31.5.12

Definidos os grupos do handebol em Londres

Final pan-americana feminina de 2011. Foto: AFP
Foram sorteados os grupos dos torneios masculino e feminino de handebol dos Jogos Olímpicos de Londres. Em ambas as competições, serão doze seleções divididas em dois grupos de seis equipes cada, e as quatro primeiras de cada grupo se classificam às quartas de final.

No masculino, o Grupo A é considerado o mais difícil, em que estarão França (atual campeã mundial), Argentina (campeã pan-americana) e Grã-Bretanha (país-sede), além de Islândia, Suécia e Tunísia. No Grupo B, as forças são Dinamarca (vice-campeã mundial e campeã europeia) e Espanha (terceira no Mundial), acompanhadas de Coreia do Sul, Croácia, Hungria e Sérvia.

No feminino, o Brasil, tetracampeão pan-americano, está no Grupo A, considerado mais fácil. As adversárias mais fortes vieram dos pré-olímpicos de última chamada (Croácia, Montenegro e Rússia). As demais desafiantes (a anfitriã Grã-Bretanha e a campeã africana Angola) não devem assustar. Já o Grupo B é o mais complicado, com as quatro primeiras do Mundial (Noruega, França, Espanha e Dinamarca, respectivamente), além de equipes de respeito como Coreia do Sul (bicampeã olímpica e uma vez campeã mundial) e Suécia (atual vice-campeã europeia).

A modalidade será disputada de 28 de julho até o dia do encerramento dos Jogos, 12 de agosto.

24.5.12

COI define as finalistas para 2020


O Comitê Olímpico Internacional definiu nesta quarta-feira quais cidades continuam sonhando em sediar os Jogos da XXXII Olimpíada, em 2020. Em reunião realizada na cidade de Quebec, no Canadá, o COI elegeu Istambul (TUR), Madri (ESP) e Tóquio (JPN) as finalistas no processo que se encerrará no dia 7 de setembro de 2013, na 125ª Sessão do COI, em Buenos Aires. Baku (AZE) e Doha (QAT), as demais postulantes, ficaram pelo caminho pela segunda vez consecutiva - haviam sido previamente eliminadas na corrida para 2016.

Mesmo com a atual crise econômica (que fez Roma desistir de se candidatar, no começo deste ano), as três finalistas não economizam em ambição, mesmo porque experiência em eventos esportivos não falta a elas. Assim como aconteceu na eleição anterior (dentre as quatro finalistas, a cidade do Rio era a menos cotada no início da campanha), pode-se abrir um espaço para o hoje inesperado - leve-se em consideração que uma candidatura pode crescer bastante em menos de um ano e quatro meses. De todo modo, esta reta final se anuncia como sendo de alto nível. Melhor para as Olimpíadas, portanto.

21.5.12

Brasil tem começo ruim na Liga Mundial

Foto: Divulgação/FIVB
Neste final de semana, a seleção masculina de vôlei do Brasil jogou suas três primeiras rodadas na Liga Mundial, que estreou seu novo regulamento neste ano. Antes, cada seleção visitava seu adversário de grupo para duas partidas num mesmo fim de semana. Agora, são quatro quadrangulares, um em cada membro do grupo, em que as quatro seleções se enfrentam entre si, resultando no mesmo total de doze rodadas - porém, em no máximo quatro finais de semana.

O Brasil, maior campeão da competição, com nove títulos, e atual vice, está no Grupo B, com Canadá, Finlândia e Polônia. Os comandados pelo treinador Bernardinho Rezende não tiveram um bom começo de campanha: no primeiro dos quatro turnos desta primeira fase, disputado na cidade canadense de Toronto, a Seleção foi derrotada por 3 a 2 por Polônia (25/22, 27/25. 25/27, 22/25 e 15/12) e Canadá (25/23, 20/25, 25/20, 24/26 e 15/10). A equipe, mesmo contando com a volta do levantador Ricardinho depois de quase cinco anos, cometeu muitos erros de passe e recepção. Algumas mudanças foram feitas (como a substituição de Ricardinho por Bruno Rezende) e o Brasil, enfim, obteve sua primeira vitória na competição, derrotando a Finlândia por 3 a 1 (23/25, 25/13, 25/22 e 31/29). Depois deste primeiro turno, o Brasil ocupa a terceira colocação, com cinco pontos (um atrás da líder Polônia).

O segundo turno do Grupo B será entre os dias 1º e 3 de junho, em Katowice, na Polônia. A cidade paulista de São Bernardo do Campo receberá o terceiro turno, de 8 a 10 de junho. A finlandesa Tampere sediará o quarto e último turno, entre os dias 15 e 17 de junho.

No Grupo A da Liga Mundial de 2012, estão Cuba, Japão, Rússia e Sérvia. No Grupo C, estão Coreia do Sul, Estados Unidos, França e Itália. No Grupo D, estão Alemanha, Argentina, Bulgária e Portugal. O primeiro colocado de cada grupo e o melhor segundo colocado se classificam para a fase final, que será disputada de 4 a 8 de julho, em Sófia, na Bulgária (já classificada por ser o país-sede).

