22.12.13

As meninas do handebol conseguem sua grande glória

Foto: AFP
Sabia-se que o handebol brasileiro já tinha um enorme potencial a ser explorado - principalmente entre as mulheres, que se firmavam aos poucos entre as melhores do mundo. Só faltava uma grande conquista à equipe brasileira, tetracampeã pan-americana (ganha o ouro continental desde 1999) e colocada entre as oito melhores do mundo (chegou às quartas de final no Mundial de 2011, disputado em casa, e nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres). Agora, não falta mais: o Brasil conquistou neste domingo, em Belgrado, na Sérvia, o inédito título mundial feminino de handebol, com a vitória por 22 a 20 sobre as donas da casa.

Para se ter a ideia deste feito, esta tinha sido a primeira classificação de uma seleção do continente americano para uma final do Mundial, que é disputado desde 1957 - e apenas a segunda de uma equipe não europeia, já que a Coreia do Sul (grande potência na modalidade, bicampeã olímpica) foi campeã ao derrotar a Hungria em 1995; a maior vencedora do torneio é a Rússia, com quatro títulos conquistados. As brasileiras, comandadas por Morten Soubak, mostraram que estão em excelente fase ao serem campeãs vencendo as nove partidas disputadas.

O próximo Mundial Feminino de Handebol será disputado em 2015, na Dinamarca.

18.12.13

Okimoto e Zarif são os melhores do ano

Foto: AFP
Foi entregue nesta terça-feira, em São Paulo, mais uma edição do Prêmio Brasil Olímpico, organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro para premiar os melhores atletas do ano em cada modalidade olímpica. Por causa do cinquentenário dos Jogos Pan-Americanos de 1963, disputados na capital paulista, foram homenageados os medalhistas brasileiros ainda vivos naquela competição. O ex-velejador Torben Grael ganhou o Troféu Adhemar Ferreira da Silva pela carreira. Além disso, foram premiados os treinadores José Roberto Guimarães (vôlei) e Marcos Goto (ginástica artística) como os melhores do ano, respectivamente no coletivo e no individual.
 
Nas mais importantes premiações do ano, a maratonista aquática Poliana Okimoto (vencedora de três medalhas, incluindo uma de ouro, no Mundial disputado em Barcelona) foi a vencedora entre as mulheres, como a melhor atleta do ano, superando a judoca Rafaela Silva (campeã mundial) e a pentatleta Yane Marques (vice-campeã mundial). No masculino, o velejador Jorge Zarif (campeão mundial na classe Finn) surpreendeu ao vencer o ginasta Arthur Zanetti (campeão mundial nas argolas) e o nadador César Cielo (tricampeão mundial nos 50 metros, nado livre).

9.11.13

Faltam mil dias!

Neste sábado, faltam exatos 1.000 dias para o início dos Jogos da XXXI Olimpíada. Como seria de se imaginar, a cidade do Rio de Janeiro está um verdadeiro canteiro de obras. Como consequência, a população sofre com engarrafamentos diários - porém, espera-se que esse tipo de problema diminua bastante à medida em que as obras fiquem prontas. As obras de infraestrutura prometidas pela candidatura carioca estão em andamento, como a construção de novas linhas do Metrô e vias de acesso pela cidade - obras que, ressalte-se, dificilmente sairiam do papel se o Rio não tivesse sido eleito.

Porém, algumas demoras causam certa apreensão - como, por exemplo, o Complexo Esportivo de Deodoro, que abriga modalidades como o tiro esportivo, o hipismo e o pentatlo moderno, que deverá iniciar obras apenas no próximo ano. O grande centro dos Jogos, o Centro Olímpico de Treinamento, em Jacarepaguá, porém, já está com sua construção a pleno vapor. O local das cerimônias de abertura e de encerramento, o Estádio do Maracanã, ficou pronto neste ano para a Copa das Confederações, e será usado na Copa do Mundo do próximo ano.

8.11.13

A pouco mais de mil dias dos Jogos, pictogramas revelados

Foram divulgados ontem, no Rio, os pictogramas de todas as modalidades a serem disputadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. São 64 figuras, 41 de modalidades olímpicas e 23 de paralímpicas - pela primeira vez, rigorosamente todas as modalidades e suas variações estão representadas.
 
