18.12.12

Zanetti e Sheilla, os atletas de 2012

Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Foi realizada nesta terça-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, mais uma edição do Prêmio Brasil Olímpico, organizada anualmente pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Como o esperado, os grandes destaques do país nos Jogos Olímpicos de Londres foram os grandes vencedores da noite.
 
Os prêmios mais importantes foram conquistados pela bicampeã olímpica pela seleção de vôlei, Sheilla Castro, eleita a melhor atleta feminina de 2012 (derrotando a judoca Sarah Menezes e a pentatleta Yane Marques), e pelo campeão olímpico nas argolas e primeiro brasileiro medalhista na ginástica artística numa Olimpíada, Arthur Zanetti (que superou na votação popular o pugilista Esquiva Falcão e o nadador Thiago Pereira), eleito o melhor atleta masculino do ano. Seus respectivos treinadores, José Roberto Guimarães e Marcos Goto, foram os vencedores nas categorias coletiva e individual como os melhores técnicos do ano.
 
Hortência, a maior jogadora da história do basquete nacional (entre outros títulos, campeã mundial em 1994 e vice-campeã olímpica em 1996), ganhou o Prêmio Adhemar Ferreira da Silva pelos serviços prestados ao basquete nacional. A cerimônia marcou o início do ciclo olímpico que culminará na Olimpíada de 2016, na mesma cidade.

24.10.12

As imperfeições e polêmicas do edital do Maracanã

Foto: Agência O Globo
Foi divulgada nesta semana a minuta do edital de concessão do Complexo Esportivo do Maracanã à iniciativa privada, e nela há vários pontos polêmicos e que merecem reflexão. Entre eles, a confirmação de que o estádio de atletismo Célio de Barros e o complexo aquático Júlio Delamare (foto) - que sediou o torneio de polo aquático nos Jogos Pan-Americanos de 2007 - serão demolidos e reconstruídos em outro terreno perto dali, pertencente ao Exército. Essas novas instalações, porém, seriam apenas para treinamento, não servindo para competições oficiais. No lugar das antigas arenas, deverão ser construídos estacionamentos e o novo Museu do Futebol do Maracanã. Mas tem mais.
 
Segundo a minuta, o ginásio Gilberto Cardoso - o famoso Maracanãzinho - deverá sofrer uma nova reforma, principalmente no piso e na acústica. Além disso, terá que perder cerca de dois mil lugares, diminuindo dos atuais 11.424 para 9.914. Só que há um problema: de acordo com o Comitê Olímpico Internacional, as competições de vôlei dos Jogos Olímpicos terão que ter um público mínimo de 12 mil espectadores. E o ginásio está programado para receber a modalidade em 2016.
 
Ainda há tempo para fazer mudanças. Mas relatos dão conta de que não é tão necessário fazer reformas no ginásio, considerado um dos mais modernos do país. Essa obsessão dá margem a desconfianças de pretensão de superfaturamento, mesmo numa concessão à iniciativa privada por 35 anos. O Maracanãzinho é elogiado desde o Pan de 2007 e, por isso, não há a necessidade de modificações. Que, no final das contas, o bom senso prevaleça.

7.10.12

Um enigma chamado Nuzman

Foto: Jorge William/Agência O Globo
Nesta sexta-feira, Carlos Arthur Nuzman foi eleito para seu quinto mandato consecutivo na presidência do Comitê Olímpico Brasileiro. Ele ocupa a instância máxima do esporte nacional desde 1995, depois de deixar o comando da Confederação Brasileira de Voleibol. Dos 33 votos disponíveis (o dele próprio; o do vice, André Richer; de João Havelange, presidente de honra da FIFA e ex-membro do Comitê Olímpico Internacional, condição da qual renunciou depois de ser acusado de corrupção no exercício do cargo de presidente da FIFA; além dos presidentes ou representantes de 30 confederações brasileiras de esportes olímpicos), Nuzman, que era candidato único, obteve 30; foram duas abstenções (as dos presidentes da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, e da Confederação Brasileira de Vela e Motor, Carlos Luís Martins) e apenas um voto contrário - o do presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, Eric Maleson, que acusa o COB de perseguição política, por ser a única oposição declarada a Nuzman. É apenas mais um capítulo do festival de polêmicas em que o Comitê Olímpico Brasileiro se envolve, no início do ciclo olímpico que desembocará no Rio de Janeiro, em 2016.
 
O mais novo mandato de Nuzman deverá se encerrar em janeiro de 2017. Cumprindo-o até o fim, superará os 21 anos do primeiro presidente da entidade, Fernando Mendes Almeida (1914-1935) e ficará atrás somente dos 27 de Sylvio de Magalhães Padilha (1963-1990). Nuzman é apenas o oitavo presidente dos 98 anos de história do COB, atravessando uma época em que dinastias, continuísmos e mandatos eternos não fazem mais sentido - notadamente no Brasil, que vive uma democracia há 27 anos ininterruptos. Mas o esporte parece não seguir essa tendência de mudanças e alternâncias de poder, tanto que a grande maioria dos votantes que reelegeram Nuzman presidem suas confederações esportivas há anos, alguns deles há décadas. Os brasileiros se mostram mais realistas do que o rei, visto que o próprio Comitê Olímpico Internacional mudou seu estatuto para limitar os mandatos de seus presidentes - as acusações contra o então presidente Juan Antonio Samaranch (que presidiu o COI durante 21 anos, de 1980 a 2001) o desgastaram de tal forma que a instância máxima do esporte mundial limitou o primeiro mandato do presidente em oito anos, dando a chance de uma única reeleição, por mais quatro anos; o atual presidente, o belga Jacques Rogge, foi eleito em 2001, reeleito em 2009 e passará o cargo em 2013.
 
É inegável que Nuzman fez o esporte olímpico brasileiro crescer durante seu mandato. Até ele assumir o cargo, o Brasil ganhava poucas medalhas em uma única edição olímpica - o recorde no geral tinha sido em 1984, com oito medalhas; o maior número de ouros tinha sido dois, em 1980 e 1992. Logo na primeira Olimpíada sob a presidência de Nuzman, foram quinze medalhas - três delas de ouro. Daí em diante, nunca foram menos do que dez medalhas brasileiras por Olimpíada - este menor número foi em 2004, quando o Brasil obteve cinco ouros, seu recorde até hoje. O fato é que a atual presidência fez o país crescer no cenário olímpico, bem mais do que era antes.
 
Mas esse período, que poderia ser visto como vitorioso, também tem seus percalços. Não há uma política esportiva clara no país, mesmo com o crescimento no número de medalhas olímpicas. Na maior parte das vezes, a delegação brasileira depende de talentos individuais, daqueles que treinam sob seus próprios esforços, quase sempre sem ajuda dos dirigentes. Milhões de reais em dinheiro público, investido há quase duas décadas, não chegam a quem deveriam chegar. Os investimentos não dão retorno, ou o número de medalhas seria bem maior. Um exemplo se deu neste ano, em Londres, quando o número de finais em que brasileiros estiveram envolvidos foi bem menor que tinha sido em Pequim, apesar do maior número de medalhas conquistadas.
 
Para piorar as coisas, a reeleição de Nuzman chega num momento em que o COB vive uma crise de credibilidade. Pouco depois do encerramento dos Jogos Paralímpicos de Londres, chegou ao conhecimento público que o Comitê Organizador dos Jogos da XXXI Olimpíada e dos XV Jogos Paralímpicos Rio 2016 demitiu nove integrantes, acusados de roubo de informações sigilosas pertencentes ao Comitê Organizador dos Jogos de Londres. Apenas isso foi divulgado: não foram revelados detalhes sobre como seriam esses documentos, nem para que eles serviriam, nem mesmo se os demitidos os extraviaram por conta própria ou a mando de algum superior. A pressão da imprensa e da opinião pública fez Nuzman dar uma entrevista coletiva, mas que pouco ou nada esclareceu sobre o ocorrido.
 
Além de presidente do COB, Nuzman também é presidente do Comitê Organizador Rio 2016 - o que não é recomendado por causa do risco de conflito de interesses, apesar de o COI não proibir. Ele também presidiu o Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos de 2007, que, se organizou bem o evento a ponto de credenciar a cidade a sediar os Jogos Olímpicos de 2016, também foi marcado pelo superfaturamento dos locais de prova. O acúmulo de funções lembra algo bem conhecido: Ricardo Teixeira, presidente da CBF durante 23 anos, também era o presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. No começo deste ano, Teixeira renunciou aos dois cargos - hoje ocupados por seu sucessor, José Maria Marin - por conta de sucessivas acusações de corrupção. Se houver acusações parecidas contra Nuzman, que ninguém duvide que o presidente do COB tenha de fazer o mesmo, até para salvar sua recém-manchada biografia...

15.9.12

Entre 2012 e 2016, atenção, expectativa, torcida... e muita cobrança

Encerrados os Jogos da XXX Olimpíada e os XIV Jogos Paralímpicos em Londres, pode-se dizer que a participação brasileira poderia ser melhor nestes primeiros e consolidou sua evolução nestes últimos. Enquanto nos Jogos Olímpicos o Brasil não correspondeu tanto às expectativas levando-se em consideração os altos investimentos do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro, nos Paralímpicos o país dá aos espectadores um grande otimismo para a participação na próxima edição, daqui a quatro anos, quando será o país-sede.

Os atletas olímpicos brasileiros, se não tiveram uma participação considerada pífia (afinal, apesar dos pesares, eles trouxeram o maior número de medalhas em uma edição olímpica: dezessete, três delas de ouro), poderiam ter feito melhor papel, isso é fato. Tivemos excelentes desempenhos em Londres, como a boa fase do judô feminino (que trouxe metade das medalhas brasileiras na modalidade, incluindo a primeira de ouro), do boxe (que trouxe logo três medalhas, o triplo da melhor campanha do país, 44 anos atrás) e do ginasta Arthur Zanetti (primeiro em seu esporte a ganhar uma medalha olímpica entre os brasileiros, o ouro nas argolas). Além disso, vieram o bicampeonato do vôlei feminino e a primeira medalha no pentatlo moderno, modalidade pouco praticada no Brasil. Mas tivemos frustrações em Londres, como os parcos desempenhos em modalidades como atletismo (sem trazer medalhas depois de 20 anos), natação (apenas duas medalhas, uma prata e um bronze, e poucas finais, nenhuma entre as mulheres) e futebol (uma prata entre os homens, sem ver a cor da bola na final contra o México - por sinal, a única seleção ao menos tradicional que os comandados de Mano Menezes enfrentaram nesta Olimpíada -, e a eliminação nas quartas da cada vez mais decadente Seleção feminina, o que reflete a falta de investimentos no futebol feminino no Brasil).

Os atletas paralímpicos, por outro lado, confirmaram a evolução que vem de longo tempo. Apesar de terem conquistado cinco medalhas a menos que em Pequim (42 contra 47), os paratletas brasileiros superaram em cinco ouros seu desempenho de quatro anos atrás (21 contra 16). Os valores individuais continuaram brilhando (como o nadador Daniel Dias e os velocistas Terezinha Guilhermina e Alan Fonteles, entre outros), mas várias modalidades coletivas também tiveram seu valor, como a tricampeã seleção de futebol de cinco e a vice-campeã seleção masculina de golbol. O país conseguiu sua meta de terminar entre os sete primeiros colocados no quadro de medalhas em Londres, o que dá a esperança em terminar entre os cinco primeiros daqui a quatro anos, em casa. Só tem que se preocupar com a renovação dos valores individuais, já que na natação, por exemplo, apenas Daniel Dias e André Brasil - que conquistaram todos os ouros brasileiros na modalidade - tiveram participações de destaque.

No mais, foram duas campanhas bem distintas, é o que se percebe. Se nos Jogos Paralímpicos o Brasil acabou em sétimo lugar (21 ouros, 14 pratas e oito bronzes), nos Olímpicos terminara em 22º (três ouros, cinco pratas e nove bronzes). Pouco surpreendente levando-se em consideração a média de ouros olímpicos conquistados pelo país nas mais recentes edições (os Jogos de 2004, em Atenas, foram a exceção, com o recorde de cinco ouros). Mas ainda é pouco se levarmos em conta que o Brasil sediará a próxima edição olímpica, em 2016. Nos últimos ciclos olímpicos, o país-sede da Olimpíada seguinte costuma fazer boas campanhas - se bem que foram países de tradição esportiva consolidada, como os Estados Unidos em 1992 (37 ouros), a Austrália em 1996 (nove ouros), a Grécia em 2000 (quatro ouros), a China em 2004 (32 ouros) e a Grã-Bretanha em 2008 (19 ouros). A última vez em que o país-sede da Olimpíada seguinte fez uma campanha discreta foi em 1988, com a Espanha: em Seul, os atletas espanhóis conquistaram apenas um ouro, uma prata e dois bronzes (para efeito de comparação, o Brasil ganhou uma prata e um bronze a mais), terminando em 25º lugar no quadro de medalhas. Em compensação, nos Jogos de Barcelona, em 1992, os anfitriões aproveitaram bastante o fator casa: 13 ouros, sete pratas e dois bronzes, com o sexto lugar na classificação final. Nos Jogos seguintes, os de 1996, em Atlanta, a Espanha manteve o pique: cinco ouros, seis pratas e seis bronzes, 13º lugar no final.

O fato de ser o anfitrião, com a torcida a favor, pode ser um trunfo brasileiro no Rio: basta lembrar da campanha nos Jogos Pan-Americanos de 2007. O nível técnico certamente não serve de parâmetro, mas o retrospecto recente conta muito. O que muitos temem, porém, é o excesso de expectativas sobre os atletas, que podem decepcionar muitos se não conquistarem a medalha de ouro. A campanha olímpica brasileira em Londres recebeu críticas por não dar o retorno dos altos investimentos do Governo Federal, do Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico Brasileiro e de várias empresas, com direito a aluguel do Crystal Palace para aclimatação e treinamento. Agora, o governo da presidente Dilma Rousseff lançou um plano de investimentos de um bilhão de reais visando colocar o país entre os dez primeiros no quadro de medalhas dos próximos Jogos Olímpicos, e entre os cinco nos Paralímpicos. Sempre há temores quando dinheiro público está sendo investido em algo que dificilmente dará o retorno esperado, ainda mais levando-se em conta a larga história de desvio de dinheiro para meios ilícitos. Fiquemos de olho, portanto.

9.9.12

A saideira paralímpica londrina, em grande estilo

Foto: AFP
O último dia de competições dos XIV Jogos Paralímpicos se deu em grande estilo, com a derradeira medalha de ouro para o Brasil em terras londrinas: na maratona, categoria T46, Tito Sena foi o primeiro colocado, com o tempo de 2:30'40". O espanhol Abderrahman Ait Khamouch ficou com a prata, com 2:31'04"; o belga Frederic van den Heede foi bronze, com 2:31'38". O outro brasileiro da prova, Ozivam Bonfim, acabou na quarta colocação, com 2:37'16".
 
No futebol de sete, o Brasil foi goleado pelo Irã por 5 a 0, na disputa da medalha de bronze. O ouro foi para a Rússia, que venceu a Ucrânia por 1 a 0. No rúgbi em cadeira de rodas, a última modalidade coletiva a ser disputada nestes Jogos, o ouro foi para a Austrália, vitoriosa por 66 a 51 sobre o Canadá. Após a vitória por 53 a 43 sobre o Japão, os Estados Unidos ficaram com o bronze.
 
Pela terceira vez consecutiva, a China terminou uma edição de Jogos Paralímpicos em primeiro lugar no quadro de medalhas: 95 ouros, 71 pratas e 65 bronzes (231 medalhas no total). A Rússia terminou em segundo lugar, com 36 ouros (102 no total), com a Grã-Bretanha em terceiro, com 34 ouros (120 no total). Ucrânia e Austrália ganharam 32 ouros cada, mas os ucranianos ficaram com uma prata a mais (24 a 23). Os Estados Unidos terminaram em sexto, com 31 ouros. Já o Brasil teve o seu melhor desempenho na história dos Jogos Paralímpicos: 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze (43 medalhas no total), terminando na sétima colocação no quadro de medalhas.
 
E a tendência é que o paradesporto brasileiro faça figura ainda melhor daqui a quatro anos - afinal, os XV Jogos Paralímpicos serão disputados no Rio de Janeiro, de 7 a 18 de setembro de 2016.

8.9.12

Mais um dia de vitórias para o Brasil em Londres

Foto: London2012.com
O Brasil vai conseguindo seu objetivo nestes XIV Jogos Paralímpicos, disputados em Londres: terminar entre os sete primeiros colocados no quadro de medalhas. Colaboram para isto, entre outros fatores, excelentes desempenhos como o de hoje, penúltimo dia de competições. Neste sábado, o Brasil ganhou nada menos do que nove medalhas: cinco de ouro, duas de prata e mais duas de bronze.
 
Apenas no atletismo, foram quatro subidas ao pódio. Um ouro o país conquistou no Estádio Olímpico: o do arremesso de dardo, categoria F37/38, entre as mulheres, com Shirlene Coelho, que obteve a marca de 37m86, novo recorde mundial - muito à frente da segunda colocada, a chinesa Jia Qianqian, com 31m62, e da terceira, a australiana Georgia Beikoff, com 29m84. Na mesma prova, só que entre os homens e na categoria F57/58, Claudiney Batista dos Santos ficou com a prata, arremessando 45m38 e somando 1.024 pontos, ficando atrás apenas do iraniano Mohammad Khalvandi, com 50m98 e 1.044 pontos - ambos ficando com o recorde mundial em cada uma de suas subcategorias. O bronze foi para o egípcio Raed Salem, que somou 991 pontos com seu arremesso de 47m90. Na pista, dois velocistas foram ao pódio na prova dos 100 metros, categoria T11: Lucas Prado foi prata (11"25) e Felipe Gomes foi bronze (11"27), ambos ficando atrás do chinês Xue Lei (11"17).
 
O Brasil mostrou sua força também na bocha: Maciel Souza Santos foi o campeão na categoria BC2, individual mista, ao derrotar na final o chinês Yan Zhiqiang - o bronze ficou com a sul-coreana Jeong So-Yeong. Já na BC4, os integrantes da equipe campeã paralímpica subiram ao pódio: Dirceu José Pinto ganhou seu segundo ouro paralímpico em Londres ao vencer o chinês Zheng Yuansen - pouco antes, Eliseu dos Santos havia garantido o bronze depois da vitória sobre o britânico Stephen McGuire.
 
