24.9.10

Um mau começo que escancara a má fase


O Mundial Feminino de Basquete começou nesta quinta, na República Tcheca, e a estreia do Brasil não foi nada boa: derrota por 61 a 60 para a Coreia do Sul, de quem tinha perdido também na estreia nas Olimpíadas de 2008. Mais do que um insucesso, a primeira partida do Brasil evidencia a má fase do basquete feminino nacional, em contraponto à recuperação do masculino.

De acordo com Fábio Balassiano em seu Bala na Cesta, a falta de grandes jogadoras como Maria Helena (da seleção terceira colocada em 1971, que, dizem, só não disputou as Olimpíadas de 1972 porque o basquete feminino só estreou no programa olímpico em 1976), Hortência e Paula (da equipe campeã mundial em 1994 e vice-campeã olímpica em 1996) é um problema sério para a seleção atual. Não há uma política de massificação do basquete entre as mulheres no Brasil; a equipe nacional vive de ciclos como os acima mencionados. Além disso, o campeonato nacional é fraco e restrito a poucos estados (para se ter uma ideia, mais da metade dos clubes participantes é de São Paulo). Como consequência, bons resultados são apenas originados de circunstâncias ou golpes de sorte, como o bronze olímpico de 2000 e os quartos lugares nas Olimpíadas de 2004 e no Mundial de 2006 (este, em casa). Para 2012 e 2016, isso terá que ser revertido.

No outro jogo do Grupo C, a Espanha derrotou Máli por 80 a 36. Hoje o Brasil enfrenta as malinesas, e uma vitória será fundamental para a classificação à segunda fase da competição. Nos demais jogos, a Austrália, atual campeã, arrasou o Canadá (72 a 47) e a Bielorrússia venceu a China (68 a 57) pelo Grupo A; pelo B, os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos, venceram a Grécia (99 a 73) e a França derrotou o Senegal (83 a 45); pelo Grupo D, a Rússia venceu o Japão (86 a 63) e a anfitriã República Tcheca derrotou a Argentina (67 a 53).

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