19.8.07

Missão cumprida. Ou quase



A terceira edição dos Jogos Parapan-Americanos se encerrou hoje, no Rio, com a confirmação de duas coisas: a força do Brasil em competições paradesportivas (o país-sede foi o grande vencedor da competição, terminando em primeiro lugar no quadro geral de medalhas, com 83 ouros, 228 no total; o segundo colocado foi o Canadá, com 49 ouros); e o entrelaçamento definitivo do Pan e do Parapan quanto à cidade-sede: o Comitê Paraolímpico das Américas confirmou que a sede dos Jogos Parapan-Americanos de 2011 será mesmo a cidade mexicana de Guadalajara, que também sediará o Pan no mesmo ano.

Tudo bem, mas... As cerimônias de abertura e encerramento poderiam ter sido mais bem cuidadas, isso é fato. A de abertura, no domingo passado, realizada na Arena Olímpica do Rio, foi uma cópia-carbono e em níveis reduzidos da do Pan. Os organizadores poderiam ter criado uma cerimônia mais original, enfatizando a superação dos limites. Além disso, ela foi restrita a convidados das três esferas de governo, e nem todos compareceram - pra falar a verdade, uma minoria marcou presença nas cadeiras da Arena, fazendo-a ficar quase vazia. Se não podia fazer como fariam durante a competição - ou seja, entrada franca -, pelo menos poderiam fazer os que queriam assistir trocarem alimentos não-perecíveis por convites. Não faltariam interessados, com certeza.

Com a de encerramento, realizada hoje, foi ainda pior. Anteriormente, ela estava marcada também para a Arena Olímpica do Rio. Nesta quinta-feira, porém, os organizadores a transferiram para a Vila Pan-Americana, fazendo-a ficar restrita aos atletas e às autoridades. Ou seja, fechada ao público que queria coroar a bela campanha dos nossos paratletas. Pegou mal.

Ou seja, os organizadores perderam a oportunidade de fazer dos Jogos Parapan-Americanos de 2007 ainda melhores do que foram. Mesmo assim, valeu pela força de superação de nossos atletas, que venceram todos os limites (dos físicos aos financeiros) para dar o seu recado.

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