26.1.11

Uma voz que deve ser sempre ouvida

Campeão olímpico dos 800 metros rasos do atletismo em 1984 e vice da mesma prova em 1988, Joaquim Cruz não se desliga dos problemas organizacionais no esporte brasileiro, mesmo morando há décadas nos Estados Unidos, onde trabalha para o Comitê Paraolímpico local. Em Christchurch, na Nova Zelândia, onde acompanha o Mundial Paraolímpico de Atletismo, Cruz declarou em entrevista que urge o Brasil adotar um política que integre o esporte à educação, para que o país possa colher resultados não apenas em 2016, mas também nas Olimpíadas seguintes.

O ex-corredor está coberto de razão. Aliás, nem é necessário ser um expoente esportivo para verificar que há um vácuo no esporte brasileiro, a cinco anos de sediar a mais importante competição esportiva mundial. Hoje pouquíssimas escolas introduzem o ensino de educação física de alto nível no currículo. E isso é um problema, pois priva aos estudantes a chance de praticar modalidades esportivas além do futebol. É verdade que existem projetos exemplares de prática esportiva em localidades carentes, mas isso ainda é insuficiente para criarmos uma cultura esportiva de massa no Brasil.

As Olimpíadas de 2016 devem ser encaradas pelo Brasil não como o objetivo maior, mas como um novo começo para o esporte brasileiro. O início de uma era de crescimento para nossas modalidades esportivas, que devem ter suas sementes plantadas desde já.

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