25.7.08

COI impede participação do Iraque nas Olimpíadas de 2008


A apenas 15 dias da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Pequim, o Comitê Olímpico Internacional decidiu não permitir a participação do Iraque no megaevento esportivo. A punição se deveu à interferência do governo no Comitê Olímpico Nacional Iraquiano, que está em crise desde o seqüestro de seu presidente, em 2006.

Em 2004, o Iraque tinha disputado os Jogos de Atenas depois de um período conturbado: até o ano anterior, o Comitê nacional era presidido por Udai Hussein (filho do então ditador Saddam Hussein), que era constantemente acusado de prender e torturar atletas que não obtivessem resultados satisfatórios ou que fossem dissidentes do regime. Na Grécia, os iraquianos tiveram uma participação honrosa: sua seleção de futebol acabou num surpreendente quarto lugar, perdendo o bronze para a Itália. Desta vez, porém, não houve jeito.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim, em nota oficial, lamentou que o Iraque não possa disputar o evento, embora ressalte que trata-se de um assunto interno do COI, que deu um tempo para que os iraquianos arrumassem a casa, mas nada foi feito. O COI não permite a interferência de governos nos comitês olímpicos nacionais. O Iraque teria sete atletas nos Jogos de Pequim, que competiriam em atletismo, halterofilismo, judô e remo.

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