No futebol de cinco, o Brasil (foto) sagrou-se tricampeão paralímpico ao derrotar a França por 2 a 0; o bronze ficou com a Espanha, que venceu a Argentina por 1 a 0 nos pênaltis, depois de um empate sem gols no tempo normal. E na natação, mais uma vez, Daniel Dias ganhou uma medalha de ouro - sua sexta em Londres, e a 10ª na história paralímpica, de um total de 15 - nos 100 metros livre, categoria S5, com o tempo de 1'09"35. A prata foi para o norte-americano Roy Perkins (1'14"78) e o bronze, para o espanhol Sebastián Rodríguez (1'15"70).
 
No torneio masculino de basquete em cadeira de rodas, o Canadá ganhou o ouro ao vencer a Austrália por 64 a 58 - o bronze foi para os Estados Unidos, que derrotaram a Grã-Bretanha por 61 a 46. Já no vôlei sentado, a seleção da Bósnia-Herzegovina foi ouro ao derrotar o favorito Irã por 3 a 1 (19/25, 25/21, 25/22 e 25/15). A Alemanha ganhou o bronze ao vencer a Rússia por 3 a 2 (20/25, 26/24, 22/25, 25/22 e 16/14). O Brasil acabou na quinta colocação, ao derrotar o Egito por 3 a 2 (25/14, 15/25, 25/21, 15/25 e 15/13).
 
Após o dia de hoje, a China consolidou sua posição de grande potência paralímpica da atualidade, com impressionantes 95 medalhas de ouro (231 no total). Na luta ferrenha pela segunda posição no quadro de medalhas, a Rússia voltou a ter vantagem sobre a anfitriã Grã-Bretanha (35 ouros contra 33), com os dois países sendo seguidos de perto por Ucrânia (quarta colocada, com 32 ouros), Austrália (quinta, com 31) e Estados Unidos (sextos, com 30). O Brasil ocupa a sétima colocação, com 20 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze (42 medalhas no total).

7.9.12

Daniel Dias, o maior paralímpico brasileiro

Foto: London2012.com
Em 2004, Daniel Dias assistia pela TV aos feitos de Clodoaldo Silva na natação dos Jogos Paralímpicos, disputados em Atenas. Viu que poderia fazer o mesmo. Não se arrependeu.
 
Ele foi revelado ao mundo no Mundial de Natação Paralímpica de 2006, em Durban, na África do Sul: três ouros e duas pratas. Mas uma das histórias mais bem-sucedidas do esporte brasileiro em todos os tempos estava apenas começando. Nos Jogos Parapan-Americanos de 2007, no Rio, o paulista de Campinas ganhou oito medalhas - todas de ouro. Nos Jogos Paralímpicos do ano seguinte, em Pequim, ganhou quatro ouros, quatro pratas e um bronze. No Mundial de 2010, na cidade holandesa de Eindhoven, oito ouros e uma prata. No Parapan de 2011, em Guadalajara, outros 100% de aproveitamento na competição continental: onze medalhas douradas.
 
Nesta sexta-feira, em Londres, ele ganhou sua quinta medalha de ouro nesta segunda Paralimpíada de sua carreira, nadando a plenos pulmões para ser o maior medalhista paralímpico de todos os tempos - já é o maior entre os brasileiros, com 14 medalhas no total. Na prova em que garantiu o recorde (os 50 metros borboleta, categoria S5), estabeleceu mais um recorde mundial: 34"15. O norte-americano Roy Perkins ficou com a prata, com 34"57, e o chinês He Junquan foi bronze, com 37"20.
 
Na mesma prova, só que no feminino, Joana Maria Silva foi bronze, com o tempo de 46"62, novo recorde continental. O ouro ficou com a norueguesa Sarah Louise Rung, com 41"76; a prata, com a espanhola Teresa Perales, com 42"67.
 
Duas medalhas de prata foram ganhas por brasileiros neste dia de hoje: na prova dos 400 metros, categoria T11 do atletismo, Lucas Prado ficou com 51"44 - atrás apenas do angolano José Sayovo Armando, com 50"75. O bronze ficou com o francês Gauthier Makunda, com 52"45. No golbol masculino, o Brasil foi derrotado na final pela Finlândia por 8 a 1 - a Turquia ganhou o bronze ao vencer a Lituânia por 4 a 1.
 
Nas semifinais do futebol de sete, o Brasil perdeu por 3 a 1 para a Rússia, e disputará o bronze com o Irã, derrotado pela Ucrânia por 2 a 1. No vôlei sentado feminino, o ouro ficou com a China, a prata com os Estados Unidos e o bronze com a Ucrânia - o Brasil terminou em quinto lugar. No basquete em cadeira de rodas feminino, o ouro foi para a Alemanha, a prata para a Austrália e o bronze, para a Holanda.
 
Após este antepenúltimo dia de competições, a China tem 83 medalhas de ouro (206 no total), com Grã-Bretanha e Rússia com 32 medalhas de ouro cada - mas os britânicos têm mais pratas (40 contra 35). O Brasil segue na oitava colocação, com 15 ouros, 12 pratas e seis bronzes.

6.9.12

Um dia histórico para nossa natação paralímpica

Foto: London2012.com
O Brasil ganhou quatro medalhas nesta quinta-feira, nos Jogos Paralímpicos: dois ouros e duas pratas, com direito a dois registros históricos para nossa natação.
 
Na prova dos 50 metros costas, categoria S5, Daniel Dias tornou-se o maior medalhista paralímpico da história do Brasil, empatando com o também nadador Clodoaldo Silva (sua grande inspiração para começar a nadar) e a velocista Ádria Santos. Cada um tem treze medalhas paralímpicas, mas Daniel tem mais ouros (oito, em duas edições; quatro só neste ano), podendo ainda se isolar na liderança, já que ele ainda nadará mais duas provas em Londres. Dias estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com 34"99. O chinês He Junquan ficou com a prata, com 36"41, e o húngaro Zsolt Vereczkei foi bronze, com 38"92.
 
Nos 100 metros livre, categoria S10, dobradinha brasileira: André Brasil ganhou sua terceira medalha de ouro nesta Paralimpíada com o tempo de 51"07 (novo recorde paralímpico), com Phelipe Rodrigues ganhando a prata, com 52"42 - o australiano Andrew Pasterfield ficou com a medalha de bronze, com 52"77. Nos 50 metros costas feminino, categoria S4, Edênia Garcia ganhou a primeira medalha da natação brasileira entre as mulheres nestes Jogos Paralímpicos, com 53"85. A holandesa Lisette Teunissen ganhou o ouro, com 51"51; o bronze ficou com a chinesa Bai Juan, que fez 54"33.
 
No futebol de cinco, o Brasil se classificou à final ao empatar sem gols com a Argentina e vencê-la na disputa de pênaltis, por 1 a 0. A seleção brasileira tentará o tricampeonato paralímpico na final contra a França, que na sua semifinal derrotou a Espanha por 2 a 0. As duas equipes chegam à decisão sem terem sofrido gols - elas se enfrentaram na primeira fase, empatando em 0 a 0. O Brasil também chegou à final do golbol masculino, ao vencer a Lituânia por 2 a 1 - na final, enfrentará a Finlândia, que derrotou a Turquia por 2 a 0.
 
Encerrado mais este dia de competições, a China lidera o quadro de medalhas, com 70 ouros (183 no total), com Grã-Bretanha e Rússia empatadas em segundo, com 31 ouros - os britânicos têm vantagem no número de pratas (39 a 31). O Brasil está em oitavo, com 14 ouros, 10 pratas e cinco bronzes.

5.9.12

A tripleta brasileira no atletismo e o ouro inédito na esgrima

Foto: London2012.com
Dois notáveis feitos brasileiros nesta quarta-feira de competições dos Jogos Paralímpicos: nos 100 metros da categoria T11 para mulheres, o Brasil ocupou os três lugares do pódio. Campeã dos 200 metros, Terezinha Guilhermina ganhou sua segunda medalha de ouro em Londres, com o tempo de 12"01 (novo recorde mundial). A prata ficou com Jerusa Santos (vice também nos 200), com 12"75, e o bronze com Jhulia Santos (que nos 200 havia terminado em quarto), com 12"76.
 
Na esgrima em cadeira de rodas, Jovane Silva Guissone foi campeão na espada individual, categoria B, ao derrotar na final Tam Chik Sum, de Hong Kong, por 15 a 14 - o bronze ficou com o francês Alim Latreche. Guissone é o primeiro esgrimista brasileiro a ganhar uma medalha numa Olimpíada ou numa Paralimpíada.
 
No futebol de sete, o Brasil empatou em 1 a 1 com a Ucrânia (atual campeã paralímpica), terminando em segundo lugar no seu grupo, e enfrentará a Rússia nas semifinais - na outra partida, os ucranianos enfrentarão o Irã. No golbol, a seleção masculina derrotou a Bélgica por 3 a 0 e foi às semifinais, onde enfrentará a Lituânia. Já a seleção feminina não teve a mesma sorte: foi eliminada nas quartas ao perder para o Japão por 2 a 0. O mesmo ocorreu com a seleção masculina de vôlei sentado, derrotada pela Rússia por 3 a 2 (18/25, 25/15, 25/15, 19/25 e 15/8).
 
