15.9.12

Entre 2012 e 2016, atenção, expectativa, torcida... e muita cobrança

Encerrados os Jogos da XXX Olimpíada e os XIV Jogos Paralímpicos em Londres, pode-se dizer que a participação brasileira poderia ser melhor nestes primeiros e consolidou sua evolução nestes últimos. Enquanto nos Jogos Olímpicos o Brasil não correspondeu tanto às expectativas levando-se em consideração os altos investimentos do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro, nos Paralímpicos o país dá aos espectadores um grande otimismo para a participação na próxima edição, daqui a quatro anos, quando será o país-sede.

Os atletas olímpicos brasileiros, se não tiveram uma participação considerada pífia (afinal, apesar dos pesares, eles trouxeram o maior número de medalhas em uma edição olímpica: dezessete, três delas de ouro), poderiam ter feito melhor papel, isso é fato. Tivemos excelentes desempenhos em Londres, como a boa fase do judô feminino (que trouxe metade das medalhas brasileiras na modalidade, incluindo a primeira de ouro), do boxe (que trouxe logo três medalhas, o triplo da melhor campanha do país, 44 anos atrás) e do ginasta Arthur Zanetti (primeiro em seu esporte a ganhar uma medalha olímpica entre os brasileiros, o ouro nas argolas). Além disso, vieram o bicampeonato do vôlei feminino e a primeira medalha no pentatlo moderno, modalidade pouco praticada no Brasil. Mas tivemos frustrações em Londres, como os parcos desempenhos em modalidades como atletismo (sem trazer medalhas depois de 20 anos), natação (apenas duas medalhas, uma prata e um bronze, e poucas finais, nenhuma entre as mulheres) e futebol (uma prata entre os homens, sem ver a cor da bola na final contra o México - por sinal, a única seleção ao menos tradicional que os comandados de Mano Menezes enfrentaram nesta Olimpíada -, e a eliminação nas quartas da cada vez mais decadente Seleção feminina, o que reflete a falta de investimentos no futebol feminino no Brasil).

Os atletas paralímpicos, por outro lado, confirmaram a evolução que vem de longo tempo. Apesar de terem conquistado cinco medalhas a menos que em Pequim (42 contra 47), os paratletas brasileiros superaram em cinco ouros seu desempenho de quatro anos atrás (21 contra 16). Os valores individuais continuaram brilhando (como o nadador Daniel Dias e os velocistas Terezinha Guilhermina e Alan Fonteles, entre outros), mas várias modalidades coletivas também tiveram seu valor, como a tricampeã seleção de futebol de cinco e a vice-campeã seleção masculina de golbol. O país conseguiu sua meta de terminar entre os sete primeiros colocados no quadro de medalhas em Londres, o que dá a esperança em terminar entre os cinco primeiros daqui a quatro anos, em casa. Só tem que se preocupar com a renovação dos valores individuais, já que na natação, por exemplo, apenas Daniel Dias e André Brasil - que conquistaram todos os ouros brasileiros na modalidade - tiveram participações de destaque.

No mais, foram duas campanhas bem distintas, é o que se percebe. Se nos Jogos Paralímpicos o Brasil acabou em sétimo lugar (21 ouros, 14 pratas e oito bronzes), nos Olímpicos terminara em 22º (três ouros, cinco pratas e nove bronzes). Pouco surpreendente levando-se em consideração a média de ouros olímpicos conquistados pelo país nas mais recentes edições (os Jogos de 2004, em Atenas, foram a exceção, com o recorde de cinco ouros). Mas ainda é pouco se levarmos em conta que o Brasil sediará a próxima edição olímpica, em 2016. Nos últimos ciclos olímpicos, o país-sede da Olimpíada seguinte costuma fazer boas campanhas - se bem que foram países de tradição esportiva consolidada, como os Estados Unidos em 1992 (37 ouros), a Austrália em 1996 (nove ouros), a Grécia em 2000 (quatro ouros), a China em 2004 (32 ouros) e a Grã-Bretanha em 2008 (19 ouros). A última vez em que o país-sede da Olimpíada seguinte fez uma campanha discreta foi em 1988, com a Espanha: em Seul, os atletas espanhóis conquistaram apenas um ouro, uma prata e dois bronzes (para efeito de comparação, o Brasil ganhou uma prata e um bronze a mais), terminando em 25º lugar no quadro de medalhas. Em compensação, nos Jogos de Barcelona, em 1992, os anfitriões aproveitaram bastante o fator casa: 13 ouros, sete pratas e dois bronzes, com o sexto lugar na classificação final. Nos Jogos seguintes, os de 1996, em Atlanta, a Espanha manteve o pique: cinco ouros, seis pratas e seis bronzes, 13º lugar no final.

