24.10.12

As imperfeições e polêmicas do edital do Maracanã

Foto: Agência O Globo
Foi divulgada nesta semana a minuta do edital de concessão do Complexo Esportivo do Maracanã à iniciativa privada, e nela há vários pontos polêmicos e que merecem reflexão. Entre eles, a confirmação de que o estádio de atletismo Célio de Barros e o complexo aquático Júlio Delamare (foto) - que sediou o torneio de polo aquático nos Jogos Pan-Americanos de 2007 - serão demolidos e reconstruídos em outro terreno perto dali, pertencente ao Exército. Essas novas instalações, porém, seriam apenas para treinamento, não servindo para competições oficiais. No lugar das antigas arenas, deverão ser construídos estacionamentos e o novo Museu do Futebol do Maracanã. Mas tem mais.
 
Segundo a minuta, o ginásio Gilberto Cardoso - o famoso Maracanãzinho - deverá sofrer uma nova reforma, principalmente no piso e na acústica. Além disso, terá que perder cerca de dois mil lugares, diminuindo dos atuais 11.424 para 9.914. Só que há um problema: de acordo com o Comitê Olímpico Internacional, as competições de vôlei dos Jogos Olímpicos terão que ter um público mínimo de 12 mil espectadores. E o ginásio está programado para receber a modalidade em 2016.
 
Ainda há tempo para fazer mudanças. Mas relatos dão conta de que não é tão necessário fazer reformas no ginásio, considerado um dos mais modernos do país. Essa obsessão dá margem a desconfianças de pretensão de superfaturamento, mesmo numa concessão à iniciativa privada por 35 anos. O Maracanãzinho é elogiado desde o Pan de 2007 e, por isso, não há a necessidade de modificações. Que, no final das contas, o bom senso prevaleça.

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