1.11.09

As primeiras conversações (e polêmicas) das Olimpíadas de 2016

Foi realizado neste final de semana, no hotel Copacabana Palace, o primeiro seminário realizado entre a prefeitura do Rio e o Comitê Olímpico Internacional para conversações acerca da organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Como era de se esperar, o COI recomendou calma aos organizadores dos Jogos, em relação aos prazos de construção e manutenção da infraestrutura do evento, assim como ao legado que as Olimpíadas deixarão à cidade.

Presente ao seminário, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse não descartar a hipótese de levar alguns importantes projetos relacionados aos Jogos para a região portuária - o que faria parte de um projeto de revitalização da área, que vinha desde bem antes da eleição da cidade. Três desses projetos têm lugar certo por lá: o Museu Olímpico, o Comitê Organizador dos Jogos e a futura sede do Comitê Olímpico Brasileiro - este, um projeto antigo. Agora, há a hipótese de o Centro de Mídia (projetado para ter lugar na Barra da Tijuca, o grande centro de competições das Olimpíadas) ser construído também na Zona Portuária, pensando também na Copa do Mundo de 2014 - seria mais perto do estádio do Maracanã, que deverá sediar a final do Mundial, e onde serão realizadas as cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos. Assim, um mesmo prédio seria utilizado para os dois eventos, num intervalo de dois anos. Isso valorizaria ainda mais a região e diminuiria gastos.

Mas tem um problema: mudança alguma deve ser feita na estrutura preparatória de uma Olimpíada sem a anuência do COI - afinal, foram os seus delegados que elegeram o projeto como o melhor entre os candidatos. Inclusive, com o centro de imprensa na Barra, perto da Vila Olímpica e de grande parte das instalações esportivas. Porém, não há entrevero que não seja resolvido com simples negociações. O projeto das próximas Olimpíadas, as de 2012, em Londres, sofreu muitas modificações (e isso continua, visto que muitas modalidades mudaram de lugar e outras ainda não têm local definido). Ou seja, houve precedentes, que podem muito bem se repetir agora. Se houver necessidades de mudança que acarretem economia e praticidade, não custa nada fazê-las. Basta existir boa vontade dos dois lados.

Nenhum comentário: