18.12.07

Os melhores do esporte em 2007 são premiados



Foi realizada nesta segunda-feira, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, a nona edição do Prêmio Brasil Olímpico, que premia os melhores do esporte nacional em cada temporada. Em 2007, a premiação teve um gosto especial por causa da realização dos Jogos Pan-Americanos do Rio.

Foram premiados os melhores de todos os esportes olímpicos, além de boliche, caratê, esqui aquático, futsal e squash, além dos paraolímpicos. Além disso, foi instituído o Prêmio Maria Lenk, que premia as atletas históricas do Brasil (neste ano, o prêmio foi dado para a maior tenista brasileira de todos os tempos, Maria Esther Bueno). O prêmio segue o esquema do Prêmio Adhemar Ferreira da Silva (oferecido, neste ano, ao ex-remador André Gustavo Richer).

Na premiação, foi divulgada a logomarca da candidatura do Rio a sede das Olimpíadas de 2016. A cidade concorre com Baku (Azerbaijão), Chicago (Estados Unidos), Doha (Catar), Madri (Espanha), Praga (República Tcheca) e Tóquio (Japão). De todas as cidades concorrentes, apenas a última sediou uma edição das Olimpíadas, em 1964.

Os atletas que ganharam os prêmios máximos da noite foram o nadador Thiago Pereira (que concorreu com o ginasta Diego Hypolito e o judoca Tiago Camilo) e a ginasta Jade Barbosa (que concorreu com a saltadora Fabiana Murer e a futebolista Marta - eleita pelo segundo ano seguido, pela FIFA, a melhor do mundo). As premiações coroaram um ano espetacular para os dois atletas, esperanças de medalha para o Brasil nas Olimpíadas de Pequim.

8.12.07

Seleção Olímpica de futebol: O Dunga já começou mal...



O técnico Dunga assumiu a responsabilidade de conduzir a Seleção Brasileira ao único título que ainda não tem no futebol: a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. E o primeiro passo será dado neste domingo, com o amistoso contra a seleção dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro, no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro.

É, sem dúvida, um bom teste - ainda que somente pudessem ter sido convocados jogadores até 22 anos que atuassem no futebol brasileiro (a exceção foi o atacante Alexandre Pato, que só estreará no Milan em janeiro). Porém, as duas primeiras divisões do Campeonato Brasileiro se revelaram grandes celeiros de revelações e jovens valores, com idade suficiente para disputar os Jogos de Pequim. Se bem que a base da Seleção Olímpica deverá ser formada por jogadores que atuam no exterior, como os goleiros Diego Alves (Almería/ESP) e Cássio (PSV Eindhoven/NED); os laterais Marcelo (Real Madrid/ESP), Ilsinho (Shakthar Donetsk/UKR) e Rafinha (Schalke 04/GER); os meias Lucas (Liverpool/ENG), Ânderson (Manchester United/ENG) e Diego (Werder Bremen/GER); e os atacantes Rafael Sobis (Betis/ESP), Luiz Adriano (companheiro de clube de Ilsinho) e André Lima (Hertha Berlin/GER) - além do próprio Pato - entre outros.

Porém, pode-se dizer que Dunga não começou bem sua trajetória como treinador da Seleção Olímpica. Na convocação, ele ignorou vários jogadores que ficaram entre os melhores do Brasileirão, como o zagueiro Alex Silva (São Paulo - se bem que ele se recupera de contusão) e o volante Arouca (Fluminense), além do meia Renato Augusto (Flamengo). Pior, ignorou o volante são-paulino Hernanes, um dos melhores do campeonato - tanto que enfrentará a Seleção no domingo. E ainda convocou muitos jogadores desconhecidos da torcida, como o lateral Nei (Atlético-PR) e o zagueiro Leandro Almeida (Atlético-MG) - que dificilmente viajarão para a China em agosto.

Há a expectativa de que Dunga use os próximos amistosos da Seleção principal (contra a Irlanda, em fevereiro, e a Suécia, em março) para convocar jogadores com idade olímpica. E é bom que isso aconteça, pois as datas são poucas, assim como o tempo útil para experiências.

4.12.07

Há vida sem Ricardinho



A conquista do bicampeonato da Copa do Mundo masculina de vôlei - e a conseqüente classificação para as Olimpíadas de Pequim - pela Seleção Brasileira, neste domingo, no Japão, evidencia a excelente fase da equipe, que já dura seis anos. Só neste ano, é o quarto título ganho (os outros foram a Liga Mundial, os Jogos Pan-Americanos e o Campeonato Sul-Americano). A boa fase supera até uma crise fora das quadras - a que afastou o levantador Ricardinho, eleito o melhor jogador da Liga Mundial e considerado o melhor do mundo em sua posição, da equipe, às vésperas da estréia no Pan, em julho.

O técnico Bernardinho afastou o levantador alegando que este não pensava no coletivo. Dizendo sentir-se traído, Ricardinho afirmou que não voltaria à Seleção, quando lançou sua autobiografia, pouco depois do Pan. Os companheiros (Giba, em particular) pedem a Ricardinho que reconsidere a sua decisão. A opinião do Olimpismo é que, independentemente de quaisquer individualismos, o talento de Ricardinho é algo que não é recomendável de ser desperdiçado. De todo modo, a equipe está bem servida de levantadores. E a recente conquista da Copa do Mundo mostrou isso.

Depois de terem sido questionados pela opinião pública na época do corte, Marcelinho e Bruno Rezende vêm fazendo boas partidas, dando conta do recado. Até agosto de 2008, na disputa das Olimpíadas de Pequim, há tempo para um amadurecimento maior. Mas se Ricardinho reconsiderar sua decisão de deixar a Seleção, será um grande reforço no caminho para o tricampeonato olímpico. E o vôlei brasileiro só terá a ganhar.