26.8.08

Participação do Brasil: Não foi um desastre, mas poderia ser melhor



Dois dias depois do final das Olimpíadas de Pequim, vários setores da sociedade criticam o que consideram um retrocesso na participação brasileira na maior competição esportiva mundial. De fato, houve um recuo no número de medalhas de ouro em relação aos Jogos de Atenas, em que nossos atletas subiram ao lugar mais alto do pódio, duas a mais. Na verdade, não houve uma resposta satisfatória ao alto investimento do governo e do COB nos atletas do Brasil, para os Jogos de Pequim.

Mesmo assim, há quem diga que houve um saldo positivo. O COB afirma que Pequim marcou a melhor participação brasileira em Jogos Olímpicos, o que é considerado longe da realidade. De todo modo, não há aquela sensação de impotência que atingia nossos atletas até bem pouco tempo atrás: sem contar o fiasco nos Jogos de Sydney, em 2000, quando nenhuma medalha de ouro foi ganha pelo Brasil, desde 1992 nossos atletas ganham mais de uma medalha de ouro em cada Olimpíada.

O fato, porém, dados os investimentos estatais, é que a participação brasileira poderia ter sido melhor em Pequim. Faltou um maior preparo psicológico a vários atletas de ponta, o que impediu que várias medalhas, que eram dadas como certas antes dos Jogos, fossem conquistadas. O próprio COB admitiu o problema, tanto que pretende prestar atenção nesse fato nos próximos anos. A esperança é que ocorra a mesma coisa que aconteceu nos dias seguintes ao encerramento dos Jogos de Sydney: que nossos dirigentes tomem consciência de que cada detalhe no trabalho é fundamental para alcançar o sucesso.

Cabe também incentivar o trabalho de base, com a educação física nas escolas. Mas o esporte é apenas um instrumento de melhoria da sociedade, não o canal principal. Acima da formação de atletas, que sejam formados cidadãos de bem. Afinal, é disso que o nosso país anda precisando.

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