26.7.10

Enfim, o Brasil assume a hegemonia na Liga Mundial

O que parecia impossível até dez anos atrás, aconteceu. Ontem à noite, ao vencer a Rússia por 3 a 1 (25/22, 25/22, 16/25 e 25/23) em Córdoba, na Argentina, o Brasil sagrou-se campeão da Liga Mundial de Vôlei pela nona vez em sua história, assumindo a liderança dos campeões da competição anual, com a Itália havia mais de duas décadas. Os italianos, com seu vôlei no auge, na época em que foram tricampeões mundiais (1990, 1994 e 1998), ganharam oito das onze primeiras edições da Liga (entre 1990 e 2000, a Itália só não foi campeã em 1993, 1996 e 1998). No primeiro ano do novo século, o Brasil tinha apenas um título conquistado, exatamente o de 1993, em São Paulo. Desde então, em dez edições, foram oito conquistas, sendo cinco seguidas, de 2003 a 2007. Curiosamente, nesse período, o Brasil só não foi campeão nas duas fases finais disputadas em casa: em 2002, em Belo Horizonte, quando perdeu a final para a própria Rússia, e em 2008, no Rio de Janeiro, quando acabou em quarto lugar.

Agora, é pensar no futuro e na renovação que está sendo feita, com brilhantismo, pelo treinador Bernardo Rezende, o Bernardinho. A geração bicampeã mundial em 2002 e 2006, campeã pan-americana em 2007 e olímpica em 2004 (além da prata de 2008) está sendo sucedida por novos jogadores, corroborando o legado da mais bem sucedida modalidade esportiva presente no país. No fim de setembro, começará o Campeonato Mundial, na Itália, em que o Brasil tentará o tricampeonato. Mas o projeto vai mais longe: para as duas próximas Olimpíadas, em 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro). Falando a verdade, será difícil prever onde essa fase espetacular do vôlei brasileiro irá parar.

15.7.10

Os precursores dos Jogos Pan-Americanos



Começará neste sábado, na cidade porto-riquenha de Mayagüez, a 21ª edição dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe. O evento, que congrega todos os países da América Central e do Caribe, além de Colômbia, Guiana, México, Suriname e Venezuela, começou a ser disputado em 1926, na Cidade do México, com o nome de Jogos Centro-Americanos (a competição passou a ter seu nome definitivo na sua terceira edição, em 1935, em San Salvador). Sua edição de estreia teve apenas três países (Cuba, Guatemala e o anfitrião México) competindo em nove modalidades. A competição, ao longo de suas primeiras décadas, foi o principal embrião dos Jogos Pan-Americanos, cuja primeira edição foi disputada em 1951, em Buenos Aires.

Os Jogos geralmente são disputados a cada quatro anos, com algumas exceções (1935, 1959 e 1993, além do cancelamento da edição de 1942). Neste ano, quase 5 mil atletas de 31 países (Cuba decidiu não competir) disputarão medalhas em 39 modalidades. É a terceira vez em que uma cidade de Porto Rico recebe os Jogos, depois de San Juan (1966) e Ponce (1993). Assim como a edição anterior (disputada em 2006, em Cartagena, na Colômbia), algumas provas serão disputadas fora do país-sede: Bogotá (COL) sediará as provas de esqui aquático, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, patinação de velocidade e squash; a Cidade da Guatemala (GUA) sediará o pentatlo moderno; e Georgetown (GUY), sediará o rúgbi.

As competições terminarão em 1º de agosto.

13.7.10

Espanha, a nova potência esportiva

O recente título da Copa do Mundo de Futebol conquistado pela Espanha é a confirmação de algo que o mundo via há muito tempo: os espanhóis começam a se tornar uma grande potência esportiva. Além do futebol, a Espanha é a atual campeã mundial (e vice-campeã olímpica) de basquete, além de ser forte em modalidades como o tênis e a ginástica, além de não olímpicas como automobilismo e motovelocidade. O divisor de águas, consideram, foi a Olimpíada de 1992, em Barcelona - além disso, Madri acabou em segundo lugar na luta para sediar a edição de 2016.

Em 1988, nos Jogos de Seul (anteriores a sua Olimpíada), a Espanha ganhou uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze. Quatro anos mais tarde, em casa, os espanhóis tiveram um desempenho espetacular para um país que até então tinha pouca tradição: 13 ouros, 7 pratas e 2 bronzes, terminando em sexto lugar no quadro de medalhas. Em Atlanta, 1996, 5 ouros, 6 pratas e 6 bronzes - o que já mostrava uma evolução fora de seus domínios. Na mais recente Olimpíada, em Pequim, 2008, foram 5 ouros, 10 pratas e 3 bronzes. Esse crescimento de uma nação até então mediana pode ser entendido como resultado de amplos investimentos das iniciativas pública e privada no esporte espanhol. Algo que pode ser seguido aqui no Brasil, a longo prazo, aproveitando as Olimpíadas a serem realizadas no Rio, daqui a seis anos.