O fato de ser o anfitrião, com a torcida a favor, pode ser um trunfo brasileiro no Rio: basta lembrar da campanha nos Jogos Pan-Americanos de 2007. O nível técnico certamente não serve de parâmetro, mas o retrospecto recente conta muito. O que muitos temem, porém, é o excesso de expectativas sobre os atletas, que podem decepcionar muitos se não conquistarem a medalha de ouro. A campanha olímpica brasileira em Londres recebeu críticas por não dar o retorno dos altos investimentos do Governo Federal, do Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico Brasileiro e de várias empresas, com direito a aluguel do Crystal Palace para aclimatação e treinamento. Agora, o governo da presidente Dilma Rousseff lançou um plano de investimentos de um bilhão de reais visando colocar o país entre os dez primeiros no quadro de medalhas dos próximos Jogos Olímpicos, e entre os cinco nos Paralímpicos. Sempre há temores quando dinheiro público está sendo investido em algo que dificilmente dará o retorno esperado, ainda mais levando-se em conta a larga história de desvio de dinheiro para meios ilícitos. Fiquemos de olho, portanto.

9.9.12

A saideira paralímpica londrina, em grande estilo

Foto: AFP
O último dia de competições dos XIV Jogos Paralímpicos se deu em grande estilo, com a derradeira medalha de ouro para o Brasil em terras londrinas: na maratona, categoria T46, Tito Sena foi o primeiro colocado, com o tempo de 2:30'40". O espanhol Abderrahman Ait Khamouch ficou com a prata, com 2:31'04"; o belga Frederic van den Heede foi bronze, com 2:31'38". O outro brasileiro da prova, Ozivam Bonfim, acabou na quarta colocação, com 2:37'16".
 
No futebol de sete, o Brasil foi goleado pelo Irã por 5 a 0, na disputa da medalha de bronze. O ouro foi para a Rússia, que venceu a Ucrânia por 1 a 0. No rúgbi em cadeira de rodas, a última modalidade coletiva a ser disputada nestes Jogos, o ouro foi para a Austrália, vitoriosa por 66 a 51 sobre o Canadá. Após a vitória por 53 a 43 sobre o Japão, os Estados Unidos ficaram com o bronze.
 
Pela terceira vez consecutiva, a China terminou uma edição de Jogos Paralímpicos em primeiro lugar no quadro de medalhas: 95 ouros, 71 pratas e 65 bronzes (231 medalhas no total). A Rússia terminou em segundo lugar, com 36 ouros (102 no total), com a Grã-Bretanha em terceiro, com 34 ouros (120 no total). Ucrânia e Austrália ganharam 32 ouros cada, mas os ucranianos ficaram com uma prata a mais (24 a 23). Os Estados Unidos terminaram em sexto, com 31 ouros. Já o Brasil teve o seu melhor desempenho na história dos Jogos Paralímpicos: 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze (43 medalhas no total), terminando na sétima colocação no quadro de medalhas.
 
E a tendência é que o paradesporto brasileiro faça figura ainda melhor daqui a quatro anos - afinal, os XV Jogos Paralímpicos serão disputados no Rio de Janeiro, de 7 a 18 de setembro de 2016.

8.9.12

Mais um dia de vitórias para o Brasil em Londres

Foto: London2012.com
O Brasil vai conseguindo seu objetivo nestes XIV Jogos Paralímpicos, disputados em Londres: terminar entre os sete primeiros colocados no quadro de medalhas. Colaboram para isto, entre outros fatores, excelentes desempenhos como o de hoje, penúltimo dia de competições. Neste sábado, o Brasil ganhou nada menos do que nove medalhas: cinco de ouro, duas de prata e mais duas de bronze.
 
