27.7.07

Ela, a vaia

Os Jogos Pan-Americanos do Rio, por representarem um raro evento esportivo de alto nível em território brasileiro, vêm se notabilizando pela intensa participação da torcida nacional - para o bem e para o mal.

Se os nossos torcedores têm ampla participação na excelente campanha brasileira nas competições, fazendo com que o Brasil tenha sua melhor participação na história do Pan (estamos lutando pelo segundo lugar no quadro geral de medalhas com Cuba, o que era inimaginável até então), com incentivos efusivos, eles também atrapalham muito com um ingrediente incômodo: a vaia.

As vaias estão em voga desde a cerimônia de abertura, usada como sinal de protesto contra a situação política do país - mas agora ela é usada como uma constrangedora arma de intimidação. A monocultura futebolística da população brasileira (que costuma separar a Humanidade entre amigos e inimigos), combinada aos poucos acontecimentos esportivos no país e às rivalidades adquiridas, provoca esse tipo de coisa.

Somente um largo período de educação e noções de respeito com uma maior constância de eventos esportivos pode mudar essa situação. Senão, fica difícil não se envergonhar.

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