Encerrado mais este dia de disputas, a China está em primeiro, com 60 medalhas de ouro (159 no total), com a Rússia em segundo, com 28 ouros (73 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 25 ouros (92 no total). O Brasil ocupa a oitava colocação, com 12 ouros, oito pratas e cinco bronzes.

4.9.12

Mais um dia de ouro para o Brasil em Londres

Foto: Getty Images
O Brasil deu um bom salto nesta terça-feira, nos Jogos Paralímpicos de Londres. Apenas hoje, os paratletas brasileiros conquistaram três medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze.
 
Nos 200 metros do atletismo, categoria T11, dobradinha brasileira: Felipe Gomes foi ouro, com 22"97, e Daniel Silva ficou com a prata, com 22"99 - o angolano José Sayovo Armando foi bronze, com 23"10. Nos 400 metros, categoria T46, Yohansson Nascimento (campeão dos 200 metros) foi prata, com 49"21 - o austríaco Gunther Matzinger foi ouro, com 48"45, e o cingalês Uggl Dena Pathirannehelag foi bronze, com 49"28. No arremesso de disco masculino, categoria F40, Jonathan Santos ficou com o bronze, com 40m49 - o ouro ficou com o chinês Wang Zhiming (45m78, novo recorde mundial) e a prata, com o grego Paschalis Stathelakos (44m11).
 
Na natação, Daniel Dias ganhou sua terceira medalha de ouro nesta Paralimpíada, ao terminar em primeiro nos 100 metros peito, categoria SB4, com o tempo de 1'32"27 (novo recorde mundial) - o colombiano Moises Fuentes foi prata, com 1'36"92, e o espanhol Ricardo Ten foi bronze, com 1'37"23. Nos 100 metros costas, categoria S10, André Brasil ficou com a prata, com 1'00"11, dez centésimos atrás do campeão e recordista mundial, o norte-americano Justin Zook. O canadense Benoit Huot ficou com o bronze (1'00"73).
 
Na bocha, o Brasil (com Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos) sagrou-se bicampeão paralímpico, na categoria BC4, ao derrotar a dupla da República Tcheca na final por 5 a 3. O bronze ficou com o Canadá, que derrotou a Grã-Bretanha por 8 a 2. No futebol de cinco, o Brasil venceu a China (na reedição da final de 2008) por 1 a 0, classificando-se em primeiro no seu grupo, e enfrentará a Argentina nas semifinais - na outra semifinal, irão se enfrentar Espanha e França. No torneio feminino de vôlei sentado, o Brasil derrotou a Grã-Bretanha por 3 a 0 (25/19, 25/10 e 25/7) e disputará o quinto lugar com a Eslovênia, que derrotou o Japão pelo mesmo placar. No torneio masculino, os brasileiros venceram a China por 3 a 0 (25/17, 25/23 e 25/20). Terceiro colocado no seu grupo, o Brasil enfrentará a Rússia nas quartas de final. No golbol masculino, a seleção brasileira goleou a Grã-Bretanha por 7 a 1 e pegará a Bélgica nas quartas - no feminino, o Brasil enfrentará o Japão.
 
Após este dia de competições, a China praticamente garantiu a primeira colocação no quadro de medalhas, com 53 ouros (132 no total). Grã-Bretanha e Rússia têm 23 medalhas de ouro cada, mas os anfitriões estão em vantagem no número de pratas (30 a 22). O Brasil está na sétima colocação, com dez ouros, sete pratas e quatro bronzes.

3.9.12

Mais uma medalha para o Brasil em Londres

Foto: London2012.com
Apenas uma medalha foi ganha pelo Brasil nestes Jogos Paralímpicos hoje: Odair Santos foi prata nos 1.500 metros, categoria T11 (deficientes visuais), com o tempo de 4'03"66. O ouro ficou com o queniano Samwel Kimani, com 3'58"37 (novo recorde mundial), e o bronze com o canadense Jason Joseph Dunkerley, com 4'07"56.
 
No basquete em cadeira de rodas feminino, o Brasil se despediu sem vencer nenhum jogo: desta vez, a derrota foi por 55 a 42 para a Holanda. As duas seleções de vôlei sentado também perderam nesta rodada: a masculina para o atual campeão e favorito Irã (25/21, 25/15 e 25/17), e a feminina para os Estados Unidos (25/13, 25/20 e 25/19). A masculina enfrenta a China na última rodada para definir apenas a colocação no seu grupo - já a feminina não tem mais chances de medalha. No golbol feminino, o Brasil derrotou a Finlândia por 5 a 4 e garantiu vaga nas quartas de final. No futebol de sete, os brasileiros golearam os Estados Unidos por 8 a 0 e classificaram-se às semifinais.
 
Após mais este dia de competições, a China segue disparada na liderança no quadro de medalhas, com 46 ouros (112 medalhas no total), com a Grã-Bretanha em segundo, com 19 ouros (63 no total), e a Rússia em terceiro, com 16 ouros (49 no total), tendo vantagem sobre a Austrália no número de pratas (20 a 13). O Brasil segue na oitava colocação, com sete ouros, quatro pratas e três bronzes.

2.9.12

O garoto que venceu um mito

Foto: London2012.com
Guardem este nome: Alan Fonteles Cardoso Oliveira. Este brasileiro de 20 anos acabou de entrar para a história do paradesporto nacional ao derrotar um dos maiores paratletas de todos os tempos. Na final dos 200 metros, categoria T44 (amputados de membros inferiores) do atletismo, o jovem velocista paraense conseguiu o ouro ao superar o supercampeão sul-africano Oscar Pistorius (semifinalista dos 400 metros rasos nos Jogos Olímpicos deste ano), que era encarado como o grande favorito. O brasileiro obteve 21"45, contra 21"52 de Pistorius, que ficou com a prata. O norte-americano Blake Leeper foi bronze, com 22"46.
 
Aliás, o dia foi bem produtivo para o atletismo brasileiro nestes Jogos Paralímpicos. O Estádio Olímpico de Londres viu mais duas vitórias brasileiras neste domingo: nos 200 metros da categoria T46 (amputados de membros superiores), Yohansson Nascimento estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com o tempo de 22"05, dez centésimos à frente do vice, o cubano Raciel González - o australiano Simon Patmore foi bronze, com 22"36. Na final feminina dos 200 metros, categoria T11 (para deficientes visuais), uma dobradinha brasileira: Terezinha Guilhermina confirmou o seu favoritismo estabelecendo o novo recorde paralímpico de 24"82. A prata ficou com Jerusa Geber Santos, com 26"32 - a chinesa Jia Juntingxian foi bronze, com 26"33.
 
Mais uma vez, não foi um bom dia para o golbol brasileiro: a seleção masculina foi derrotada por 4 a 1 pela Turquia, e a feminina perdeu por 3 a 1 pela Grã-Bretanha. No basquete em cadeira de rodas, o Brasil foi mais uma vez derrotado: 65 a 51 para o Canadá. Mas a seleção de futebol de cinco segue invicta: na segunda rodada, goleada por 4 a 0 sobre os turcos - e a seleção feminina de vôlei sentado conseguiu sua primeira vitória: 3 a 2 sobre a Eslovênia (25/17, 30/28, 19/25, 21/25 e 15/7).
 
Após este quarto dia de competições, a China segue na liderança no quadro de medalhas, com 35 ouros (87 medalhas no total), com a Grã-Bretanha em segundo, com 16 ouros (54 no total), e a Austrália em terceiro, com 14 ouros (43 no total). O Brasil ocupa a sétima colocação, com sete ouros, três pratas e três bronzes.

1.9.12

Natação segue erguendo o Brasil na Paralimpíada

Foto: AFP
Mais uma vez, a natação segue sendo a base da participação do Brasil nestes Jogos Paralímpicos, em Londres. Mais dois ouros foram conquistados pelos nadadores brasileiros neste sábado: André Brasil (foto) foi o primeiro nos 100 metros borboleta, categoria S10 (com novo recorde paralímpico, 56"35), e Daniel Dias nos 200 metros livre, categoria S5 (também estabelecendo um novo recorde paralímpico, 2'27"83).
 
No judô masculino, Antônio Tenório, ouro nas últimas quatro Paralimpíadas, desta vez ficou com o bronze na categoria até 100 quilos, juntamente com o russo Vladimir Fedin. O ouro ficou com o sul-coreano Choi Gwang-Geun, e a prata com o norte-americano Myles Porter.
 
O dia brasileiro não foi bom no vôlei sentado: a seleção masculina sofreu sua primeira derrota na competição, 3 a 0 para a Bósnia-Herzegovina (25/14, 25/21 e 25/19); já a feminina estreou perdendo por 3 a 1 para a China (26/24, 25/15, 20/25 e 25/16). No basquete em cadeira de rodas feminino, as brasileiras perderam mais uma vez: 42 a 37 para a Grã-Bretanha. Porém, o Brasil estreou com vitória no futebol de sete: 3 a 0 sobre os britânicos. No golbol masculino, a seleção brasileira goleou a Lituânia por 12 a 5.
 
Após este terceiro dia, a China segue na ponta do quadro de medalhas, com 20 ouros (56 medalhas no total); a Austrália está em segundo, com 11 ouros (29 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro com nove ouros (36 medalhas no total), superando a Ucrânia no número de pratas (16 a 6). O Brasil está em oitavo lugar, com quatro ouros, duas pratas e três bronzes.