Apenas no atletismo, foram quatro subidas ao pódio. Um ouro o país conquistou no Estádio Olímpico: o do arremesso de dardo, categoria F37/38, entre as mulheres, com Shirlene Coelho, que obteve a marca de 37m86, novo recorde mundial - muito à frente da segunda colocada, a chinesa Jia Qianqian, com 31m62, e da terceira, a australiana Georgia Beikoff, com 29m84. Na mesma prova, só que entre os homens e na categoria F57/58, Claudiney Batista dos Santos ficou com a prata, arremessando 45m38 e somando 1.024 pontos, ficando atrás apenas do iraniano Mohammad Khalvandi, com 50m98 e 1.044 pontos - ambos ficando com o recorde mundial em cada uma de suas subcategorias. O bronze foi para o egípcio Raed Salem, que somou 991 pontos com seu arremesso de 47m90. Na pista, dois velocistas foram ao pódio na prova dos 100 metros, categoria T11: Lucas Prado foi prata (11"25) e Felipe Gomes foi bronze (11"27), ambos ficando atrás do chinês Xue Lei (11"17).
 
O Brasil mostrou sua força também na bocha: Maciel Souza Santos foi o campeão na categoria BC2, individual mista, ao derrotar na final o chinês Yan Zhiqiang - o bronze ficou com a sul-coreana Jeong So-Yeong. Já na BC4, os integrantes da equipe campeã paralímpica subiram ao pódio: Dirceu José Pinto ganhou seu segundo ouro paralímpico em Londres ao vencer o chinês Zheng Yuansen - pouco antes, Eliseu dos Santos havia garantido o bronze depois da vitória sobre o britânico Stephen McGuire.
 
No futebol de cinco, o Brasil (foto) sagrou-se tricampeão paralímpico ao derrotar a França por 2 a 0; o bronze ficou com a Espanha, que venceu a Argentina por 1 a 0 nos pênaltis, depois de um empate sem gols no tempo normal. E na natação, mais uma vez, Daniel Dias ganhou uma medalha de ouro - sua sexta em Londres, e a 10ª na história paralímpica, de um total de 15 - nos 100 metros livre, categoria S5, com o tempo de 1'09"35. A prata foi para o norte-americano Roy Perkins (1'14"78) e o bronze, para o espanhol Sebastián Rodríguez (1'15"70).
 
No torneio masculino de basquete em cadeira de rodas, o Canadá ganhou o ouro ao vencer a Austrália por 64 a 58 - o bronze foi para os Estados Unidos, que derrotaram a Grã-Bretanha por 61 a 46. Já no vôlei sentado, a seleção da Bósnia-Herzegovina foi ouro ao derrotar o favorito Irã por 3 a 1 (19/25, 25/21, 25/22 e 25/15). A Alemanha ganhou o bronze ao vencer a Rússia por 3 a 2 (20/25, 26/24, 22/25, 25/22 e 16/14). O Brasil acabou na quinta colocação, ao derrotar o Egito por 3 a 2 (25/14, 15/25, 25/21, 15/25 e 15/13).
 
Após o dia de hoje, a China consolidou sua posição de grande potência paralímpica da atualidade, com impressionantes 95 medalhas de ouro (231 no total). Na luta ferrenha pela segunda posição no quadro de medalhas, a Rússia voltou a ter vantagem sobre a anfitriã Grã-Bretanha (35 ouros contra 33), com os dois países sendo seguidos de perto por Ucrânia (quarta colocada, com 32 ouros), Austrália (quinta, com 31) e Estados Unidos (sextos, com 30). O Brasil ocupa a sétima colocação, com 20 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze (42 medalhas no total).

7.9.12

Daniel Dias, o maior paralímpico brasileiro

Foto: London2012.com
Em 2004, Daniel Dias assistia pela TV aos feitos de Clodoaldo Silva na natação dos Jogos Paralímpicos, disputados em Atenas. Viu que poderia fazer o mesmo. Não se arrependeu.
 
