3.10.10

De ética e de regulamentos

A polêmica derrota da seleção masculina de vôlei do Brasil para a Bulgária, por 3 a 0 (25/18, 25/20 e 25/20) abre uma discussão sobre as relações entre esportividade e ética. Até que ponto uma seleção joga com o regulamento no braço a ponto de ter que perder uma partida para pegar uma chave mais fácil mais à frente?

Neste ano, o regulamento do Mundial de Vôlei causa confusão, principalmente pelas constantes divisões em grupos, abrindo a possibilidade de entregar partidas para pegar grupos mais fáceis no futuro. Alguns resultados foram bem estranhos, como a vitória da Espanha sobre a Rússia, nesta segunda fase. Dizem que é para favorecer a anfitriã Itália, invicta na competição. As divisões em grupos em fases seguintes de torneios não costumam fazer muito sucesso: basta que, no futebol, as Copas do Mundo de 1974, 1978 e 1982 seguiram esse tipo de regra e também foram cercados de resultados esquisitos. O melhor seria fazer as fases eliminatórias, como em qualquer competição que se preze, para evitar esse tipo de problema.

Estes são os grupos da Terceira Fase, com o primeiro de cada se classificando para as semifinais:

  • Grupo O (Roma): Itália, Estados Unidos e França
  • Grupo P (Florença): Sérvia, Argentina e Rússia
  • Grupo Q (Florença): Espanha, Bulgária e Cuba
  • Grupo R (Roma): República Tcheca, Alemanha e Brasil

Amanhã, o Brasil enfrenta a República Tcheca. Na quarta, pega a Alemanha.

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