27.3.09

Percurso da tocha: O COI exagerou!


O Comitê Olímpico Internacional acabou de anunciar que, das Olimpíadas de Inverno de 2010 em diante, a tocha olímpica não poderá deixar o país-sede do evento. Ou seja, acaba o tradicional percurso da chama sagrada de Olímpia, na Grécia, até a cidade-sede das Olimpíadas. Isso se deve às cenas de protesto durante o percurso da tocha para Pequim, em 2008.

O COI, claro, quer preservar sua maior marca, o que é um direito dele. Mas exagerou na dose, ao proibir que a chama de Olímpia não percorra outro país que não o da cidade-sede dos Jogos. Já era previsto que haveria protestos contra o governo chinês quando foi anunciado que a chama percorreria novamente o planeta em 2008 - quatro anos antes, a volta ao mundo era justificável, visto que as Olimpíadas daquele ano seriam em Atenas, na Grécia, berço das Olimpíadas modernas. Antes, o percurso era apenas de Olímpia até o país-sede, de forma direta, sem passar pelos cinco continentes. Essa forma poderia voltar agora, mas o COI recusou.

O curioso é que, da forma que acabou de ser estipulado, o novo percurso olímpico lembrará bastante o feito pela chama pan-americana em 2007: o fogo foi aceso no México e viajou diretamente ao Brasil, percorrendo várias cidades até chegar ao Rio no dia da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos. Algo parecido será feito nas Olimpíadas de Inverno de 2010: a chama será acesa em Olímpia e percorrerá apenas cidades canadenses até ser acesa na cerimônia de abertura dos Jogos, em 12 de fevereiro do ano que vem, em Vancouver.