Ele foi revelado ao mundo no Mundial de Natação Paralímpica de 2006, em Durban, na África do Sul: três ouros e duas pratas. Mas uma das histórias mais bem-sucedidas do esporte brasileiro em todos os tempos estava apenas começando. Nos Jogos Parapan-Americanos de 2007, no Rio, o paulista de Campinas ganhou oito medalhas - todas de ouro. Nos Jogos Paralímpicos do ano seguinte, em Pequim, ganhou quatro ouros, quatro pratas e um bronze. No Mundial de 2010, na cidade holandesa de Eindhoven, oito ouros e uma prata. No Parapan de 2011, em Guadalajara, outros 100% de aproveitamento na competição continental: onze medalhas douradas.
 
Nesta sexta-feira, em Londres, ele ganhou sua quinta medalha de ouro nesta segunda Paralimpíada de sua carreira, nadando a plenos pulmões para ser o maior medalhista paralímpico de todos os tempos - já é o maior entre os brasileiros, com 14 medalhas no total. Na prova em que garantiu o recorde (os 50 metros borboleta, categoria S5), estabeleceu mais um recorde mundial: 34"15. O norte-americano Roy Perkins ficou com a prata, com 34"57, e o chinês He Junquan foi bronze, com 37"20.
 
Na mesma prova, só que no feminino, Joana Maria Silva foi bronze, com o tempo de 46"62, novo recorde continental. O ouro ficou com a norueguesa Sarah Louise Rung, com 41"76; a prata, com a espanhola Teresa Perales, com 42"67.
 
Duas medalhas de prata foram ganhas por brasileiros neste dia de hoje: na prova dos 400 metros, categoria T11 do atletismo, Lucas Prado ficou com 51"44 - atrás apenas do angolano José Sayovo Armando, com 50"75. O bronze ficou com o francês Gauthier Makunda, com 52"45. No golbol masculino, o Brasil foi derrotado na final pela Finlândia por 8 a 1 - a Turquia ganhou o bronze ao vencer a Lituânia por 4 a 1.
 
Nas semifinais do futebol de sete, o Brasil perdeu por 3 a 1 para a Rússia, e disputará o bronze com o Irã, derrotado pela Ucrânia por 2 a 1. No vôlei sentado feminino, o ouro ficou com a China, a prata com os Estados Unidos e o bronze com a Ucrânia - o Brasil terminou em quinto lugar. No basquete em cadeira de rodas feminino, o ouro foi para a Alemanha, a prata para a Austrália e o bronze, para a Holanda.
 
Após este antepenúltimo dia de competições, a China tem 83 medalhas de ouro (206 no total), com Grã-Bretanha e Rússia com 32 medalhas de ouro cada - mas os britânicos têm mais pratas (40 contra 35). O Brasil segue na oitava colocação, com 15 ouros, 12 pratas e seis bronzes.

6.9.12

Um dia histórico para nossa natação paralímpica

Foto: London2012.com
O Brasil ganhou quatro medalhas nesta quinta-feira, nos Jogos Paralímpicos: dois ouros e duas pratas, com direito a dois registros históricos para nossa natação.
 
Na prova dos 50 metros costas, categoria S5, Daniel Dias tornou-se o maior medalhista paralímpico da história do Brasil, empatando com o também nadador Clodoaldo Silva (sua grande inspiração para começar a nadar) e a velocista Ádria Santos. Cada um tem treze medalhas paralímpicas, mas Daniel tem mais ouros (oito, em duas edições; quatro só neste ano), podendo ainda se isolar na liderança, já que ele ainda nadará mais duas provas em Londres. Dias estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com 34"99. O chinês He Junquan ficou com a prata, com 36"41, e o húngaro Zsolt Vereczkei foi bronze, com 38"92.
 
Nos 100 metros livre, categoria S10, dobradinha brasileira: André Brasil ganhou sua terceira medalha de ouro nesta Paralimpíada com o tempo de 51"07 (novo recorde paralímpico), com Phelipe Rodrigues ganhando a prata, com 52"42 - o australiano Andrew Pasterfield ficou com a medalha de bronze, com 52"77. Nos 50 metros costas feminino, categoria S4, Edênia Garcia ganhou a primeira medalha da natação brasileira entre as mulheres nestes Jogos Paralímpicos, com 53"85. A holandesa Lisette Teunissen ganhou o ouro, com 51"51; o bronze ficou com a chinesa Bai Juan, que fez 54"33.
 