13.5.12

Defesa do título garantida

Foto: Vipcomm
O susto passou: atual campeã olímpica e vice-campeã mundial, a seleção brasileira feminina de vôlei defenderá o título este ano em Londres. Depois da quinta colocação na Copa do Mundo do ano passado, no Japão (em que classificaram-se para as Olimpíadas as três primeiras colocadas, Itália, Estados Unidos e China), chegou-se a temer que a equipe estivesse em má fase e com crises de relacionamento. Mas, pelo visto, as arestas foram aparadas e o Brasil sagrou-se campeão, neste domingo, do Torneio Pré-Olímpico Sul-Americano, disputado na cidade paulista de São Carlos.

As comandadas por José Roberto Guimarães fizeram uma campanha que pode ser considerada tão irretocável quanto previsível: quatro vitórias em quatro partidas disputadas. Na final, as brasileiras derrotaram o Peru por 3 a 0 (25/12, 25/16 e 25/9), completando a trajetória sem perder um set sequer. O Brasil junta-se no torneio feminino de vôlei a Grã-Bretanha (país-sede), as já citadas seleções italiana, norte-americana e chinesa (classificadas via Copa do Mundo), Argélia (campeã do Pré-Olímpico Africano), República Dominicana (campeã do Pré-Olímpico das Américas do Norte e Central) e Turquia (vencedora do Pré-Olímpico Europeu).

As últimas quatro vagas serão definidas no Pré-Olímpico Mundial, que começará a ser disputada por oito equipes no próximo sábado, no Japão. Uma das seleções classificadas será obrigatoriamente asiática (além das donas da casa, disputam a vaga continental as equipes de Coreia do Sul, Tailândia e Taiwan, classificadas através do Campeonato Asiático Feminino do ano passado). As demais três vagas serão disputadas por quatro seleções de outras zonas continentais, todas classificadas pelo ranking da FIVB (Rússia, atual bicampeã mundial; Cuba, tricampeã olímpica e que estava ameaçada de não competir por problemas financeiros, mas recebeu ajuda de custo dos organizadores; Sérvia e Peru, este classificado por causa da desistência do Quênia).

7.5.12

Crise financeira, boicotes, medo de deserção: a debacle do esporte cubano

Foto: Divulgação

No Pré-Olímpico Feminino das Américas do Norte e Central de Vôlei, a República Dominicana obteve vaga direta para Londres ao derrotar a tricampeã olímpica Cuba por 3 a 1 (25/18, 25/23, 27/29 e 25/20). Às cubanas, restaria lutar pela vaga no Pré-Olímpico Mundial que será disputado no Japão, a partir do próximo dia 19. Mas a tendência é que Cuba não o dispute, alegando problemas financeiros. Caso isso seja confirmado, será a primeira ausência das Morenas do Caribe no torneio olímpico feminino de vôlei desde 1988, quando Cuba boicotou as Olimpíadas de Seul, em suposta solidariedade à Coreia do Norte. Desde que retornou às Olimpíadas, foram três ouros (1992, 1996 e 2000), um bronze (2004) e um quarto lugar (2008).

Na verdade, muito mais do que o fechamento das torneiras provocado pelo colapso da União Soviética no começo dos anos 1990, o que provoca a decadência do esporte cubano (que vem se acentuando nos últimos anos) é o forte componente social-político. Uma ditadura comunista de mais de cinco décadas, a mais longa do Hemisfério Ocidental, o regime cubano segue com a proibição da profissionalização esportiva, algo extremamente anacrônico nos dias de hoje. Com isso, segue forte o número de esportistas cubanos que desertam de delegações do país, buscando garantir o futuro através de suas capacidades físicas. Um forte indício disso foi a não participação cubana nos Jogos Centro-Americanos e do Caribe de 2010, disputados na cidade porto-riquenha de Mayagüez.

Mas as consequências da crise financeira que atinge a ilha caribenha e a falta de investimentos no esporte do país são ainda mais evidentes: as Olimpíadas de 2008, em Pequim, foram as piores de Cuba em 40 anos, com apenas duas medalhas de ouro conquistadas (pela primeira vez desde 1960, os cubanos terminaram atrás do Brasil, que ganhou um ouro a mais, no quadro geral de medalhas). Nos Jogos Pan-Americanos, em que Cuba é a única grande potência olímpica a mandar força máxima, a situação também é grave: a última participação digna de registro foi em 2003, em Santo Domingo, na vizinha República Dominicana, com 72 ouros. Em 2007, no Rio, a quantidade de ouros já despencou para 59. A edição de 2011, em Guadalajara, com 58 ouros, foi a pior para o país desde 1975. Os cubanos ficaram na segunda colocação que costumam ocupar sempre no quadro, mas tiveram que cortar um dobrado para lutar por ela contra o Brasil, até os últimos dias do evento (o boxe foi a salvação da lavoura).

Pode-se dizer que a força de vontade dos esportistas cubanos, tendo que lutar contra tantas adversidades como falta de dinheiro, adiou por alguns anos a queda de rendimento do país em competições internacionais. Mas o temor de abandono de atletas das delegações do país mostra a cara do regime em toda a sua intransigência. Ou Cuba muda esse pensamento retrógrado e altamente prejudicial aos seus cidadãos - independentemente de serem atletas ou não -, ou a situação apenas irá piorar nos próximos anos.