4.12.07

Há vida sem Ricardinho



A conquista do bicampeonato da Copa do Mundo masculina de vôlei - e a conseqüente classificação para as Olimpíadas de Pequim - pela Seleção Brasileira, neste domingo, no Japão, evidencia a excelente fase da equipe, que já dura seis anos. Só neste ano, é o quarto título ganho (os outros foram a Liga Mundial, os Jogos Pan-Americanos e o Campeonato Sul-Americano). A boa fase supera até uma crise fora das quadras - a que afastou o levantador Ricardinho, eleito o melhor jogador da Liga Mundial e considerado o melhor do mundo em sua posição, da equipe, às vésperas da estréia no Pan, em julho.

O técnico Bernardinho afastou o levantador alegando que este não pensava no coletivo. Dizendo sentir-se traído, Ricardinho afirmou que não voltaria à Seleção, quando lançou sua autobiografia, pouco depois do Pan. Os companheiros (Giba, em particular) pedem a Ricardinho que reconsidere a sua decisão. A opinião do Olimpismo é que, independentemente de quaisquer individualismos, o talento de Ricardinho é algo que não é recomendável de ser desperdiçado. De todo modo, a equipe está bem servida de levantadores. E a recente conquista da Copa do Mundo mostrou isso.

Depois de terem sido questionados pela opinião pública na época do corte, Marcelinho e Bruno Rezende vêm fazendo boas partidas, dando conta do recado. Até agosto de 2008, na disputa das Olimpíadas de Pequim, há tempo para um amadurecimento maior. Mas se Ricardinho reconsiderar sua decisão de deixar a Seleção, será um grande reforço no caminho para o tricampeonato olímpico. E o vôlei brasileiro só terá a ganhar.

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