No futebol de cinco, o Brasil se classificou à final ao empatar sem gols com a Argentina e vencê-la na disputa de pênaltis, por 1 a 0. A seleção brasileira tentará o tricampeonato paralímpico na final contra a França, que na sua semifinal derrotou a Espanha por 2 a 0. As duas equipes chegam à decisão sem terem sofrido gols - elas se enfrentaram na primeira fase, empatando em 0 a 0. O Brasil também chegou à final do golbol masculino, ao vencer a Lituânia por 2 a 1 - na final, enfrentará a Finlândia, que derrotou a Turquia por 2 a 0.
 
Encerrado mais este dia de competições, a China lidera o quadro de medalhas, com 70 ouros (183 no total), com Grã-Bretanha e Rússia empatadas em segundo, com 31 ouros - os britânicos têm vantagem no número de pratas (39 a 31). O Brasil está em oitavo, com 14 ouros, 10 pratas e cinco bronzes.

5.9.12

A tripleta brasileira no atletismo e o ouro inédito na esgrima

Foto: London2012.com
Dois notáveis feitos brasileiros nesta quarta-feira de competições dos Jogos Paralímpicos: nos 100 metros da categoria T11 para mulheres, o Brasil ocupou os três lugares do pódio. Campeã dos 200 metros, Terezinha Guilhermina ganhou sua segunda medalha de ouro em Londres, com o tempo de 12"01 (novo recorde mundial). A prata ficou com Jerusa Santos (vice também nos 200), com 12"75, e o bronze com Jhulia Santos (que nos 200 havia terminado em quarto), com 12"76.
 
Na esgrima em cadeira de rodas, Jovane Silva Guissone foi campeão na espada individual, categoria B, ao derrotar na final Tam Chik Sum, de Hong Kong, por 15 a 14 - o bronze ficou com o francês Alim Latreche. Guissone é o primeiro esgrimista brasileiro a ganhar uma medalha numa Olimpíada ou numa Paralimpíada.
 
No futebol de sete, o Brasil empatou em 1 a 1 com a Ucrânia (atual campeã paralímpica), terminando em segundo lugar no seu grupo, e enfrentará a Rússia nas semifinais - na outra partida, os ucranianos enfrentarão o Irã. No golbol, a seleção masculina derrotou a Bélgica por 3 a 0 e foi às semifinais, onde enfrentará a Lituânia. Já a seleção feminina não teve a mesma sorte: foi eliminada nas quartas ao perder para o Japão por 2 a 0. O mesmo ocorreu com a seleção masculina de vôlei sentado, derrotada pela Rússia por 3 a 2 (18/25, 25/15, 25/15, 19/25 e 15/8).
 
Encerrado mais este dia de disputas, a China está em primeiro, com 60 medalhas de ouro (159 no total), com a Rússia em segundo, com 28 ouros (73 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 25 ouros (92 no total). O Brasil ocupa a oitava colocação, com 12 ouros, oito pratas e cinco bronzes.

4.9.12

Mais um dia de ouro para o Brasil em Londres

Foto: Getty Images
O Brasil deu um bom salto nesta terça-feira, nos Jogos Paralímpicos de Londres. Apenas hoje, os paratletas brasileiros conquistaram três medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze.
 
Nos 200 metros do atletismo, categoria T11, dobradinha brasileira: Felipe Gomes foi ouro, com 22"97, e Daniel Silva ficou com a prata, com 22"99 - o angolano José Sayovo Armando foi bronze, com 23"10. Nos 400 metros, categoria T46, Yohansson Nascimento (campeão dos 200 metros) foi prata, com 49"21 - o austríaco Gunther Matzinger foi ouro, com 48"45, e o cingalês Uggl Dena Pathirannehelag foi bronze, com 49"28. No arremesso de disco masculino, categoria F40, Jonathan Santos ficou com o bronze, com 40m49 - o ouro ficou com o chinês Wang Zhiming (45m78, novo recorde mundial) e a prata, com o grego Paschalis Stathelakos (44m11).
 
