6.7.12

Saturado, vôlei perde mais uma e preocupa

Foto: Divulgação/FIVB
Mais uma vez, o Brasil sucumbiu ao maior volume de jogo da Polônia, apesar de ter ficado na frente duas vezes na partida, válida pela segunda rodada da segunda fase da Liga Mundial de Vôlei. Os poloneses venceram por 3 a 2 (23/25, 25/23, 23/25, 25/17 e 15/10) e garantiram vaga nas semifinais, junto com os cubanos, que venceram os brasileiros por 3 a 0 no dia anterior. Hoje, poloneses e cubanos se enfrentam pela primeira colocação no Grupo F. Eliminado, o Brasil deverá terminar esta Liga na sexta colocação, ficando fora das quatro primeiras posições pela primeira vez desde 1998.

Depois de onze anos da Era Bernardinho, em que a seleção se acostumou a ficar sempre na parte de cima da tabela (em todas as competições, a pior colocação tinha sido o quarto lugar na Liga Mundial de 2008), com direito a três títulos mundiais e duas medalhas olímpicas, a equipe parece saturada, disposta a dar um tempo. Mas a Olimpíada de Londres bate a porta, e o Brasil está no Grupo B, o chamado Grupo da Morte. O Brasil só deverá encontrar vida fácil na estreia, diante da Tunísia, no dia 29. De resto, só pedreira: Rússia, Estados Unidos, Sérvia e Alemanha virão na sequência. Do jeito que a seleção anda, sem um ritmo de jogo consistente, ficará difícil alcançar uma posição que lhe possibilite enfrentar nas quartas uma seleção mediana do outro grupo, como uma Bulgária, uma Argentina ou uma Austrália (Itália e Polônia são as favoritas do Grupo A, e a anfitriã e estreante Grã-Bretanha não deverá oferecer resistência).

Há uma nesga de esperança de que o Brasil possa fazer ao menos uma figura digna em Londres, porém: a maior recuperação dos contundidos, especialmente Giba, que declarou que esta será a última Olimpíada de sua carreira; um maior entrosamento entre os jogadores, principalmente com o levantador Ricardinho, nos amistosos que deverão ser feitos até a estreia; e o precedente de quatro anos atrás, em que o Brasil acabou em quarto lugar na Liga Mundial e, mesmo assim, chegou à final olímpica com boas atuações. Ninguém desaprende a jogar de uma hora para outra. Por isso, a seleção masculina de vôlei ainda merece um voto de confiança.

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