16.2.09

Olimpíadas 2016, a corrida bilionária



Foram divulgados os custos iniciais das quatro candidaturas a sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Chicago, Madri, Rio de Janeiro e Tóquio apresentaram seus números, e os da candidatura carioca são os mais vultuosos: os gastos previstos, na construção de novos centros de competição e treinamento, na infraestrutura do evento e nas melhorias da cidade, são de R$ 29,5 bilhões - cerca de oito vezes maior que o que foi necessário para organizar os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Nem todas as obras serão para uma hipotética Olimpíada no Rio: a cidade sediará eventos nos próximos anos, como os Jogos Mundiais Militares de 2011 e várias partidas (uma delas poderá ser a final) da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Mas não deixa de ser espantoso o somatório desses custos para a cidade, mesmo com a polêmica nos gastos do Pan. Talvez os organizadores estejam escaldados...

Isso, certamente, é reflexo da cada vez mais crescente valorização dos Jogos Olímpicos, que exigem gastos maiores a cada edição. A cidade que sediá-lo terá que gastar a dinheirama com responsabilidade, sob pena de sofrer um colapso financeiro que possa ser irrecuperável. Além disso, não é má ideia um projeto esportivo amplo que beneficie a população, sob pena de vermos instalações esportivas modernas e estalando de novas virarem elefantes brancos. O próprio Pan é um exemplo: ainda há instalações, como o Velódromo e a pista de atletismo do Engenhão, subutilizadas.