31.8.12

Brasil bate mais um recorde mundial

Foto: London2012.com
A natação brasileira segue fazendo hsitória nos Jogos Paralímpicos de Londres. Nesta sexta-feira, André Brasil faturou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial dos 50 metros nado livre, categoria S10, com o tempo de 23"16 - 42 centésimos à frente do segundo colocado, o canadense Nathan Stein, e 72 à frente do terceiro, o australiano Andrew Pasterfield. Foi o único ouro do país neste segundo dia de competições.
 
Mais duas medalhas foram ganhas por atletas brasileiros hoje, ambas no judô feminino: Lúcia da Silva Teixeira foi prata na categoria até 57 quilos, e Daniele Bernardes Milan foi bronze na categoria até 63 quilos.
 
No golbol, o Brasil foi derrotado na segunda rodada - tanto no masculino, perdendo por 5 a 4 para a Suécia, quanto no feminino, sendo goleado por 8 a 0 pela China. No futebol de cinco, o Brasil, que tenta o tricampeonato paralímpico, estreou empatando sem gols com a França. No vôlei sentado masculino, os brasileiros, bicampeões parapan-americanos, debutaram nesta competição derrotando Ruanda por 3 a 0 (25/5, 25/5 e 25/13).
 
Encerrado o segundo dia de competições, a China segue na liderança no quadro de medalhas, com 13 ouros (34 medalhas no total), com a Austrália em segundo (sete ouros) e a Ucrânia em terceiro (seis ouros). O Brasil está na nona colocação, com dois ouros, duas pratas e dois bronzes.

30.8.12

As primeiras medalhas paralímpicas do Brasil em Londres

Foto: AP
No primeiro dia de competições, o Brasil começou a mostrar sua força nesta 14ª edição dos Jogos Paralímpicos. A primeira medalha brasileira foi no judô, com o bronze obtido por Michele Ferreira na categoria até 52 quilos do feminino. Mas foi nas piscinas que os paratletas brasileiros consolidaram sua tradição, mais uma vez.
 
Nos 200 metros quatro estilos da natação, categoria S10, André Brasil ficou com a prata, com o tempo de 2'12"36 (o ouro ficou com o canadense Benoit Huot, recordista mundial com o tempo de 2'10"01; o bronze, com o australiano Rick Pendelton, com 2'14"77). Na prova dos 50 metros nado livre, categoria S5, o supercampeão Daniel Dias conquistou mais uma medalha de ouro - a primeira do Brasil nesta Paralimpíada - com novo recorde mundial: 32"05. A prata ficou com o espanhol Sebastián Rodríguez, com 33"44, e o bronze com o norte-americano Roy Perkins, com 33"69.
 
No torneio feminino de basquete em cadeira de rodas, o Brasil não teve uma boa estreia: derrota por 52 a 50 para a Austrália. Já as duas seleções de golbol estrearam com vitória: a masculina venceu a Finlândia por 6 a 5, e a feminina fez 2 a 0 na Dinamarca.
 
Passado o primeiro dia de competições, a China lidera o quadro de medalhas, com seis ouros, seis pratas e três bronzes. A Austrália, com três ouros (nove medalhas no total), é a segunda colocada, enquanto a anfitriã Grã-Bretanha é a terceira, com dois ouros (sete medalhas no total). Com um ouro, uma prata e um bronze, o Brasil ocupa a oitava colocação.

28.8.12

O movimento paralímpico volta a suas origens

Foto: London2012.com
Terá início nesta quarta-feira, com a cerimônia de abertura a ser realizada no Estádio Olímpico de Londres, a 14ª edição dos Jogos Paralímpicos, o maior evento esportivo para portadores de deficiência - seja ela física, mental ou sensorial. Ao chegar a terras britânicas, os Jogos retornam ao lugar cujo conceito teve suas origens.
 
Afinal, foi no final dos anos 40 do século passado, na cidade inglesa de Stoke Mandeville, que foram disputadas as primeiras competições entre cadeirantes, majoritariamente feridos da Segunda Guerra Mundial - a primeira edição dos Jogos de Stoke Mandeville, atualmente conhecidos como Jogos Mundiais Esportivos para Cadeirantes e Amputados, foi disputada em 28 de julho de 1948, véspera da abertura dos Jogos da XIV Olimpíada, na capital Londres. Era um torneio de tiro com arco com cadeirantes e apenas 16 atletas (14 homens e duas mulheres). A competição, inicialmente apenas britânica, tornou-se internacional com a participação de uma equipe holandesa em 1952. Oito anos mais tarde, em 1960, a nona edição dos Jogos Anuais Internacionais de Stoke Mandeville foi disputada em Roma, que havia sediado os Jogos Olímpicos pouco antes. A cada quatro anos, até 1972, os Jogos de Stoke Mandeville foram disputados no mesmo país dos Jogos Olímpicos (à exceção de 1968, quando o México declarou não ter condições e, por isso, a cidade israelense de Tel Aviv foi a sede), sempre apenas por cadeirantes. A edição de 1972 - disputada em Heidelberg, na Alemanha Ocidental - foi a primeira a contar com a participação do Brasil, e também a última vinculada aos Jogos de Stoke Mandeville, ganhando vida própria em 1976, em Toronto, no Canadá, quando estrearam os atletas amputados e deficientes visuais. No começo daquele mesmo ano, na cidade sueca de Örnsköldsvik, foi realizada a primeira versão para esportes de inverno.
 
Em 1984, os Jogos Internacionais para Deficientes (como o evento era chamado na época) foram divididos entre dois países, pela única vez até hoje: a britânica Stoke Mandeville, onde o paradesporto nasceu, recebeu os atletas cadeirantes com lesões na coluna, enquanto Nova Iorque, nos Estados Unidos, sediou as demais modalidades. Em 1988, foi cunhado o termo Jogos Paralímpicos para definir a maior competição mundial para atletas portadores de deficiência. Seul, na Coreia do Sul, que recebera a Olimpíada, sediou a Paralimpíada com sucesso. Dali em diante, os Jogos Paralímpicos seriam realizados sempre na mesma cidade em que foram realizados os Jogos Olímpicos.
 
Em setembro de 1989, foi criado o Comitê Paralímpico Internacional, instância máxima do paradesporto mundial. Ficou definido que os IX Jogos Anuais Internacionais de Stoke Mandeville, disputados em 1960, na cidade de Roma, foram os I Jogos Paralímpicos. Além de 1968, apenas em 1980 (em Arnhem, na Holanda) a Paralimpíada não foi disputada no mesmo país dos Jogos Olímpicos (naquele ano realizados em Moscou, na União Soviética). Mas os Jogos de Stoke Mandeville nunca pararam de ser disputados - ampliaram-se e são realizados até hoje, de forma bienal (sempre nos anos ímpares), ganhando itinerância - o Rio de Janeiro, que sediaria os Jogos Parapan-Americanos de 2007 e receberá a Paralimpíada de 2016, sediou o evento em 2005, o primeiro a contar também com a participação de atletas amputados.
 
Os XIV Jogos Paralímpicos começarão nesta quarta e irão até o dia 9 de setembro. Cerca de 4.200 atletas disputarão medalhas em 20 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo paralímpico, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cinco, futebol de sete, golbol, halterofilismo deitado, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro, tiro com arco, vela e vôlei sentado).
 
Na Paralimpíada de Pequim, em 2008, a China obteve o maior número de medalhas de ouro, com 89 (211 no total), com a Grã-Bretanha em segundo, com 42 ouros, e os Estados Unidos em terceiro, com 36 ouros. O Brasil, maior potência paralímpica entre os países latino-americanos, ficou em nono lugar, com 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes (47 medalhas no total). As expectativas dos paratletas brasileiros em Londres são boas, principalmente porque a edição seguinte será no Rio de Janeiro, de 7 a 18 de setembro de 2016.

12.8.12

Agora, é com o Rio

Foto: AFP
Com mais emoções, encerraram-se os Jogos da XXX Olimpíada, disputados na cidade de Londres. A última medalha do atletismo foi, como reza a tradição, na maratona masculina. Stephen Kiprotich, de Uganda, conquistou a segunda medalha de ouro olímpica da história do país (a primeira tinha sido em 1972, também no atletismo, com John Akii-Bua nos 400 metros com barreiras) ao ser o primeiro colocado, com 2:08'01". Dois quenianos completaram o pódio: Abel Kirui, com 2:08'27", e Wilson Kipsang Kiprotich, com 2:09'37". Os brasileiros fizeram sua melhor participação desde o bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima em 2004: Marílson dos Santos foi o quinto; Paulo Roberto Paula, o oitavo; e Franck Caldeira, o décimo-terceiro.

A sorte não foi a mesma, contudo, no vôlei masculino: o Brasil chegou a ter duas chances de fechar o jogo e conquistar o ouro ainda no terceiro set. Mas a Rússia, que nunca tinha sido campeã olímpica no vôlei depois da extinção da tricampeã equipe soviética, decidiu jogar na hora certa para eles. Com uma atuação espetacular nos dois últimos sets, os russos foram merecidamente campeões com uma vitória por 3 a 2 (19/25, 20/25, 29/27, 25/22 e 15/9). O bronze ficou com a Itália, que derrotou a Bulgária por 3 a 1 (25/19, 23/25, 25/22 e 25/21).

No basquete masculino, os Estados Unidos conquistaram sua 14ª medalha de ouro em 17 participações olímpicas (só ficou de fora em 1980, por causa do boicote norte-americano aos Jogos de Moscou), com a difícil vitória por 107 a 100 sobre a Espanha, que endureceu a partida o quanto pôde. A Rússia ficou com o bronze, ao derrotar a Argentina por 81 a 77.

Mas o grande destaque deste último dia de competições foi a conquista de uma pentatleta brasileira: Yane Marques (foto), grande destaque nacional do pentatlo moderno, modalidade tão tradicional no mundo inteiro (está no programa olímpico há cem anos, desde 1912; as mulheres competem desde 2000) quanto quase que inteiramente desconhecida no Brasil, ganhou o bronze em Londres. O ouro ficou com a líder do ranking mundial, a lituana Laura Asadauskaite; já a prata, com a britânica Samantha Murray.

Encerrando a jornada olímpica em Londres, os Estados Unidos terminaram na primeira colocação no quadro geral de medalhas, com 46 ouros (104 no total). A China ficou em segundo, com 38 ouros (87 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 29 ouros (65 no total). A Rússia teve 24 ouros e a Coreia do Sul, 13. O Brasil acabou na 22ª colocação, com três ouros, cinco pratas e nove bronzes - o que dá um total de 17 medalhas, uma boa campanha do país, embora tenha tido seus altos e baixos. De todo modo, é a maior quantidade de medalhas conquistadas pelo país em uma única Olimpíada.

Agora é a nossa vez. Até 2016.

11.8.12

Vôlei feminino é a grande glória brasileira deste penúltimo dia

Foto: AP

Quando menos se espera, favoritismos se vão das maneiras mais amargas, assim como surpresas positivas fazem-nos viver momentos inesquecíveis. A delegação brasileira viveu esses dois momentos neste sábado, penúltimo dia de competições dos Jogos Olímpicos de Londres.

No Estádio de Wembley, a Seleção Brasileira de futebol buscava conquistar o único título que falta em sua galeria. Mas um gol sofrido aos 28 segundos de jogo pôs tudo a perder. Outro gol sofrido, desta vez na segunda etapa, e os brasileiros passaram a depender de um milagre contra os mexicanos. Já nos acréscimos, Hulk diminuiu para o Brasil, que pressionou em busca do empate, mas de nada adiantou: México 2 a 1. É a terceira prata para o futebol brasileiro em Jogos Olímpicos (somente no masculino; se contarmos também o feminino, a conta aumenta para cinco). O bronze ficou com a Coreia do Sul, que derrotou o Japão por 2 a 0.

Mas o vôlei feminino, mais uma vez, apareceu para compensar tal decepção. Jogando como francoatiradora contra a até então invicta seleção norte-americana, a equipe comandada por José Roberto Guimarães não viu a cor da bola no primeiro set. Mas, como num resumo da própria campanha brasileira nesta Olimpíada, em que começaram mal e foram melhorando no decorrer da competição, nossas meninas jogaram o fino para vencer por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20 e 25/17) e conquistar o bicampeonato olímpico. Com isso, Guimarães tornou-se tricampeão olímpico como treinador (já tinha ganho no masculino em 1992, conquista cujo 20º aniversário foi comemorado anteontem). O Japão ficou com o bronze ao derrotar a Coreia do Sul por 3 a 0 (25/22, 26/24 e 25/21).

Quase deu para o pugilista Esquiva Falcão Florentino conquistar o ouro também no boxe - mas o japonês Ryota Murata, por apenas um ponto, foi campeão na categoria médio. A prata de Esquiva é o melhor resultado do país no boxe olímpico.

No basquete feminino, a Austrália ficou com o bronze ao vencer a Rússia por 83 a 74. Na grande final, os Estados Unidos garantiram o ouro com a vitória por 86 a 50 sobre a França. Esta foi a 41ª vitória consecutiva da seleção norte-americana feminina de basquete em Jogos Olímpicos - sequência iniciada na disputa do bronze de 1992, com os 88 a 74 sobre Cuba. A última derrota até hoje foi na semifinal daquele ano, 79 a 73 para a Comunidade dos Estados Independentes.

No atletismo, o grande destaque foi o revezamento 4x100 metros da Jamaica, novamente campeão e recordista mundial - Nesta Carter, Michael Frater, Yohan Blake e Usain Bolt assombraram novamente o planeta, desta vez com a marca de 36"84. Os Estados Unidos ficaram com a prata, com 37"04, e Trinidad e Tobago com o bronze, com 38"12.

Após este penúltimo dia, os Estados Unidos asseguraram a liderança no quadro de medalhas com 44 ouros (102 medalhas no total), com a China em segundo, com 38 ouros, e a Grã-Bretanha em terceiro, com 28 ouros. A Rússia tem 21 ouros e a Coreia do Sul está em quinto, com 13 ouros. O Brasil está em 21º lugar, com três ouros, quatro pratas e oito bronzes.

10.8.12

Vôlei brasileiro demonstra sua grande fase nos últimos dias olímpicos

Foto: AP
Mais uma vez, o Brasil disputará as duas finais do vôlei nos Jogos Olímpicos. No dia seguinte à classificação da seleção feminina para tentar o bicampeonato contra as favoritas norte-americanas, a equipe masculina também chegou à decisão graças à vitória sobre a Itália por 3 a 0 (25/21, 25/12 e 25/21). Enfrentará na decisão de domingo a Rússia, que tenta seu primeiro título olímpico depois do fim da União Soviética e derrotou em sua semifinal a Bulgária por 3 a 1 (25/21, 25/15, 23/25 e 25/23).

No basquete masculino, Estados Unidos e Espanha decidirão a medalha de ouro pela terceira vez na história das Olimpíadas - a segunda consecutiva. Os espanhóis, atuais bicampeões europeus, derrotaram a França por 67 a 59; já os norte-americanos, usando a cesta de três como sua maior arma, venceram a Argentina por 109 a 83.

No boxe, um fato histórico: pela primeira vez, um pugilista brasileiro irá a uma final olímpica. Esquiva Falcão Florentino derrotou na semifinal o britânico Anthony Ogogo e enfrentará o japonês Ryota Murata na final da categoria médio (até 75 quilos). Seu irmão Yamaguchi Falcão Florentino, porém, foi derrotado na semifinal do meio-pesado (até 81 quilos) pelo russo Egor Mekhontsev, garantindo o terceiro bronze olímpico do país na modalidade (o segundo só neste ano).

Faltando dois dias para o final destes Jogos Olímpicos, os Estados Unidos seguem na liderança do quadro de medalhas, com 41 ouros (94 medalhas no total), com a China em segundo, com 37 ouros (81 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 25 ouros (57 no total). O Brasil está em 28º lugar, com dois ouros, duas pratas e oito bronzes.

9.8.12

Mais um dia de ouro para Bolt e mais uma prata para o Brasil

Foto: Reuters
Os velocistas jamaicanos foram o grande destaque do dia nestes Jogos Olímpicos. Na final dos 200 metros rasos, Usain Bolt sagrou-se mais uma vez bicampeão olímpico - já o tinha sido nos 100 - com o tempo de 19"32, apenas dois centésimos acima de recorde olímpico. Repetindo a dobradinha da prova mais rápida do atletismo, Yohan Blake ficou com a prata, com 19"44. Mas a ilha caribenha fez a festa em Londres ao também conquistar o bronze, com Warren Weir, que fez o tempo de 19"84.

No vôlei de praia, a dupla brasileira Alison/Emanuel ficou com a medalha de prata, ao perder a final para os alemães Brink/Reckermann por 2 a 1 (23/21, 16/21 e 16/14). O bronze ficou com os letões Plavins/Smedins, que derrotaram os holandeses Nummerdor/Schuil pelo mesmo placar (19/21, 21/19 e 15/11). Na quadra, a final feminina será a mesma de quatro anos atrás: o Brasil venceu o Japão por 3 a 0 (25/18, 25/15 e 25/18) e tentará o bicampeonato contra a invicta e favorita seleção dos Estados Unidos, que ganhou o direito de lutar pelo inédito ouro ao derrotar a Coreia do Sul pelo mesmo placar (25/20, 25/22 e 25/22).

No basquete feminino, os Estados Unidos venceram a Austrália por 86 a 73 e tentará sua quinta medalha de ouro seguida contra a França, que alcançou sua primeira final ao derrotar a Rússia por 81 a 64. No futebol feminino, as norte-americanas conquistaram o tetracampeonato olímpico depois de vencerem o Japão por 2 a 1, na reedição da final do Mundial do ano passado. O Canadá foi bronze ao derrotar a França por 1 a 0.

Os Estados Unidos reassumiram a liderança no quadro de medalhas com 39 ouros, contra 37 da vice-líder China. A Grã-Bretanha é a terceira, com 25. Rússia e Coreia do Sul têm 12 ouros cada, mas os russos têm 21 pratas contra sete dos sul-coreanos. O Brasil ocupa a 26ª posição, com dois ouros, duas pratas e sete bronzes.

