19.9.16

Rio encerra Paralimpíada com a sensação do dever cumprido

Os XV Jogos Paralímpicos se encerraram neste domingo, na cerimônia de encerramento realizada no Estádio do Maracanã. Como era de se esperar, muitos recordes foram batidos e os atletas tiveram o apoio maciço do público, que encheu as arenas e fez uma grande festa, que se espalhou por toda a cidade. Aliás, os cariocas deram um grande exemplo de boa organização, que encantou a todos que visitaram a cidade nesses quase dois meses de disputas esportivas.
 
Embora não tenha conseguido cumprir sua meta de chegar à quinta colocação no quadro geral de medalhas nem bater o recorde de medalhas de ouro (que permanece com as 21 conquistadas em 2012, nos Jogos de Londres), o Brasil fez um excelente papel como anfitrião da festa. Os atletas paralímpicos brasileiros conquistaram 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, 72 medalhas ao todo - recorde do país em Jogos Paralímpicos, em número de pódios. Em todos os dias de disputas, atletas brasileiros conquistaram medalhas pelo menos uma vez - e, em apenas três deles, não houve conquista de medalhas de ouro. Os destaques do país-sede foram o nadador Daniel Dias (com mais três medalhas de ouro, tornando-se o maior paratleta brasileiro da história, com 24 medalhas ganhas desde 2008), o velocista Petrúcio Ferreira dos Santos (campeão e recordista mundial nos 100 metros rasos categoria T47, para amputados de membros superiores) e a seleção de futebol de cinco (tetracampeã paralímpica na modalidade), entre tantos outros.
 
A China consolidou sua condição de maior potência paralímpica da atualidade, com incríveis 107 medalhas de ouro (239 no total), com a Grã-Bretanha em segundo, com 64 ouros (147 no total) - assim como aconteceu na Olimpíada, nesta Paralimpíada os britânicos fizeram no Rio uma campanha superior à que haviam feito em Londres, quatro anos atrás: em casa, conquistaram 30 medalhas de ouro a menos. A Ucrânia ficou na terceira colocação, com 41 ouros, um a mais do que os Estados Unidos. A Austrália terminou em quinto, 21 ouros.
 
Agora a bola está com o Japão: sua capital Tóquio será o grande centro do esporte mundial em 2020. Os Jogos da XXXII Olimpíada serão disputados de 24 de julho a 9 de agosto, sendo a primeira cidade asiática a receber uma segunda Olimpíada (no total, será a quarta sediada pelos japoneses, que receberam os Jogos de Inverno de 1972, em Sapporo, e de 1998, em Nagano). Já os XVI Jogos Paralímpicos serão de 25 de agosto a 5 de setembro (Tóquio será a primeira cidade a receber uma Paralimpíada de Verão pela segunda vez - sediou a segunda edição, em 1964).

8.9.16

Com bela festa, Rio abre sua Paralimpíada

Foto: Divulgação
O Estádio do Maracanã recebeu com uma belíssima festa a cerimônia de abertura dos XV Jogos Paralímpicos, os primeiros a serem realizados na América Latina. Os pontos altos foram o desfile das 161 delegações participantes (aberto pelos atletas paralímpicos independentes e encerrado pelo Brasil, o país-sede) e o acendimento da pira pelo nadador Clodoaldo Silva, detentor de 12 medalhas paralímpicas, metade delas de ouro. Cerca de 4.300 atletas disputarão medalhas em 22 modalidades esportivas, até o dia 18.