30.10.09

Faltam 1.000 dias


Daiane dos Santos é pega no antidoping

Neste ano de 2009, justamente esse em que o Rio de Janeiro foi escolhido pelo COI para sediar as Olimpíadas de 2016, o Brasil bate o recorde em casos comprovados de doping. Nesta sexta-feira, mais um: a ginasta Daiane dos Santos, campeã mundial do solo em 2003, foi pega num exame preventivo, fora das rotinas de competição (ela não compete há cerca de um ano). O exame deu positivo para a substância Furosemida, um diurético usado em tratamentos cardíacos. A informação foi divulgada pela Federação Internacional de Ginástica.

Este foi o 23º caso de doping entre atletas brasileiros neste ano. Antes, 16 deles haviam sido detectados no atletismo (o que desfalcou a delegação brasileira no Mundial da modalidade, disputado em Berlim); além disso, foram quatro no ciclismo, um na natação e outro no triatlo.

16.10.09

Divulgados os pictogramas oficiais das Olimpíadas de 2012

Foram divulgados hoje, em Londres, os pictogramas oficiais dos esportes olímpicos que serão disputados em 2012, na capital britânica. Pela primeira vez, haverá duas versões para os símbolos das modalidades olímpicas: a mais tradicional, bicromática, em preto e branco, e a chamada versão dinâmica (acima), inspirada nos desenhos das linhas do metrô londrino.

Pela primeira vez, serão utilizadas mais de duas cores nos pictogramas dos Jogos Olímpicos de Verão. Ficou um visual bem representativo, apesar de não ser tão colorido quanto nos Jogos Pan-Americanos de 2007, por exemplo. A versão mais tradicional (os pictogramas de silhueta) pode ser vista aqui.

As Olimpíadas de Inverno de 2010 começam a tomar forma

Faltando menos de quatro meses para o início dos XXI Jogos Olímpicos de Inverno (que serão realizados de 12 a 28 de fevereiro de 2010, em Vancouver, no Canadá), foram divulgadas pelo Comitê Olímpico Internacional e pelo Comitê Organizador as medalhas que serão entregues aos atletas nas quinze modalidades. Ao contrário do que ocorre nos Jogos Olímpicos de Verão, em que as medalhas seguem um determinado padrão (o atual vem desde 2004), nos de Inverno o visual das medalhas muda a cada edição.

Nestes Jogos de Vancouver, as medalhas serão onduladas, com um visual que remete às artes rupestres características da Colúmbia Britânica, província canadense onde o evento será realizado. Elas evocam as montanhas, o oceano e a neve, segundo o Comitê Organizador dos Jogos. Essas medalhas também serão entregues nos Jogos Paraolímpicos de Inverno, de 12 a 21 de março, também em Vancouver.

9.10.09

Golfe e rúgbi voltam ao convívio olímpico no Rio

No Congresso Olímpico que o COI organiza em Copenhague, foi decidido hoje que duas modalidades que estavam afastadas do programa olímpico há muito tempo voltarão a ser disputadas em Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016. O golfe e o rúgbi conseguiram ser aprovados pelo COI, aumentando o número de modalidades olímpicas para 28 (nos Jogos de 2012, em Londres, ainda serão disputadas as 26 modalidades atuais).

O golfe voltará ao programa olímpico depois de 112 anos. O esporte foi disputado em apenas duas edições olímpicas: em 1900, nos Jogos de Paris, foram disputados os torneios masculino e feminino, no ano de estreia das mulheres em Jogos Olímpicos (dois golfistas norte-americanos conquistaram o ouro: Charles Sands entre os homens e Margaret Ives Abbott entre as mulheres). Em 1904, nos Jogos de Saint Louis, apenas homens disputaram medalhas, em dois torneios (individual, conquistado pelo canadense George Lyon, e equipes, em que a Western Golf Association, dos Estados Unidos, ganhou a medalha de ouro).

O rúgbi voltará às Olimpíadas depois de 92 anos, mas numa versão mais compacta, com equipes de sete pessoas, diferente das quinze utilizadas comumente. Esta versão teve quatro torneios olímpicos disputados: em 1900, a anfitriã França foi a campeã; em 1908, em Londres, a seleção da Australásia (delegação conjunta da Austrália com a Nova Zelândia) ganhou o ouro; e os Estados Unidos foram bicampeões em 1920, em Antuérpia, e 1924, em Paris. Em tese, o rúgbi de sete (que é disputado em eventos como os Jogos Asiáticos, da Comunidade Britânica e do Pacífico Sul, e o será também nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara) fará sua estreia no programa olímpico.

Nos Jogos de 2016, o rúgbi de sete deverá ser disputado no Estádio de São Januário. Já o golfe será no Gávea Golfe Clube ou no Itanhangá Golfe Clube.

Os primeiros desafios do Rio para 2016

Menos de uma semana depois da escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, começam a surgir os primeiros fatos que evidenciam que muita coisa precisa ser feita para que os cariocas organizem dignamente o maior evento esportivo mundial. Eles surgiram numa área em que a candidatura recebeu algumas de suas maiores críticas: os transportes.

Por dois dias seguidos, tumultos entre usuários de trens e policiais foram causados por problemas nas composições, escancarando os inúmeros defeitos de uma rede numerosa como a da Região Metropolitana do Rio - anteontem, os confrontos se deram na Baixada Fluminense; ontem, foram na Central do Brasil.

