12.4.08

Será que vai ter revezamento mundial em 2012? Ainda tem nesse ano?


Os protestos contra o regime chinês, principalmente no trato com o Tibete, vêm sendo a tônica durante o revezamento mundial da tocha olímpica de Pequim. Nesta sexta-feira, Buenos Aires foi a oitava cidade (a única latino-americana) do trajeto, e essa estada acabou sendo a mais calma do revezamento até agora.

Como todos os que acompanham (com exceção dos chineses, claro) sabem, houve protestos (tanto os contrários ao regime chinês quanto os pró-chineses, contrários aos próprios protestos) durante a passagem da chama olímpica por Londres, Paris e São Francisco, três das sete primeiras cidades do trajeto. Algumas dessas manifestações tiveram uma certa dose de exagero, com alguns mais exaltados querendo apagar a chama da tocha durante o percurso. A situação é tão constrangedora que o próprio presidente do COI, Jacques Rogge, confessou-se insatisfeito com o pouco caso chinês em relação à democracia e aos direitos humanos, lembrando que a cidade de Pequim foi eleita sede olímpica, em 2001, graças a um projeto que visava uma maior abertura política por parte dos chineses em sete anos...

Essa confusão toda faz o COI repensar a política de revezamento mundial da tocha olímpica, que vem desde 2004. Até 2000, nos Jogos de Sydney, a chama era acesa em Olímpia e levada num revezamento apenas no caminho entre a Grécia e o país da cidade-sede - só mudou há quatro anos porque os Jogos seriam em Atenas. O problema é que, neste ano, decidiram repetir a dose. A instância máxima do esporte mundial pensa em mudar alguns trajetos do revezamento de 2008, sem descartar o cancelamento de alguns eventos.

É o caso de pensar: será que haverá um novo revezamento mundial para as Olimpíadas de Londres, em 2012? Ou voltará ao que era antes? Pelo visto, daqui a quatro anos, prevalecerá a segunda opção.

Nenhum comentário: