10.9.13

Ex-esgrimista alemão é o novo presidente do COI

Foto: AFP
Depois da vitória de Tóquio na corrida para sediar os Jogos Olímpicos de 2020, a 125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional prosseguiu em Buenos Aires. No domingo, ficou decidido que a luta olímpica não deixará o programa dos Jogos depois de 2016, risco que corria depois do limbo em que foi posta pelo COI. No final, a modalidade foi a mais votada para ser incluída no programa de 2020, à frente do beisebol (com o softbol a tiracolo) e do squash.
 
Mas o ápice final da reunião da família olímpica se deu nesta terça-feira, com a eleição do novo presidente do COI. Concorriam à sucessão do belga Jacques Rogge o alemão Thomas Bach, o ucraniano Sergey Bubka, o porto-riquenho Richard Carrión, o cingapuriano Ng Ser Miang, o suíço Denis Oswald e o taiwanês Wu Ching-Kuo. Bach, campeão olímpico na esgrima em 1976 (no florete, por equipes), era o favorito e foi o eleito, na segunda rodada de votações. É o décimo presidente do COI, em 119 anos de história da entidade.

7.9.13

56 anos depois, Tóquio voltará a ser a capital esportiva mundial

Foto: Getty Images
Uma das maiores cidades do planeta, a capital da Terra do Sol Nascente confirmou seu favoritismo neste sábado. Na 125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizada em Buenos Aires, na Argentina, Tóquio foi eleita a cidade-sede dos Jogos da XXXII Olimpíada e dos XVI Jogos Paralímpicos, a serem realizados em 2020.

Primeira cidade asiática a receber uma Olimpíada, em 1964, Tóquio escora-se na sua estabilidade financeira para organizar a sua segunda edição olímpica. Experiência também não falta aos japoneses: contando edições de Verão e de Inverno, esta será a quarta Olimpíada que o Japão receberá (sediou também duas Olimpíadas de Inverno: em 1972, na cidade de Sapporo, e em 1998, em Nagano). E, seguindo os mesmos critérios, esta será a segunda Olimpíada consecutiva no Extremo Oriente: a sul-coreana Pyeongchang sediará a Olimpíada de Inverno em 2018, fazendo com que haja um ciclo olímpico inteiro na região.

Na primeira rodada de votação, Tóquio obteve a liderança com 42 votos - caso tivesse obtido mais sete, ganharia de forma direta. Mas isso não aconteceu, e as demais concorrentes terminaram empatadas: Istambul e Madri tiveram 26 votos cada. No desempate, os turcos tiveram 49 votos, contra 45 dos espanhóis, que corriam por fora e eram vistos como os únicos que poderiam fazer frente aos favoritos japoneses. Na rodada final, Tóquio derrotou Istambul por 60 a 36.

6.9.13

Cidades candidatas a 2020: Tóquio

Encerrando a série sobre as cidades candidatas a sediar os Jogos Olímpicos de 2020, falaremos hoje sobre Tóquio.
 
A capital japonesa é a única das cidades candidatas a já ter sediado uma Olimpíada, em 1964. E também é tratada como a favorita para esta edição - se também devidos a seus méritos, muito por causa também de problemas que atingem suas concorrentes (convulsão política recente na Turquia e crise financeira na Espanha). Mas os japoneses têm suas cartas na manga para, desta vez, vencerem em sua segunda candidatura consecutiva (ficaram atrás do Rio e de Madri, e à frente de Chicago, na corrida para sediar os Jogos de 2016).
 
