31.1.09

Da glória à esperança



Depois de uma merecida folga, o Olimpismo começa um novo ciclo olímpico. E o primeiro texto de 2009 não poderia vir em melhor hora: há exatos cinquenta anos, em 31 de janeiro de 1959, o Brasil conquistava seu primeiro título mundial de basquete, em Santiago (seria bicampeão em casa, em 1963). Era a melhor fase da história do nosso basquete, geração essa que durou mais de uma década e ganhou três medalhas olímpicas de bronze, em 1948, 1960 e 1964.

No primeiro título mundial, foram nove partidas, com sete vitórias e duas derrotas, ambas para a União Soviética. O título foi coroado com uma vitória por 73 a 49 sobre os anfitriões chilenos, na fase final. Os comandados por Togo Renan Soares, o Kanela, sagraram-se os grandes heróis do nosso esporte na época, juntamente com o saltador Adhemar Ferreira da Silva (bicampeão olímpico do salto triplo, em 1952 e 1956) e os jogadores da Seleção de futebol, bicampeã mundial em 1958 e 1962.

Ultimamente, o basquete brasileiro vem atravessando um período de decadência, com a Seleção masculina fazendo péssimas campanhas em Mundiais e ficando fora de Olimpíadas desde 2000. Mas agora há uma esperança: uma nova liga gerida pelos próprios clubes, o NBB (Novo Basquete Brasil), que teve seu início nesta semana, exatamente a do cinquentenário do primeiro Mundial. Não por acaso, há justas reverências aos campeões do mundo, homenageados antes das partidas da primeira rodada (algo que faltou da parte da CBB, diga-se).

Que isso seja o início de uma nova era. O nosso basquete andava mesmo precisando de uma chacoalhada como essa.