Na natação, Daniel Dias ganhou sua terceira medalha de ouro nesta Paralimpíada, ao terminar em primeiro nos 100 metros peito, categoria SB4, com o tempo de 1'32"27 (novo recorde mundial) - o colombiano Moises Fuentes foi prata, com 1'36"92, e o espanhol Ricardo Ten foi bronze, com 1'37"23. Nos 100 metros costas, categoria S10, André Brasil ficou com a prata, com 1'00"11, dez centésimos atrás do campeão e recordista mundial, o norte-americano Justin Zook. O canadense Benoit Huot ficou com o bronze (1'00"73).
 
Na bocha, o Brasil (com Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos) sagrou-se bicampeão paralímpico, na categoria BC4, ao derrotar a dupla da República Tcheca na final por 5 a 3. O bronze ficou com o Canadá, que derrotou a Grã-Bretanha por 8 a 2. No futebol de cinco, o Brasil venceu a China (na reedição da final de 2008) por 1 a 0, classificando-se em primeiro no seu grupo, e enfrentará a Argentina nas semifinais - na outra semifinal, irão se enfrentar Espanha e França. No torneio feminino de vôlei sentado, o Brasil derrotou a Grã-Bretanha por 3 a 0 (25/19, 25/10 e 25/7) e disputará o quinto lugar com a Eslovênia, que derrotou o Japão pelo mesmo placar. No torneio masculino, os brasileiros venceram a China por 3 a 0 (25/17, 25/23 e 25/20). Terceiro colocado no seu grupo, o Brasil enfrentará a Rússia nas quartas de final. No golbol masculino, a seleção brasileira goleou a Grã-Bretanha por 7 a 1 e pegará a Bélgica nas quartas - no feminino, o Brasil enfrentará o Japão.
 
Após este dia de competições, a China praticamente garantiu a primeira colocação no quadro de medalhas, com 53 ouros (132 no total). Grã-Bretanha e Rússia têm 23 medalhas de ouro cada, mas os anfitriões estão em vantagem no número de pratas (30 a 22). O Brasil está na sétima colocação, com dez ouros, sete pratas e quatro bronzes.

3.9.12

Mais uma medalha para o Brasil em Londres

Foto: London2012.com
Apenas uma medalha foi ganha pelo Brasil nestes Jogos Paralímpicos hoje: Odair Santos foi prata nos 1.500 metros, categoria T11 (deficientes visuais), com o tempo de 4'03"66. O ouro ficou com o queniano Samwel Kimani, com 3'58"37 (novo recorde mundial), e o bronze com o canadense Jason Joseph Dunkerley, com 4'07"56.
 
No basquete em cadeira de rodas feminino, o Brasil se despediu sem vencer nenhum jogo: desta vez, a derrota foi por 55 a 42 para a Holanda. As duas seleções de vôlei sentado também perderam nesta rodada: a masculina para o atual campeão e favorito Irã (25/21, 25/15 e 25/17), e a feminina para os Estados Unidos (25/13, 25/20 e 25/19). A masculina enfrenta a China na última rodada para definir apenas a colocação no seu grupo - já a feminina não tem mais chances de medalha. No golbol feminino, o Brasil derrotou a Finlândia por 5 a 4 e garantiu vaga nas quartas de final. No futebol de sete, os brasileiros golearam os Estados Unidos por 8 a 0 e classificaram-se às semifinais.
 
Após mais este dia de competições, a China segue disparada na liderança no quadro de medalhas, com 46 ouros (112 medalhas no total), com a Grã-Bretanha em segundo, com 19 ouros (63 no total), e a Rússia em terceiro, com 16 ouros (49 no total), tendo vantagem sobre a Austrália no número de pratas (20 a 13). O Brasil segue na oitava colocação, com sete ouros, quatro pratas e três bronzes.

