamente) fizeram um torneio eliminatório pela última vaga. As canadenses derrotaram as argentinas e as japonesas venceram as sul-coreanas, tendo o direito de jogar entre si pela vaga olímpica. O jogo foi neste domingo, e o Canadá venceu o Japão por 71 a 63.

Com o último classificado, assim ficaram os grupos do torneio feminino de basquete dos Jogos Olímpicos de Londres:

Grupo A: Angola, China, Croácia, Estados Unidos, República Tcheca e Turquia
Grupo B: Austrália, Brasil, Canadá, França, Grã-Bretanha e Rússia

O Brasil estreia no dia 28 de julho, contra a França. No dia 30, enfrenta a Rússia; no dia 1º de agosto, a Austrália; no dia 3, o Canadá; e, no dia 5, a Grã-Bretanha.

Nesta segunda-feira (até o próximo domingo), começa a ser disputado o Pré-Olímpico Masculino de Basquete, em Caracas, na Venezuela. Serão disputadas as últimas três vagas para Londres.