18.12.08

Nenhuma surpresa. Nada mais justo



O Prêmio Brasil Olímpico 2008 foi entregue nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. Nenhuma surpresa entre os grandes vencedores da noite: o nadador César Cielo Filho e a saltadora Maurren Higa Maggi ganharam os prêmios de Atletas do Ano. Nada mais justo, visto que foram os grandes destaques do país nas Olimpíadas de Pequim.

Cielo superou todas as dificuldades que um nadador costuma sofrer no Brasil. Por causa dessas dificuldades, ele foi à luta. Foi ao exterior estudar e competir, com os próprios esforços e os de sua família. A persistência foi premiada com a primeira medalha de ouro olímpica da história da natação brasileira, nos 50 metros livre, com direito a recorde olímpico. Concorreu ao prêmio de melhor atleta masculino de 2008 com o ginasta Diego Hypolito (recentemente tricampeão do solo na Copa do Mundo de Ginástica) e o iatista Robert Scheidt (vice-campeão olímpico da classe Star, juntamente com Bruno Prada).

Já a luta de Maurren foi mais árdua. Depois de cumprir pena de dois anos por doping, voltou a competir em 2005. Os resultados logo surgiram, passando pelo bicampeonato pan-americano em 2007. Mas o apogeu surgiu em Pequim, com o ouro olímpico no salto em distância. Tornou-se a primeira atleta brasileira a ganhar um ouro olímpico individualmente. Concorreu ao prêmio de melhor atleta feminina do ano com a judoca Ketleyn Quadros (a primeira atleta brasileira medalhista olímpica individual, ganhando o bronze pouco mais de uma semana antes de Maurren conquistar o ouro) e a lutadora de taekwondo Natália Falavigna (que também conquistou o bronze).

A premiação encerrou o ciclo olímpico no Brasil, e coroou o grande ano destes dois grandes atletas.

16.12.08

Uma nova esperança para o basquete brasileiro



Surgiu uma nova esperança para o basquetebol brasileiro, em crise no masculino, que não consegue disputar Olimpíadas desde 2000 e só faz dar vexames em Mundiais. Foi lançada nesta segunda-feira, em São Paulo, a Liga Nacional de Basquete, que pretende revitalizar a modalidade no Brasil.

É a segunda tentativa de reerguer o esporte em território nacional - a primeira foi há três anos, quando o ex-jogador Oscar Schmidt, o maior cestinha de todos os tempos, criou juntamente com Hortência e Paula a NLB (Nossa Liga de Basquetebol), que sucumbiu aos conflitos com a CBB e seu presidente, Gerasime Bozikis. Mas, agora, a necessidade de crescer, depois de anos de campanhas pífias da seleção nacional, parece ter convencido o dirigente máximo da modalidade, que deu aos clubes o poder de organizar uma competição no Brasil.

A nova competição, batizada NBB (Novo Basquete Brasil), será disputada por 15 dos 19 fundadores da Liga: Araraquara, Assis, Bauru, Brasília, Flamengo (atual campeão nacional), Franca, Joinville, Lajeado, Limeira, Minas Tênis, Paulistano, Pinheiros, Saldanha da Gama, São José e Vila Velha. Na primeira fase, os 15 times se enfrentarão, em turno e returno, todos contra todos. Os oito primeiros se classificarão às quartas-de-final.

É uma bela iniciativa, mas ainda pode melhorar. Dentro de alguns anos, vários clubes irão querer participar - nada mais justo que uma segunda divisão ser criada para o basquete, muito embora o presidente da LNB, Kouros Monadjemi, não pense nisso. Seria incentivada, assim, a volta de vários clubes tradicionais que estão parados, como o Vasco da Gama, o Botafogo e o Ribeirão Preto.

De todo modo, que a nova Liga logre sucesso. Afinal de contas, é disso que o nosso tão combalido basquete anda precisando.