5.7.11

Olimpíadas de Inverno 2018: Poucas candidatas, muitas promessas

Está sendo realizada em Durban, na África do Sul, a 123ª sessão do Comitê Olímpico Internacional. Em seu encerramento, amanhã, o presidente do COI, Jacques Rogge, anunciará a cidade eleita como sede dos XXIII Jogos Olímpicos de Inverno, que serão em 2018. Diferentemente do que ocorre na sua versão mais famosa, a de verão (em que cidades do mundo inteiro costumam se acotovelar pelo simples direito de ser candidata a sede), para estas Olimpíadas de Inverno há apenas três cidades candidatas: a francesa Annecy, a alemã Munique e a sul-coreana Pyeongchang. Poucas cidades candidatas, mas muitas promessas de grandiosidade.


A candidatura mais modesta parece ser a da francesa Annecy, a menos cotada para vencer a disputa - apesar de não faltar experiência à França, que sediou três edições das Olimpíadas de Inverno (a primeira, em 1924, em Chamonix; 1968, em Grenoble; e 1992, em Albertville). Annecy, aliás, é quase vizinha a Chamonix (pouco mais de 100 quilômetros de distância), prevista para ser subsede olímpica em caso de vitória.


As duas adversárias são as grandes favoritas, e lutam, cada uma a seu modo, pelo ineditismo. Munique quer ser a primeira sede de uma Olimpíada de Verão (em 1972) a também receber os Jogos de Inverno. Assim como a candidatura francesa, a cidade da região da Baviera pretende usar como local de competição uma sede anterior, Garmisch-Partenkirchen (única cidade da Alemanha a receber o evento, em 1936, mesmo ano em que sua capital Berlim recebeu os Jogos de Verão). Os alemães contam com um elenco de grandes esportistas do passado e do presente para tentar convencer o Colégio Eleitoral do COI, para que sedie sua primeira Olimpíada após a reunificação, em 1990.


Já a cidade de Pyeongchang, na Coreia do Sul, tem a persistência (é a terceira candidatura seguida) como trunfo, além de ser mais identificada pelo gosto de novidade que tanto anda sensibilizando o COI há vários anos. No Extremo Oriente, apenas o Japão sediou Olimpíadas de Inverno (Sapporo, em 1972, e Nagano, em 1998). Ou seja, a busca por novos horizontes (algo explicitado por seu lema) norteia a candidatura - os Jogos seriam sediados em um país inédito pela segunda vez consecutiva, já que a Rússia receberá pela primeira vez em 2014, em Sochi.


Tudo leva a crer que, depois de perder por pouco duas vezes (para Vancouver e Sochi), desta vez Pyeongchang tem tudo para levar essa. O segredo, dizem, é vencer logo na primeira rodada por maioria absoluta de votos, já que são apenas três cidades candidatas. Como Annecy deverá ser a última colocada, um duelo entre Munique e Pyeongchang na rodada decisiva pode ter resultados imprevisíveis. O nível entre as duas favoritas é tão grande que, caso Pyeongchang vença para 2018, Munique largará desde já como a grande favorita para 2022.

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