O conceito de pictograma - representação de cada modalidade esportiva através de desenho - foi criado em 1948, nos Jogos de Londres, mas começou a se consolidar em 1964, em Tóquio. Desde então, passou a representar, ao mesmo tempo, as modalidades esportivas e aspectos culturais de cada cidade-sede. No caso do Rio, a referência foi a fonte usada nas letras da logomarca olímpica, que remete a paisagens da cidade, como o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e a Pedra da Gávea.

12.10.13

Com surpreendente facilidade, Lima sediará o Pan

Foi mais fácil do que se imaginava - na verdade, foi um verdadeiro massacre. Sim, a capital peruana era a grande favorita, mas não se esperava tamanha facilidade na votação que decidiu a sede dos Jogos Pan-Americanos de 2019, nesta sexta-feira, na sessão da ODEPA em Toronto, no Canadá - que sediará a edição de 2015, por sinal. Com 31 de 57 votos dados, Lima venceu a eleição logo na primeira rodada de votações e sediará a 18ª edição dos Jogos Pan-Americanos, além da sexta dos Jogos Parapan-Americanos. La Punta (ARG) e Santiago (CHI) tiveram nove votos cada; Ciudad Bolívar (VEN) teve oito.

Valeu a experiência adquirida na votação para sediar o Pan de 2015, na qual Lima ficou em segundo lugar, bem atrás de Toronto. Isso faz lembrar a estratégia do Rio de Janeiro em 2004, quando se candidatou a sede dos Jogos Olímpicos de 2012 - os cariocas não passaram da primeira fase de avaliação, ficando em sétimo lugar entre nove pré-candidatas (classificaram-se como cidades candidatas pelo COI, naquela ocasião, Paris, Madri, Londres, Nova Iorque e Moscou, nessa ordem; a alemã Leipzig ficou em sexto, e o Rio ficou à frente apenas de Istambul e Havana. Na fase final, no ano seguinte, Londres acabou eleita). Depois que o Rio foi eleito sede dos Jogos de 2016, em outubro de 2009, foi revelado que o fato de a cidade ter se postulado a sediar os Jogos de 2012, mesmo tendo pouquíssimas chances, era para ganhar experiência para a edição seguinte, no que acabou sendo bem-sucedida.

Os XVIII Jogos Pan-Americanos serão disputados de 26 de julho a 11 de agosto de 2019.

11.10.13

Na eleição para 2019, o Pan segue em sua afirmação

Nesta sexta-feira, será eleita na sessão da ODEPA (Organização Desportiva Pan-Americana) em Toronto, no Canadá, a cidade-sede dos XVIII Jogos Pan-Americanos e dos VI Jogos Parapan-Americanos. Uma coisa é certa: depois de 12 anos (a mais recente foi no Rio, em 2007), a maior competição esportiva das Américas voltará a ser disputada na América do Sul. Ciudad Bolívar (VEN), La Punta (ARG), Lima (PER) e Santiago (CHI) são as quatro cidades candidatas. E tudo indica que os Jogos voltarão a ser disputados numa capital nacional depois de 16 anos (a última foi em 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana; a última vez em que o evento foi numa capital sul-americana foi em 1983, em Caracas, na Venezuela), pois Lima e Santiago são consideradas as favoritas para a vitória.


As demais candidatas o fazem mais para se afirmarem no cenário de seus países, auxiliando no seu crescimento em seus respectivos âmbitos nacionais. Localizada ao norte do estado de Bolívar, sudeste venezuelano, Ciudad Bolívar conta com uma presença esportiva relevante, no qual o grande destaque é o esgrimista Rubén Limardo, atual campeão olímpico na espada individual. A estrutura esportiva da cidade, com amplos ginásios, piscinas e centros de treinamento, é das mais importantes da Venezuela. Já a cidade argentina de La Punta, localizada na província de San Luis, terá que praticamente começar do zero caso ganhe a eleição, visto ter apenas um estádio de renome.