Dinheiro não falta aos nipônicos, assim como não faltou aos chineses em 2008. Mas os japoneses querem recuperar sua posição de vanguarda no que se refere a modernidades, perdida para os rivais - e querem usar a Olimpíada de 2020 para isso. Uma obra grandiosa está garantida, mesmo que Tóquio não vença: a reforma completa do tradicional Estádio Olímpico Nacional (aberto em 1958 para os Jogos Asiáticos daquele ano), usado em 1964 e, no futebol, sede das finais de Mundiais de Clubes (de 1980 a 2001) e da Copa do Imperador (desde a temporada de 1968, no primeiro dia do ano seguinte), relegado quase que a segundo plano no cenário esportivo japonês depois da inauguração do Estádio Internacional de Yokohama, que sediou a final da Copa do Mundo de 2002. A reforma será feita para a Copa do Mundo de Rúgbi de 2019, o que fará o Estádio Olímpico Nacional voltar a ser o maior do Japão, com 80 mil espectadores (atualmente, tem capacidade para 48 mil pessoas sentadas; o estádio de Yokohama pode receber pouco mais de 72 mil pessoas).
 
Caso Tóquio seja eleita, o novo Estádio Olímpico Nacional receberá, além das cerimônias de abertura e de encerramento, o atletismo, o rúgbi de sete e a final do torneio masculino de futebol. O tradicional Ginásio Yoyogi receberá o handebol, e o Budokan novamente receberá o judô, assim como em 1964. A maior parte das competições será disputada num raio de oito quilômetros da Vila Olímpica. Quatro estádios que receberam a Copa do Mundo de 2002 sediarão o futebol (além de Yokohama, também em Saitama, Sapporo e Miyagi; também serão disputadas partidas no Estádio Tóquio, e, como dito, o Olímpico Nacional sediará a final masculina).
 
As cartas estão na mesa. Istambul, Madri ou Tóquio? Amanhã, em Buenos Aires, a resposta.

5.9.13

Cidades candidatas a 2020: Madri

Hoje continuamos a série sobre as cidades candidatas a sediar os Jogos Olímpicos de 2020, com a capital espanhola, Madri.
 
Esta é a quarta candidatura madrilenha a sede olímpica, a terceira consecutiva - tinha se postulado pela primeira vez para 1972, quando ficou em segundo lugar, o mesmo ocorrendo na corrida para 2016; na para 2012, acabou em terceiro, atrás de Londres e Paris. Os espanhóis querem sediar uma Olimpíada pela segunda vez em sua história (Barcelona recebeu, com enorme sucesso, em 1992) e confiam muito na sua estrutura esportiva, uma das mais sólidas da Europa. Mas a crise financeira que a Espanha sofre há anos pode complicar as coisas.
 
De todo modo, não muitas coisas seriam construídas caso a capital espanhola seja a vencedora. Várias adaptações teriam que ser feitas, como as do Estádio Olímpico, que receberia as cerimônias de abertura e encerramento, além do atletismo. Mas o básico depende de obras pontuais: o Estádio Santiago Bernabeu seria o palco principal do futebol e a tradicional arena de touradas de Las Ventas sediaria o basquete, por exemplo. Várias localidades fora de Madri sediariam competições, como o Porto de Valência, sede da vela, e as subsedes do torneio de futebol, que seriam Zaragoza, Valladolid, Córdoba, Málaga e Barcelona - que, curiosamente, usaria como palco o Estádio Olímpico de Montjuic, palco principal dos Jogos de 1992.
 
Amanhã, falaremos sobre a candidatura de Tóquio.

4.9.13

Cidades candidatas a 2020: Istambul

No próximo sábado, na 125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional a ser realizada em Buenos Aires, na Argentina, será escolhida a cidade-sede dos Jogos da XXXII Olimpíada. Três cidades foram designadas finalistas no processo de escolha: Istambul (TUR), Madri (ESP) e Tóquio (JPN). De hoje até sexta-feira, o Olimpismo vai falar sobre cada uma das cidades candidatas, em ordem alfabética. Hoje, falaremos sobre Istambul.
 
Capital do Império Romano Oriental e, posteriormente, do Império Otomano (quando ainda se chamava Constantinopla), Istambul é a maior cidade da Turquia - status que mantém mesmo depois da mudança da capital turca para Ancara, em 1923. Tem a particularidade de ser a única cidade do mundo dividida em dois continentes, o europeu e o asiático, separados pelo Estreito de Bósforo.
 