O pior é que isso não ocorre somente na malha férrea. Os transportes no Rio andam um caos só: os engarrafamentos nas ruas, há muito tempo, são constantes em horários de pico. O metrô, além de viver uma expansão tímida, transporta muito além do necessário, com vagões lotados. Muito trabalho será preciso para que seja resolvido em sete anos o que o poder público não consegue resolver há décadas.

3.10.09

Agora, é trabalhar. E cobrar

Numa decisão histórica do Comitê Olímpico Internacional, o Rio de Janeiro foi eleito a cidade-sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, sendo a primeira cidade sul-americana a receber a maior festa do esporte mundial. Uma grande festa na Praia de Copacabana marcou a alegria dos cariocas com o acontecimento.
 
O momento é de festa. Mas é chegada a hora de arregaçar as mangas e começar a trabalhar, para que o maior evento esportivo do planeta corresponda às expectativas que merece. Não só na construção dos locais de provas, mas na transparência que isso exige. Como se sabe, há muita gente mal-intencionada que quer se dar bem com os Jogos Olímpicos, de forma nada honrosa. Basta lembrar dos Jogos Pan-Americanos de 2007, em que houve atrasos e superfaturamento, e ainda não houve fechamento das contas. Como contribuintes, temos que ficar de olho no que fazem com o dinheiro público.
 
Não devemos prestar atenção só no que ocorre fora das quadras e dos campos, mas dentro desses locais. O desempenho dos nossos atletas é parte integrante de uma Olimpíada digna. Isso deve ocorrer já nos preparativos para os Jogos de Londres, em 2012. É importante mostrarmos a nossa força para exibir o cartão de visitas quatro anos antes de receber os Jogos, preparando-se da melhor maneira possível e, acima de tudo, ter foco e calma na hora da decisão. Depois de 2016, usar ao máximo a estrutura deixada para que o Brasil receba eventos e revele talentos esportivos, contrariando o ocorrido pós-Pan.
 
Mas a infraestrutura é vital para uma Olimpíada inesquecível. É importante cobrarmos os nossos políticos para que tudo o que foi prometido no que se refere a educação, saúde, transportes etc. seja cumprido à risca. Grande parte das promessas do Pan não saiu do papel. O fato de o Rio sediar as duas maiores competições esportivas do planeta (a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016) nos próximos sete anos é uma chance de ouro para os cariocas recuperarem a sua autoestima, que andava tão machucada nas últimas décadas. Segue a dica anteriormente dada neste texto: cobrar muito os nossos políticos, já que fomos nós que os colocamos no poder. Isso vale por muito mais do que sete anos, vale para sempre: sejamos chatos. Muito chatos.

2.10.09

A hora está chegando

É hoje. Nesta sexta-feira, no Congresso do Comitê Olímpico Internacional em Copenhague, na Dinamarca, por cerca de 13h30 (horário de Brasília), será escolhida a cidade-sede dos Jogos da XXXI Olimpíada da Era Moderna, assim como dos XV Jogos Paraolímpicos, a serem realizados em 2016. O alto nível das quatro cidades candidatas (Chicago, Madri, Rio de Janeiro e Tóquio) dá a certeza de que esta será a escolha de sede olímpica mais emocionante e equilibrada de todos os tempos - assim como, não importa a cidade que for escolhida, os Jogos serão realizados em um ótimo lugar.

As quatro cidades já apresentaram suas armas, as suas propostas, os seus trunfos; tudo o que foi feito, será avaliado pelo Colégio Eleitoral do COI, que em sua decisão soberana consagrará a cidade cuja candidatura foi considerada a melhor entre as finalistas. Com o alto nível que certamente será premiado, será dada à vencedora a obrigação de sediar as melhores Olimpíadas de todos os tempos.

A eficiência norte-americana? A paixão espanhola? O pioneirismo brasileiro? A modernidade japonesa? A resposta de qual característica prevalecerá será dada pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, ao abrir o envelope e ler o nome da cidade vencedora. Estejamos a postos, desde já.

1.10.09

Candidatos a 2016: Tóquio


Encerrando a série sobre as cidades candidatas a sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, falaremos hoje sobre Tóquio.

A capital japonesa é a única das cidades finalistas a ter sediado uma Olimpíada, em 1964. Isso é visto como altamente positivo, devido à experiência em receber eventos de grande porte, não apenas esportivos. Além disso, tem o melhor sistema de deslocamento de atletas, segundo o COI. Isso é um grande ponto a favor dos japoneses: os planejados locais de prova se dividem em dois grandes polos, bem próximos um do outro, chegando a se entrelaçar onde se encontra o futuro Estádio Olímpico - o "velho", palco principal de 1964, seria usado somente no futebol (que utilizaria alguns palcos da Copa do Mundo de 2002, como os estádios de Yokohama - onde o Brasil se sagrou pentacampeão mundial -, Saitama, Osaka e Sapporo).

Grande parte dos locais usados na primeira vez seriam reformados e novamente utilizados em 2016, juntamente com a construção de novos locais. É a eficiência nipônica em ação, buscando sempre impressionar pelo visual e pela funcionalidade imperecível.