Já as duas capitais envolvidas deverão ser as que lutarão até o fim. Lima foi derrotada por Toronto (CAN) na corrida para sediar o Pan de 2015, mas ganhou experiência para tentar novamente receber o evento. Embora tenha recebido apenas os Jogos Sul-Americanos de 1990, a capital peruana confia na sua crescente estrutura esportiva, que inclui o remodelado Estádio Nacional. Já Santiago busca se redimir com o movimento esportivo pan-americano, visto ter desistido de sediar o evento duas vezes: em 1975, ainda em convulsão política devido ao golpe militar de dois anos antes, e em 1987, devido a dificuldades financeiras. A capital chilena tem uma das mais vistosas infraestruturas da América do Sul, e sediará a próxima edição dos Jogos Sul-Americanos, em 2014 (o fará pela segunda vez, já que isso ocorreu também em 1986). Além disso, o Chile receberá duas importantes competições de futebol em 2015: a Copa América e a Copa do Mundo Sub-17 (competições recentemente sediadas também pelos peruanos, ressalte-se).


Porém, mais do que decidir quem sediará o Pan de 2019, a eleição de hoje reafirma o crescimento da competição, depois de anos sendo ignorada por muita gente. Segundo registros, é a primeira vez em que um Pan tem tantas cidades querendo recebê-lo. Em toda a história da competição, houve registros de candidatura única, como a que elegeu Guadalajara a sede em 2011. Em 2002, quando o Rio ganhou o direito de sediar em 2007, teve apenas a norte-americana San Antonio como candidata. Já para 2015, Toronto derrotou Lima e a colombiana Bogotá. Tal crescimento apenas nos faz afirmar o quanto os Jogos Pan-Americanos, enfim, estão crescendo em importância no cenário esportivo internacional. Que continue assim, pois.

10.9.13

Ex-esgrimista alemão é o novo presidente do COI

Foto: AFP
Depois da vitória de Tóquio na corrida para sediar os Jogos Olímpicos de 2020, a 125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional prosseguiu em Buenos Aires. No domingo, ficou decidido que a luta olímpica não deixará o programa dos Jogos depois de 2016, risco que corria depois do limbo em que foi posta pelo COI. No final, a modalidade foi a mais votada para ser incluída no programa de 2020, à frente do beisebol (com o softbol a tiracolo) e do squash.
 
Mas o ápice final da reunião da família olímpica se deu nesta terça-feira, com a eleição do novo presidente do COI. Concorriam à sucessão do belga Jacques Rogge o alemão Thomas Bach, o ucraniano Sergey Bubka, o porto-riquenho Richard Carrión, o cingapuriano Ng Ser Miang, o suíço Denis Oswald e o taiwanês Wu Ching-Kuo. Bach, campeão olímpico na esgrima em 1976 (no florete, por equipes), era o favorito e foi o eleito, na segunda rodada de votações. É o décimo presidente do COI, em 119 anos de história da entidade.

7.9.13

56 anos depois, Tóquio voltará a ser a capital esportiva mundial

Foto: Getty Images
Uma das maiores cidades do planeta, a capital da Terra do Sol Nascente confirmou seu favoritismo neste sábado. Na 125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizada em Buenos Aires, na Argentina, Tóquio foi eleita a cidade-sede dos Jogos da XXXII Olimpíada e dos XVI Jogos Paralímpicos, a serem realizados em 2020.

Primeira cidade asiática a receber uma Olimpíada, em 1964, Tóquio escora-se na sua estabilidade financeira para organizar a sua segunda edição olímpica. Experiência também não falta aos japoneses: contando edições de Verão e de Inverno, esta será a quarta Olimpíada que o Japão receberá (sediou também duas Olimpíadas de Inverno: em 1972, na cidade de Sapporo, e em 1998, em Nagano). E, seguindo os mesmos critérios, esta será a segunda Olimpíada consecutiva no Extremo Oriente: a sul-coreana Pyeongchang sediará a Olimpíada de Inverno em 2018, fazendo com que haja um ciclo olímpico inteiro na região.

Na primeira rodada de votação, Tóquio obteve a liderança com 42 votos - caso tivesse obtido mais sete, ganharia de forma direta. Mas isso não aconteceu, e as demais concorrentes terminaram empatadas: Istambul e Madri tiveram 26 votos cada. No desempate, os turcos tiveram 49 votos, contra 45 dos espanhóis, que corriam por fora e eram vistos como os únicos que poderiam fazer frente aos favoritos japoneses. Na rodada final, Tóquio derrotou Istambul por 60 a 36.