8.8.12

Tudo igual no grande clássico sul-americano

Foto: AFP
Brasil e Argentina se enfrentaram duas vezes nesta quarta-feira, em Londres. E cada um dos grandes rivais sul-americanos venceu em sua atual especialidade - contudo, deixando em seu adversário a esperança de dias melhores na modalidade em que está em período de recuperação.

No vôlei, o Brasil confirmou o favoritismo depois de um bom desempenho na primeira fase, ao derrotar os argentinos por 3 a 0 (25/19, 25/17 e 25/20). Aliás, este foi um placar recorrente nas quartas de final do torneio masculino de vôlei - todas as quatro partidas desta fase tiveram esse placar. Os brasileiros enfrentarão nas semifinais a Itália, que eliminou os favoritos Estados Unidos (28/26, 25/20 e 25/20). Na outra semifinal, a Rússia, que superou a Polônia (25/17, 25/23 e 25/21), disputará vaga na final contra a Bulgária, que superou a Alemanha (25/20, 25/16 e 25/14).

No basquete, os hermanos levaram a melhor, numa partida em que os brasileiros abusaram dos erros - principalmente nos lances livres, que se revelaram o nosso grande ponto fraco. Mas os argentinos tiveram méritos na grande quantidade de cestas de três pontos convertidas, que foram decisivas para a vitória por 82 a 77. A Argentina enfrentará na semifinal os Estados Unidos (que derrotaram a Austrália por 119 a 86), no jogo entre os dois últimos campeões olímpicos do basquete. A outra semifinal será entre Rússia (83 a 74 na Lituânia) e Espanha (66 a 59 na França).

O Brasil ganhou duas medalhas de bronze nesta quarta. No boxe feminino, Adriana Araújo teve confirmado seu bronze com a derrota na semifinal para a russa Sofya Ochigava, na semifinal do peso leve - esta foi a centésima medalha conquistada pelo Brasil em 92 anos de participação olímpica (no masculino, mais uma medalha está assegurada com a classificação de Yamaguchi Falcão Florentino às semifinais da categoria meio-pesado). No torneio feminino do vôlei de praia, a dupla Juliana/Larissa ficou na terceira colocação ao derrotar as chinesas Xue Cheng/Zhang Xi por 2 a 1 (11/21, 21/19 e 15/12). Na final, entre duplas norte-americanas, Walsh/May-Treanor sagraram-se tricampeãs olímpicas ao derrotarem Kessy/Ross (que eliminaram as brasileiras na semifinal) por um duplo 21/16.

Passado mais um dia de competições, a China segue na liderança do quadro de medalhas com 36 ouros (77 medalhas no total), seguida de perto pelos Estados Unidos, com 34 ouros (81 no total). A anfitriã Grã-Bretanha tem 22 ouros, seguindo na terceira colocação. A Coreia do Sul tem 12 ouros, um a mais que a Rússia, quinta colocada. O Brasil está na 25ª colocação, com dois ouros, uma prata e sete bronzes.

7.8.12

O vôlei feminino foi o destaque do dia

Foto: AFP
Sim, o futebol masculino chegou a sua primeira final olímpica depois de 24 anos, ao golear a Coreia do Sul por 3 a 0, em Manchester (no sábado, disputará o ouro contra o México, no Estádio de Wembley). Sim, o handebol feminino mostrou que tem forte potencial para brigar por medalha em casa daqui a quatro anos, ao perder por apenas 21 a 19 para a Noruega, atual campeã olímpica e mundial, nas quartas de final. Sim, a dupla Alison/Emanuel disputará a final do vôlei de praia depois de derrotar Plavins/Smedins, da Letônia, por 2 a 0 (21/15 e 22/20) - os atuais campeões mundiais enfrentarão na decisão a dupla alemã Brink/Reckermann. Mas nada superou em emoção para a participação brasileira nesta terça a espetacular vitória da seleção feminina de vôlei sobre a Rússia, atual bicampeã mundial, nas quartas de final por 3 a 2 (24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19).

Pode-se dizer que o trauma da semifinal de Atenas, em 2004 - quando as brasileiras estavam por um ponto para se classificar à final ainda no quarto set (vencia por 24 a 19) e as russas viraram o jogo, numa das mais espetaculares reações de todos os tempos -, está definitivamente sepultado. Em Londres, as russas tiveram nada menos que seis match points no tie-breaker, mas desperdiçaram todos eles. As brasileiras tiveram um só, e foi o bastante para encerrar a partida. É o suficiente para afirmarmos que o Brasil renasceu nesta competição, em que correu seríssimos riscos de ser eliminado ainda na primeira fase. Nas semifinais, o Brasil enfrentará o Japão, que eliminou a China ao também vencer por 3 a 2 (28/26, 23/25, 25/23, 23/25 e 18/16), num jogo equilibradíssimo.

Na outra semifinal, os Estados Unidos, que com a eliminação russa passam a ser a única seleção invicta e grande favorita ao ouro inédito, após derrotarem nas quartas a República Dominicana por 3 a 0 (25/14, 25/21 e 25/22), enfrentarão a Coreia do Sul, que venceram a Itália por 3 a 1 (18/25, 25/21, 25/20 e 25/18).

6.8.12

Zanetti, o pioneiro

Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo
Depois de mais de uma década de evolução entre os brasileiros e vários títulos mundiais, faltava apenas uma medalha olímpica para a ginástica artística consolidar sua presença no Brasil. E ela veio nesta segunda-feira: Arthur Zanetti se tornou o primeiro brasileiro medalhista olímpico na modalidade. E conquistou logo a de ouro, nas argolas - aparelho no qual é o atual vice-campeão mundial e pan-americano. O chinês Chen Yibing, que defendia o título, ficou com a prata; o italiano Matteo Morandi, com o bronze.

Vários outros esportes fizeram o dia brasileiro ser ainda melhor: o boxe brasileiro já tem em Londres seu melhor desempenho olímpico, com a classificação às semifinais dos pugilistas Esquiva Falcão Florentino (médio masculino) e Adriana Araújo (leve feminino). Como não há disputa de terceiro lugar no boxe, ao menos duas medalhas de bronze estão garantidas. O Brasil volta a ganhar medalha olímpica no boxe após 44 anos (em 1968, na Cidade do México, Servílio de Oliveira foi bronze no peso mosca).

No vôlei de praia, a dupla campeã mundial, Alison/Emanuel, classificou-se às semifinais ao derrotar os poloneses Fijalek/Prudel por 2 a 1 (21/17, 16/21 e 17/15). Já a dupla Ricardo/Pedro Cunha foi eliminada ao perder para a dupla alemã Brink/Reckermann por 2 a 0 (21/15 e 21/19). Na quadra, o Brasil terminou em segundo lugar no Grupo B ao vencer a Alemanha por 3 a 0 (25/21, 25/22 e 25/19). Nas quartas de final, segundo determinado pelo sorteio, os atuais tricampeões mundiais e vice-campeões olímpicos enfrentarão a Argentina, terceira colocada do Grupo A. As demais quartas serão Bulgária x Alemanha, Estados Unidos x Itália e Polônia x Rússia.

No basquete, o Brasil jogou bem e derrotou a Espanha, atual vice-campeã olímpica e bicampeã europeia, por 88 a 82, garantindo o segundo lugar do Grupo B. Como no vôlei, enfrentará a Argentina, terceira do A, nas quartas de final. Nas demais partidas da fase eliminatória, os Estados Unidos jogarão contra a Austrália, a Rússia enfrentará a Lituânia e a França reeditará a final do Campeonato Europeu contra a Espanha.

Depois de mais um dia de competições, a China segue na primeira colocação no quadro de medalhas, com 31 ouros (64 no total), com os Estados Unidos em segundo, com 29 ouros (63 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 18 ouros (40 no total). A Coreia do Sul tem 11 ouros e a França, oito. O Brasil ocupa a 22ª colocação, com dois ouros, uma prata e cinco bronzes.

5.8.12

Num dia em que Bolt dominou, mais uma medalha para o Brasil

Foto: Reuters
Mais uma medalha para o Brasil nesta Olimpíada: na baía de Weymouth, os velejadores Robert Scheidt e Bruno Prada conquistaram o bronze na classe Star. É a quinta medalha de Scheidt em Olimpíadas (ganhou dois ouros, ambos na classe Laser, em 1996 e 2004; e duas pratas, na Laser em 2000 e na Star em 2008), empatando com outro velejador, Torben Grael.

Mas o grande destaque deste domingo olímpico foi, mais uma vez, o velocista jamaicano Usain Bolt, bicampeão olímpico dos 100 metros rasos, com o tempo de 9"63 (novo recorde olímpico). A prata ficou com o atual campeão mundial da prova, o também jamaicano Yohan Blake (9"75), e o bronze com o campeão de 2004, o norte-americano Justin Gatlin (9"79). A etíope Tiki Gelana ganhou o ouro na maratona feminina, com o tempo de 2:23'07" (novo recorde olímpico).

No vôlei de praia, a dupla Juliana/Larissa foi a primeira brasileira a alcançar as semifinais nesta Olimpíada, ao derrotar a dupla alemã Goller/Ludwig por 2 a 0 (21/10 e 21/19). Na quadra, as atuais campeãs olímpicas chegaram a correr risco de entrarem em quadra já eliminadas, mas os Estados Unidos derrotaram a Turquia, que também lutava pela vaga, por 3 a 0 (27/25, 25/16 e 25/19). Depois, foi só o Brasil derrotar a lanterna Sérvia pelo mesmo placar (25/10, 25/22 e 25/16) para garantir vaga nas quartas, onde enfrentará a Rússia, com quem fez as finais dos dois últimos Campeonatos Mundiais (as russas se deram melhor em ambas). Outra quarta garantida foi entre Estados Unidos e República Dominicana. O sorteio entre os segundos e terceiros colocados dos grupos definiu que a Itália enfrentará a Coreia do Sul e a China enfrentará o Japão.