2.9.12

O garoto que venceu um mito

Foto: London2012.com
Guardem este nome: Alan Fonteles Cardoso Oliveira. Este brasileiro de 20 anos acabou de entrar para a história do paradesporto nacional ao derrotar um dos maiores paratletas de todos os tempos. Na final dos 200 metros, categoria T44 (amputados de membros inferiores) do atletismo, o jovem velocista paraense conseguiu o ouro ao superar o supercampeão sul-africano Oscar Pistorius (semifinalista dos 400 metros rasos nos Jogos Olímpicos deste ano), que era encarado como o grande favorito. O brasileiro obteve 21"45, contra 21"52 de Pistorius, que ficou com a prata. O norte-americano Blake Leeper foi bronze, com 22"46.
 
Aliás, o dia foi bem produtivo para o atletismo brasileiro nestes Jogos Paralímpicos. O Estádio Olímpico de Londres viu mais duas vitórias brasileiras neste domingo: nos 200 metros da categoria T46 (amputados de membros superiores), Yohansson Nascimento estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com o tempo de 22"05, dez centésimos à frente do vice, o cubano Raciel González - o australiano Simon Patmore foi bronze, com 22"36. Na final feminina dos 200 metros, categoria T11 (para deficientes visuais), uma dobradinha brasileira: Terezinha Guilhermina confirmou o seu favoritismo estabelecendo o novo recorde paralímpico de 24"82. A prata ficou com Jerusa Geber Santos, com 26"32 - a chinesa Jia Juntingxian foi bronze, com 26"33.
 
Mais uma vez, não foi um bom dia para o golbol brasileiro: a seleção masculina foi derrotada por 4 a 1 pela Turquia, e a feminina perdeu por 3 a 1 pela Grã-Bretanha. No basquete em cadeira de rodas, o Brasil foi mais uma vez derrotado: 65 a 51 para o Canadá. Mas a seleção de futebol de cinco segue invicta: na segunda rodada, goleada por 4 a 0 sobre os turcos - e a seleção feminina de vôlei sentado conseguiu sua primeira vitória: 3 a 2 sobre a Eslovênia (25/17, 30/28, 19/25, 21/25 e 15/7).
 
Após este quarto dia de competições, a China segue na liderança no quadro de medalhas, com 35 ouros (87 medalhas no total), com a Grã-Bretanha em segundo, com 16 ouros (54 no total), e a Austrália em terceiro, com 14 ouros (43 no total). O Brasil ocupa a sétima colocação, com sete ouros, três pratas e três bronzes.

1.9.12

Natação segue erguendo o Brasil na Paralimpíada

Foto: AFP
Mais uma vez, a natação segue sendo a base da participação do Brasil nestes Jogos Paralímpicos, em Londres. Mais dois ouros foram conquistados pelos nadadores brasileiros neste sábado: André Brasil (foto) foi o primeiro nos 100 metros borboleta, categoria S10 (com novo recorde paralímpico, 56"35), e Daniel Dias nos 200 metros livre, categoria S5 (também estabelecendo um novo recorde paralímpico, 2'27"83).
 
No judô masculino, Antônio Tenório, ouro nas últimas quatro Paralimpíadas, desta vez ficou com o bronze na categoria até 100 quilos, juntamente com o russo Vladimir Fedin. O ouro ficou com o sul-coreano Choi Gwang-Geun, e a prata com o norte-americano Myles Porter.
 
O dia brasileiro não foi bom no vôlei sentado: a seleção masculina sofreu sua primeira derrota na competição, 3 a 0 para a Bósnia-Herzegovina (25/14, 25/21 e 25/19); já a feminina estreou perdendo por 3 a 1 para a China (26/24, 25/15, 20/25 e 25/16). No basquete em cadeira de rodas feminino, as brasileiras perderam mais uma vez: 42 a 37 para a Grã-Bretanha. Porém, o Brasil estreou com vitória no futebol de sete: 3 a 0 sobre os britânicos. No golbol masculino, a seleção brasileira goleou a Lituânia por 12 a 5.
 
Após este terceiro dia, a China segue na ponta do quadro de medalhas, com 20 ouros (56 medalhas no total); a Austrália está em segundo, com 11 ouros (29 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro com nove ouros (36 medalhas no total), superando a Ucrânia no número de pratas (16 a 6). O Brasil está em oitavo lugar, com quatro ouros, duas pratas e três bronzes.