Istambul se candidata a sede dos Jogos Olímpicos pela quinta vez - de 2000 para cá, só não se candidatou a sediar os Jogos de 2016. Para 2020, os turcos prometem pôr em prática a experiência adquirida nos últimos anos - eles vêm sediando importantes competições esportivas, como o Mundial Masculino de Basquete em 2010 (em 2014, sediarão o Mundial Feminino) e a Copa do Mundo Sub-20 de futebol neste ano. A cidade tem estádios e ginásios modernos, recentemente inaugurados, e pretende usá-los intensamente caso seja a eleita - o Estádio Olímpico Atatürk (sede da final da Liga dos Campeões da Europa em 2005) abrigará o atletismo, os estádios de Fenerbahçe e Galatasaray estão entre os que abrigarão o futebol e o estádio do Besiktas sediará o rúgbi de sete.
 
Algo peculiar está previsto para as cerimônias de abertura e encerramento: pela primeira vez em 124 anos de história olímpica, elas seriam realizadas em um estádio especialmente construído para elas. Ele seria construído no Estreito de Bósforo, que divide a cidade pelos dois continentes - o local abrigaria também a chegada da maratona.
 
Amanhã, falaremos sobre a candidatura de Madri.

O basquete brasileiro ainda tem muito o que evoluir

Foto: AP
Mesmo com as más atuações nos torneios preparatórios - em que sofria derrotas convincentes e vencia sem convencer -, não se imaginaria que a Seleção Brasileira de basquete fosse passar um vexame tão grande como acabou de passar na disputa da Copa América, em Caracas, na Venezuela. Com quatro inacreditáveis derrotas em quatro partidas (72 a 65 para Porto Rico, 91 a 62 para o Canadá, 79 a 73 para o Uruguai e 78 a 76 para a Jamaica), a equipe treinada por Rubén Magnano conseguiu fazer sua pior campanha em uma competição internacional, talvez, em todos os tempos. Foi eliminada na primeira fase da competição e, agora, depende de um convite da FIBA para não ficar fora do Mundial pela primeira vez em sua história.
 
Pode-se argumentar que a falta dos jogadores que atuam na NBA acarretou tal campanha pífia. Apenas em parte isso é verdade. Apesar da evolução dos últimos anos, em que havia o risco de sequer ter campeonato nacional, o fato é que a CBB não tem um planejamento que o nosso basquete merece. O que vemos agora é apenas a consequência de décadas de má gestão, aquela que nos possibilitou a ausência de três Olimpíadas seguidas e pode, agora, nos barrar de um Campeonato Mundial.

1.9.13

Mundial evidencia grande fase do judô feminino brasileiro

Foto: MPIX
Encerrou-se neste domingo o Mundial de Judô, disputado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro - e a competição tornou evidente a grande fase que vive a modalidade entre as mulheres no Brasil, ao passo que os homens não foram muito bem. Das sete medalhas conquistadas pelos judocas do país-sede, seis foram no feminino - inclusive a última delas, a prata por equipes (Érika Miranda, Rafaela Silva, Katherine Campos, Maria Portela e Maria Suelen Altheman). Na final, as brasileiras acabaram derrotadas pelo Japão por 3 a 2. Cuba e França ficaram com o bronze.
 
No masculino, a Geórgia surpreendeu a Rússia na decisão e foi campeã por equipes, conquistando sua única medalha de ouro no Mundial. O bronze ficou com Alemanha e Japão.
 
Com quatro ouros, uma prata e quatro bronzes, o Japão ficou com o primeiro lugar no quadro de medalhas, seguido de França (dois ouros, duas pratas e quatro bronzes) e Cuba (dois ouros e um bronze). Com um ouro, quatro pratas e dois bronzes, o Brasil acabou na quarta colocação.
 
Em 2014, o Mundial de Judô será em Chelyabinsk, na Rússia; em 2015, a competição voltará ao Brasil, para ser disputada em São Paulo.