11.9.14

A síndrome do terceiro período tira o Brasil do Mundial

Foto: AFP
O Brasil tinha uma grande oportunidade de voltar a disputar uma semifinal de Mundial de Basquete depois de 28 anos - a última vez foi em 1986, na mesma Espanha que recebe a edição deste ano. Os brasileiros tinham enfrentado a Sérvia na primeira fase e vencido por 81 a 73, em uma partida marcada por algo recorrente nas partidas da equipe: a péssima atuação no quarto pós-intervalo, o terceiro. Nos demais, os brasileiros haviam feito uma partida irrepreensível.
 
Nas oitavas de final, os sérvios (que derrotaram apenas Irã e Egito na primeira fase) eram os francoatiradores contra a Grécia, que estava invicta e era a favorita. Porém, fizeram uma partida espetacular e venceram com sobras, 90 a 72. O Brasil também jogou muito bem na revanche com a Argentina, derrotando os vizinhos por 85 a 65. Portanto, nada mais natural que houvesse uma partida bem equilibrada no confronto das quartas de final. Porém, não foi bem isso o que aconteceu: combinando uma excelente atuação dos herdeiros da escola iugoslava pentacampeã mundial com uma tenebrosa atuação dos brasileiros (notadamente no terceiro período, sempre ele), a Sérvia derrotou o Brasil com sobras: 84 a 56. O resultado levou os sérvios para sua segunda semifinal consecutiva (em 2010, na Turquia, acabaram em quarto lugar).
 
Na semifinal, a Sérvia enfrentará a França, atual campeã europeia, que surpreendeu a Espanha em seus domínios e venceu por 65 a 52 (os espanhóis haviam vencido por 88 a 64 na primeira fase). A partida será nesta sexta-feira, em Madri. Na semifinal de Barcelona, hoje, os Estados Unidos (que derrotaram a Eslovênia por 119 a 76), últimos invictos desta Copa do Mundo, pegam a Lituânia (que eliminaram nas quartas a Turquia, atual vice-campeã mundial: 73 a 61).
 
Com a eliminação para a Sérvia e a derrota da Espanha para a França, o Brasil terminou a competição em sexto lugar - sua melhor colocação em 24 anos (desde o quinto lugar obtido em 1990, no Mundial disputado na Argentina).

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