17.8.07

Cadê a surpresa?

Muitos estão se surpreendendo com a ótima campanha do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos. Os organizadores e a grande maioria dos torcedores esperavam que os anfitriões brigassem, no máximo, pela terceira posição com o México. Como todas as modalidades do evento são classificatórias ou passíveis de índice para os Jogos Paraolímpicos de Pequim, em 2008, as grandes forças esportivas do continente (Estados Unidos e Canadá) decidiram trazer suas principais forças paradesportivas ao Rio. Mesmo assim, o Brasil está disparado na frente no quadro de medalhas (na noite da sexta-feira 17 de agosto, antepenúltimo dia de competições, o país anfitrião tinha 58 medalhas de ouro, 18 à frente do vice-líder Canadá - no total, 167 medalhas e ainda contando).

Para o Olimpismo, porém, essa grande campanha não surpreende. Pra quem não sabe, o Brasil tem grande tradição em modalidades paradesportivas. O país costuma fazer grandes campanhas em Paraolimpíadas, costumando inclusive figurar nas primeiras posições no quadro de medalhas (em 2004, nos Jogos de Atenas, o Brasil ficou na 14ª posição, com 14 ouros e 33 medalhas no total). Disputando em casa e com o apoio da torcida, então, o primeiro lugar é até natural.

Que este evento seja um divisor de águas para que aqueles que superam os limites que lhes são dados pelos fatos da vida sejam vistos com mais atenção, tanto pelo público, quanto pela mídia e os empresários interessados em atrelar suas marcas a grandes atletas - mas, acima de tudo, a grandes vencedores.

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