No basquete feminino, assim como aconteceu em 2008, o Brasil só foi vencer sua primeira partida na última rodada: 78 a 66 sobre a Grã-Bretanha. As quartas de final serão as seguintes: Estados Unidos x Canadá, França x República Tcheca, Turquia x Rússia e Austrália x China. Já no handebol feminino, o Brasil levou um certo sufoco no fim, mas derrotou Angola por 29 a 26. Como a Rússia empatou com Montenegro em 25 a 25, as brasileiras terminaram em primeiro lugar no seu grupo e enfrentarão a Noruega nas quartas. As outras partidas serão França x Montenegro, Croácia x Espanha e Coreia do Sul x Rússia.

A China retomou a dianteira no quadro de medalhas, com 30 ouros (61 medalhas no total). Os Estados Unidos têm 28 ouros; a Grã-Bretanha, 16; a Coreia do Sul, 10; e a França, 8 ouros. O Brasil está na 29ª colocação, com um ouro, uma prata e cinco bronzes.

4.8.12

Hora de o Brasil avançar

Foto: AFP
O Brasil teve mais destaques no coletivo do que nos valores individuais neste sábado. No atletismo, Fabiana Murer, atual campeã mundial do salto com vara, não passou da fase classificatória. Já no salto em distância masculino, Mauro Vinícius da Silva chegou à final, mas foi apenas o sétimo colocado.

Mas foi dentre as seleções que o Brasil foi melhor hoje. No basquete, os comandados de Rubén Magnano venceram a China com tranquilidade: 98 a 59. No futebol, os treinados por Mano Menezes tiveram dificuldades, mas derrotaram Honduras por 3 a 2, classificando-se às semifinais, onde enfrentarão a Coreia do Sul, que eliminou a Grã-Bretanha nos pênaltis. No vôlei (foto), a equipe de Bernardinho venceu a Sérvia por 3 a 2 (22/25, 25/15, 20/25, 25/22 e 15/9), praticamente garantindo sua vaga às quartas de final.

3.8.12

Mais duas bronzeadas para o Brasil em Londres

Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo
Os atletas brasileiros tiveram um dia apenas regular nesta sexta-feira, em Londres. Nos esportes coletivos, um dia mais de derrotas para o país, apesar da manutenção da esperança de classificação da seleção feminina de vôlei, ao fazer 3 a 2 (25/16, 20/25, 25/18, 28/30 e 15/10) na China - mesmo assim, a situação das atuais campeãs olímpicas é difícil. No handebol feminino, o Brasil sofreu sua primeira derrota (Rússia 31 a 27), mas já está classificado para as quartas - se vencer a já eliminada Angola na última rodada da primeira fase e a líder Rússia não derrotar Montenegro, a seleção brasileira garante o primeiro lugar no grupo. Essa sorte quem não poderá ter é a seleção feminina de basquete: com a derrota para o Canadá por 79 a 73, o Brasil já está eliminado. Tampouco a terá a seleção feminina de futebol: nas quartas de final, o Brasil perdeu por 2 a 0 para o Japão, atual campeão mundial.
O Brasil ganhou duas medalhas de bronze hoje. No judô, Rafael Silva subiu ao pódio na categoria pesado (mais de 100 quilos). Na natação, foi realizada a final da prova mais rápida da modalidade, os 50 metros livre. Campeão em Pequim, há quatro anos, o brasileiro César Cielo era considerado o favorito, mas não esteve num bom dia - ao contrário do francês Florent Manaudou, o nadador mais rápido desta Olimpíada, com o tempo de 21"34. A prata ficou com o norte-americano Cullen Jones, com 21"54; Cielo foi bronze, com 21"59, apenas dois centésimos à frente do outro brasileiro da prova, Bruno Fratus, o quarto colocado.

Passados sete dias de competições, os Estados Unidos passaram à frente no quadro geral de medalhas, com 21 ouros (43 medalhas no total), um à frente da vice-líder China (42 medalhas no total). Em terceiro está a Coreia do Sul, com nove ouros; em quarto, a Grã-Bretanha, com oito ouros e seis pratas; em quinto, a França, com oito ouros e cinco pratas. O Brasil ocupa a 21ª posição, com um ouro, uma prata e quatro bronzes.

2.8.12

Mais uma medalha brasileira no judô

Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo
Depois de cinco dias, o Brasil voltou a ganhar uma medalha nesta Olimpíada: Mayra Aguiar ganhou o bronze na categoria meio-pesado (até 78 quilos). Ela havia sido derrotada na semifinal pela judoca que conquistaria o ouro, a norte-americana Kayla Harrison.

Nos esportes coletivos, porém, não foi um bom dia para o Brasil: a seleção masculina de basquete, depois de duas vitórias pouco convincentes, jogou sua melhor partida nesta terceira rodada - mas, com uma cesta de três nos últimos segundos, acabou derrotada pela Rússia por 75 a 74. O vôlei masculino também sofreu sua primeira derrota: 3 a 1 para os Estados Unidos (parciais de 23/25, 27/25, 25/19 e 25/17). Além disso, Thiago Pereira foi apenas o quarto colocado nos 200 metros quatro estilos da natação.

Passado o sexto dia de competições, a China segue na liderança do quadro geral de medalhas, com 18 ouros, 11 pratas e 5 bronzes (34 no total), duas pratas à frente dos vice-líderes Estados Unidos (37 medalhas no total). A Coreia do Sul é a terceira, com sete ouros; a França é a quarta, com seis ouros; e a Grã-Bretanha está em quinto, com cinco ouros. O Brasil ocupa a 18ª colocação, com um ouro, uma prata e dois bronzes.

1.8.12

Um dia não muito positivo para o Brasil em Londres

Foto: Reuters
Não foi um bom dia para os atletas brasileiros nesta Olimpíada - exceto pelas vitórias do futebol masculino sobre a frágil Nova Zelândia por 3 a 0 (enfrentará Honduras nas quartas de final, neste sábado) e do handebol feminino sobre a Grã-Bretanha por 30 a 17 (as brasileiras já têm vaga garantida na próxima fase, faltando duas rodadas).

No judô, Tiago Camilo e Maria Portela ficaram sem medalhas. Na natação, César Cielo acabou em sexto na final dos 100 metros nado livre (pelo menos, Thiago Pereira se classificou à final dos 200 metros quatro estilos). No basquete, a seleção feminina sofreu sua terceira derrota em três jogos (67 a 61 para a Austrália). E, no vôlei, as atuais campeãs olímpicas deram vexame ao perder para a Coreia do Sul por 3 a 0 (25/23, 25/21 e 25/21) e estão a perigo no que se refere a classificação às quartas.

31.7.12

Nos esportes coletivos, vitórias só entre os homens

Foto: AFP
Um dia agitado para as seleções brasileiras que disputam esta edição dos Jogos Olímpicos. Entre os homens, o basquete obteve sua segunda vitória em dois jogos: numa partida mais complicada que o esperado (principalmente no primeiro período), o Brasil venceu a anfitriã Grã-Bretanha por 67 a 62. No vôlei (foto), os brasileiros também venceram pela segunda rodada: 3 a 0 sobre a Rússia, parciais de 25/21, 25/23 e 25/21.

No futebol feminino, encerrando a primeira fase no Estádio de Wembley, a Seleção Brasileira foi derrotada pelas anfitriãs britânicas por 1 a 0, terminando em segundo lugar no Grupo E. Nas quartas de final, sexta-feira, o Brasil terá um desafio, no mínimo, indigesto: enfrentará o Japão, atual campeão mundial.

Os jovens valores da natação

Foto: AFP
Na mesma Olimpíada em que o nadador norte-americano Michael Phelps se tornou o maior medalhista olímpico de todos os tempos, foram revelados grandes valores da natação, com idade suficiente para que sigam dando trabalho daqui a quatro anos, no Rio - certamente concorrendo com vários jovens nadadores que surgirem até lá.

Isso é mais constante entre as mulheres, em cujas grandes revelações inclui-se a lituana Ruta Meilutyte (foto), de apenas 15 anos, campeã dos 100 metros nado peito, com 1'05"47, apenas oito centésimos à frente da favorita, a norte-americana Rebecca Soni. Mas a grande destaque vem sendo a chinesa Ye Shiwen, de 16 anos, já ganhadora de dois ouros em provas de quatro estilos, tanto nos 200 (com 2'07"57, novo recorde olímpico) quando nos 400 metros (4'28"43, novo recorde mundial). Isso sem falar da norte-americana Missy Franklin, de 17 anos, campeã dos 100 metros costas.

No masculino, os grandes destaques jovens da natação, até o momento, são o francês Yannick Agnel (ouro nos 200 metros livre e no revezamento 4x100 metros livre, e prata no revezamento 4x200 metros livre) e o sul-africano Chad le Clos (ouro nos 200 metros borboleta, superado o super-recordista Phelps).