10.10.10

Mundial de Vôlei: Uma final justa

A final do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei, na Itália, reúne as duas melhores seleções da competição: a melhor da primeira década do século XXI e a que volta aos bons tempos, candidatando-se a ser uma grande potência do voleibol masculino, assim como sempre foi no feminino.

O Brasil superou a força da anfitriã Itália, incluindo a pressão da torcida, e venceu com autoridade, por 3 a 1 (25/15, 25/22, 23/25 e 25/17), classificando-se para a quarta final de sua história, a terceira seguida (foi campeão em 2002 e 2006, e vice em 1982). Estar a um jogo do tricampeonato é a confirmação da força da equipe treinada por Bernardinho, que já conquistou a Liga Mundial neste ano - mostra como a renovação da equipe pode render bons frutos, dando um grande exemplo ao esporte brasileiro, tão carente de políticas esportivas que deem produtividade.

Mas o tri não será nada fácil. No caminho, estará a seleção de Cuba, que derrotou na semifinal a Sérvia, por 3 a 2 (22/25, 25/17, 31/29, 22/25 e 16/14), numa grande partida que antecedeu a vitória brasileira. Os jogadores cubanos talvez sejam os mais fortes fisicamente do voleibol mundial na atualidade. Eles vêm combinando a força física com grandes atuações (entre elas, uma vitória sobre o próprio Brasil na primeira fase), que os levaram à sua segunda final de Mundial (Cuba foi vice-campeã em 1990). Além disso, os cubanos se ressentem de não terem tanta tradição de títulos masculinos quanto têm entre as mulheres (tricampeãs mundiais, em 1978, 1994 e 1998, e olímpicas, em 1992, 1996 e 2000): eles só ganharam uma medalha olímpica (o bronze em 1976), uma Liga Mundial (1998) e uma Copa do Mundo (em 1989, enquanto elas foram tetracampeãs da mesma competição). Os homens da seleção cubana querem impor uma nova era do vôlei, começando com a conquista de um inédito título mundial. Mas terão que passar pelo Brasil.

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