6.9.13

Cidades candidatas a 2020: Tóquio

Encerrando a série sobre as cidades candidatas a sediar os Jogos Olímpicos de 2020, falaremos hoje sobre Tóquio.
 
A capital japonesa é a única das cidades candidatas a já ter sediado uma Olimpíada, em 1964. E também é tratada como a favorita para esta edição - se também devidos a seus méritos, muito por causa também de problemas que atingem suas concorrentes (convulsão política recente na Turquia e crise financeira na Espanha). Mas os japoneses têm suas cartas na manga para, desta vez, vencerem em sua segunda candidatura consecutiva (ficaram atrás do Rio e de Madri, e à frente de Chicago, na corrida para sediar os Jogos de 2016).
 
Dinheiro não falta aos nipônicos, assim como não faltou aos chineses em 2008. Mas os japoneses querem recuperar sua posição de vanguarda no que se refere a modernidades, perdida para os rivais - e querem usar a Olimpíada de 2020 para isso. Uma obra grandiosa está garantida, mesmo que Tóquio não vença: a reforma completa do tradicional Estádio Olímpico Nacional (aberto em 1958 para os Jogos Asiáticos daquele ano), usado em 1964 e, no futebol, sede das finais de Mundiais de Clubes (de 1980 a 2001) e da Copa do Imperador (desde a temporada de 1968, no primeiro dia do ano seguinte), relegado quase que a segundo plano no cenário esportivo japonês depois da inauguração do Estádio Internacional de Yokohama, que sediou a final da Copa do Mundo de 2002. A reforma será feita para a Copa do Mundo de Rúgbi de 2019, o que fará o Estádio Olímpico Nacional voltar a ser o maior do Japão, com 80 mil espectadores (atualmente, tem capacidade para 48 mil pessoas sentadas; o estádio de Yokohama pode receber pouco mais de 72 mil pessoas).
 
Caso Tóquio seja eleita, o novo Estádio Olímpico Nacional receberá, além das cerimônias de abertura e de encerramento, o atletismo, o rúgbi de sete e a final do torneio masculino de futebol. O tradicional Ginásio Yoyogi receberá o handebol, e o Budokan novamente receberá o judô, assim como em 1964. A maior parte das competições será disputada num raio de oito quilômetros da Vila Olímpica. Quatro estádios que receberam a Copa do Mundo de 2002 sediarão o futebol (além de Yokohama, também em Saitama, Sapporo e Miyagi; também serão disputadas partidas no Estádio Tóquio, e, como dito, o Olímpico Nacional sediará a final masculina).
 
As cartas estão na mesa. Istambul, Madri ou Tóquio? Amanhã, em Buenos Aires, a resposta.

5.9.13

Cidades candidatas a 2020: Madri

Hoje continuamos a série sobre as cidades candidatas a sediar os Jogos Olímpicos de 2020, com a capital espanhola, Madri.
 
Esta é a quarta candidatura madrilenha a sede olímpica, a terceira consecutiva - tinha se postulado pela primeira vez para 1972, quando ficou em segundo lugar, o mesmo ocorrendo na corrida para 2016; na para 2012, acabou em terceiro, atrás de Londres e Paris. Os espanhóis querem sediar uma Olimpíada pela segunda vez em sua história (Barcelona recebeu, com enorme sucesso, em 1992) e confiam muito na sua estrutura esportiva, uma das mais sólidas da Europa. Mas a crise financeira que a Espanha sofre há anos pode complicar as coisas.
 
De todo modo, não muitas coisas seriam construídas caso a capital espanhola seja a vencedora. Várias adaptações teriam que ser feitas, como as do Estádio Olímpico, que receberia as cerimônias de abertura e encerramento, além do atletismo. Mas o básico depende de obras pontuais: o Estádio Santiago Bernabeu seria o palco principal do futebol e a tradicional arena de touradas de Las Ventas sediaria o basquete, por exemplo. Várias localidades fora de Madri sediariam competições, como o Porto de Valência, sede da vela, e as subsedes do torneio de futebol, que seriam Zaragoza, Valladolid, Córdoba, Málaga e Barcelona - que, curiosamente, usaria como palco o Estádio Olímpico de Montjuic, palco principal dos Jogos de 1992.
 
Amanhã, falaremos sobre a candidatura de Tóquio.